A história. Suas rodas; as cobras e as suas varas: quem cutuca quem sem risco de ser picado?
Gilvaldo Quinzeiro
A história e suas
ferrugens. Quando as suas rodas se tornam quadradas, dela, o homem se torna seu
cavalo. No início dos anos 90, quando as rodas da história atropelavam o mundo
da bipolaridade (EUA X URSS), alguns como o historiador nipo-americano Francis Fukuyama, se
apressaram e colocaram “o carro na frente dos bois”. E num ensaio publicado na
revista National Interest, Fukuyama
dava
como certo “o fim da história”.
Naquele contexto, se
dizia, “a esquerda acabou”! Hoje, 50
anos depois da Marcha da Família com Deus e pela Liberdade, os que se assumem
como sendo de direita, saem às ruas para, entre outras coisas, se levantar
contra aquilo que estão chamando da “ameaça comunista”. Ameaça comunista? Meu
Deus!!
E a pergunta que faço
agora é: se a “história acabou”, pelo menos aquela anterior aos anos 90, quem
está a falar em nome de quem e contra quem aponta a sua lança?
Na verdade, meus caros, a história é como uma serpente, isto é, quanto mais adormecida, mais peçonhenta ela é! Todavia, a questão presente em todas as épocas sempre foi a seguinte: “o problema das varas curtas”!
Ora, se a questão está
assim colocada, ou seja, a cobra peçonhenta e como cutucá-la, então quem afinal
se acha neste momento da história com a vara maior que a do outro?
Por falar em “fim da
história”, o povo Maia sabia como ninguém que o tempo histórico é cíclico. De
modo que para os maias interpretar o próprio tempo, significava um antítese contra
indesejadas picadas. Talvez por isso, um dos seus principais cultos religiosos
era dedicado a “Serpente Emplumada”! E o começo de um novo tempo, não podia
lhes pegar desprevenido! ...
Por fim, meus caros, se
estamos sendo pegos pelos fatos que nos atropelam de “calças curtas”, imaginem
de varas cumpridas!!
Um bom dia para se
pensar por que na história do “paraíso” sempre é uma serpente que nos põe a
perdê-lo!
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