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Mostrando postagens de julho, 2020

...enquanto isso ali nos bares

...enquanto isso ali  nos bares Por Gilvaldo Quinzeiro “Com quem você pensa que estar falando”? Se esta pergunta fosse feita nos primórdios dos tempos, a resposta poderia ser:  ou você é aquele que será o meu almoço quente do meio dia ou você é aquele que me desejará jantar frito mais tarde!  Ocorre, entretanto, que nos primórdios dos tempos os homens ainda não dominavam as palavras, logo, a boca era também os olhos a procura de carne; de carne, diga-se passagem de qualquer coisa, incluindo as já devoradas pelos urubus! “Com quem você pensa que estar falando”?  Para ser sincero, eu não sei! E as vezes me dá medo em saber quem seja. Eu só sei que tenho insistido em dizer que há entre nós quem não seja mais um de nós. “Com quem você pensa que estar  falando”?   No ninho do tempo, ao calor do nosso ódio, todo tipo de   ovos estão sendo chocados, uma simples ida ao barzinho, o barzinho, que não estará mais ali na esquina, a esquina, que não mais se parecerá com aquela   esquina de antes; p

Então, primo, satisfeito com o seu último gole de cerveja?

Então, primo, satisfeito com o seu último gole de cerveja?   Por Gilvaldo Quinzeiro   A precipitada volta aos bares, como a das cenas vistas no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, nos últimos finais de semanas, em plena pandemia da covid-19, revela quão bêbados estamos em querer tomar as atenções do outro à qualquer custo!   Os moradores de Pompeia também agiam assim tentando     recuperar o último gesto já petrificado diante da explosão do Vesúvio em 79. Lembram? Assim como em Pompeia, os bares não serão mais os mesmos. As ruas não serão mais as mesmas.   O mundo não será mais o mesmo. Não compreender que nós também temos que mudar, é se apegar ao mesmo copo sujo de cerveja do último carnaval vestindo-se da mesma fantasia! Talvez estes tipos de coisas, não pegariam os povos maias de surpresas, posto que, estes sabiam exatamente da existência do ‘talho’ no tempo! O mundo que se abre (ou que se fecha), não nos aguarda, ao menos sem as mudanças necessárias. Talvez neste ex