Na era das “ostentações” que revoluções são possíveis?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Negar que vivemos numa sociedade, onde a corrupção
apodrece todos os seus órgãos e tecidos, é impossível! Tudo está na cara! Negar
que a saúde pública, a saúde da qual os pobres precisam, está doente é absurdo!
A saúde nunca saiu da UTI! E assim estão também a educação e a segurança!
Em outras palavras, nunca precisamos tanto de
mudanças! Nunca as mudanças estiveram tão em nossas mãos! Porém, que tipo de
mudança é possível, quando os que têm o poder de mobilização, visam usá-la apenas
para deleite próprio, isto é, para a “ostentação”?
Estudando atentamente o depoimento dos líderes dos “rolezinhos”,
ficou claro que a sua verdadeira preocupação é apenas a “ostentação”. Ou seja,
desfilar com tênis e roupas caras, e como dizem, “pegar as meninas”! Alguns
chegam a gastar de um a cinco mil reais em compras! Todos estão adorando serem “curtidos”
pelos mais de cem mil seguidores em suas páginas na internet!
E ai vem o perigo! Que tipo de “líderes” são estes
da era das redes sociais? Qual a sua visão de mundo? Lideram quem e pra quê?
Até onde estão dispostos a irem em defesa da sua liderança?
Recentemente, um dos principais líderes dos “rolezinhos”
Vinicius de Andrade se filiou a UJS, ligada ao PCdoB, mas sua filiação
partidária não foi aceita pelos seus seguidores, e três dias depois, o mesmo se
desfiliou. Tudo bem!
E a questão
é: que tipo de revolução é possível, quando a luta é apenas pela “ostentação”? O que esperar das ostentações dos nossos “novos
líderes”, quando a realidade dos que apodrecem nos hospitais, cega toda a Nação?
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