Do tambor à flor da pele: tudo é dança!
Por Gilvaldo Quinzeiro De repente, tudo era oco. E viver era um passar sem fim como ratos. Então, foi criado o tambor – um couro esticado, amparado por um tronco de árvore. Foi assim que a vida tomou forma de dança. E o corpo suado passou a despertar outros sentidos! Tantos eram os sentidos que, do mesmo couro do qual é feito o tambor, um infeliz inventou “a taca”, e com esta o reino do temor. Tambor X temor: a noção de que corpo temos, veio também de como nos fincamos e dançamos na própria pele. Porém, quantas “sombras” para o tambor são corpos, e quantos corpos para nós não representam nada? A vida é feita por ecos. Mesmo que não tivéssemos criado o tambor... Contudo, o mesmo podemos afirmar em relação a dança? Dançar é viver na pele, o que só com muita arte se finca. O corpo é em si mesmo a dança - tocá-lo suavemente com a sensibilidade para ouvir seus ecos – é a reinvenção da vida, tal como aquela que fez brotar o tambor. Está ou...