Como peixes fora d’água: a crise da segurança pública e os novos rios da geopolítica
Por Gilvaldo Quinzeiro Desde que o mundo é mundo, mesmo no chamado período clássico dos gregos, período este que correspondente ao surgimento da democracia e do pleno vigor intelectual de homens como Sócrates, Platão e Aristóteles, que constituíam uma espécie de Santíssima Trindade do pensamento, foi atravessado por crises. Mesmo, Sócrates, quem esperaria isso, foi condenado pelas suas ideias a tomar veneno com as próprias mãos! Toda crise tem o poder de expor, para além daquilo que toda crise revela, o esgotamento dos conceitos e das ferramentas no emprego das suas resoluções! O mesmo ocorre com a atual crise de segurança, aliás, a nossa velha crise! Em outras palavras, as crises, sejam quais forem elas, colocam os peixes para fora d’água. É isso que está acontecendo neste momento. Mas que momento é este? Pois bem, em tempo movido e arquitetado pela Inteligência Artificial, como não esgotar a própria atitude de pensar? Ou como evitar que o que se combate não se faça alvo das nossas ar...