No lugar da boca, os olhos!
Por Gilvaldo Quinzeiro
A indústria do ilusório. Quanto mais se ganha
“visibilidade”, mais se ganha olhos. Os
olhos que não são os nossos; e com estes, os “defeitos” que se acrescentam!
Trata-se, pois, da repentina e ilusória alegria de um “jabuti trepado”, ou
seja, escalar nunca foi seu forte, e descer sem asas, é espatifar-se onde antes
era o território do seu eterno engatinhar!
Os olhos, estes nunca tiveram tão famintos! Estes são o avesso da boca. A boca que só
enxerga comida! Mas os olhos no lugar da boca, comem o quê?
Vivemos a era dos Big Brothers – aqui o que se faz nos banheiros – engordam os olhos!
E a boca? Ah! Esta então escorre com a descarga!
Psiu! Silêncio total!
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