A violência e seus engenhos (I)
Gilvaldo Quinzeiro
A família como espaço onde o sujeito se engenha,
hoje não passa de um “barracão desativado”. Dos seus escombros, porém, alguma
coisa a se mexer. Esta pela ausência de “espelho” há de ser o quê?
Eis ai a responsabilidade que compete à escola (?).
Ora, se a família “desabou” como afirmar
que a escola ainda se mantêm de pé?
Nestas condições, é pela via da violência que
sujeito dá conta de sua “esburacada existência”. Não seriam estas as mesmas
condições vividas pelos homens primevos?
Se a resposta for afirmativa, então, até o sujeito
ter a noção de “corporeidade” há de se passar pelo desamparo de perdê-la. Isso
significa em outras palavras, que a “visão de muitos corpos despedaçados” é o que
ainda nos abrirá os olhos!
Portanto, o engenho da violência, não é só mais
complexo do que a pressa de falarmos sobre ela, como fundamentalmente é nela
que estamos afundados.
Em outras palavras, do engenho da violência,
somos sua lenha e seus bois!
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