Do lixo da nossa política à mudança que nos alimenta!
Por Gilvaldo Quinzeiro
O lixo. Qualquer arqueólogo, antropólogo, sociólogo, químico, além de outro profissional poderá fazer uso do estudo do lixo para
diversas finalidades, inclusive para medir o padrão de consumo, hábitos e
outras coisas que tais.
Neste texto, eu vou vasculhar o lixo, o doméstico,
principalmente, para levantar uma discussão política, aquela que envolverá a
escolha do nosso presidente no domingo, dia 26.
Hoje pela manhã, em um bate papo com um amigo, ele me falou de uma conversa
que ouvira de um gari com outro,
enquanto varriam a rua. Dizia o gari pro outro, “antigamente quando eu colhia o
lixo da casa dos pobres, só vinha barro ou folha dos quintais, hoje, eu levo
sacolas e mais sacolas com resto de comida, fraldas descartáveis e até copos de
iogurtes”.
Bem, o teor desta conversa não tenho duvida, é muito revelador. Ou seja, o
lixo poderá alimentar uma discussão outra – a de que a população pobre tem
comido mais e melhor, além de ter acesso a outros bens que eram privilégios de
poucos.
Pois bem, o que me agrada na reta final destas eleições é
que de fato, as máscaras, enfim, estão caindo, assim, como a face da atual
sociedade está sendo revelada numa
coleta de lixo.
Do PT, podemos dizer tudo, inclusive que perdeu a sua
identidade ao se juntar a quem antes eram seus algozes ou que alguns dos seus
principais líderes, hoje estão na prisão por corrupção. Infelizmente este tipo lixo,
o político, não se restringe ao partido A ou B – é o pântano em que todos nós estamos
atolados. Aliás, por falar em “lixo
político” como explicar a mudança
repentina do grupo político local que venceu às eleições no primeiro turno
usando o nome de Dilma, e agora, na reta final, está a pedir voto pra outro
candidato? Isso sim é cair as máscaras!
Por outro lado, a história nos prova que para fazer
mudanças em direção aos interesses daqueles que sempre foram excluídos, no
nosso caso, desde os tempos da
escravidão, se é preciso enfrentar até os “deuses”, posto que, estes também têm
seus interesses.
Portanto, é do lixo da nossa política que temos que
separar os interesses que nos alimentam. Se olharmos a realidade tomando como
base a visão deste gari, a mudança que hoje se faz presente na mesa farta dos
mais pobres, precisa sim, ser conservada nas urnas!
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