A violência e os 'novos deuses' ou o parto dos dinossauros?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Nestes dias, eu tenho tido enjoo por ver tantas imagens da violência crua, que toma conta das nossas ruas. Meninos que mal escrevem o ó, decidem como se fossem ‘deuses’ acerca de quem vai perder a vida amanhã! Ou seja, as nossas vidas não passam de meras ‘carnes frescas’ nas mãos de assassinos ainda ‘meninos’ – os neodeuses?
Ora, somente os deuses têm a prerrogativa de tirar a vida friamente de quem quer que
seja – não é o mesmo que acontece no que diz respeito ao poder dos bandidos, sobretudo
quando estes estão com uma arma em punho? O que temos feito no dia a dia, senão
se ajoelhar implorando a um bandido pela
proteção da nossa vida?
O mundo está
grávido de uma coisa, que se agiganta visceralmente - disso
não há dúvida – é só auscultar as nossas dores e contrações para constatar que entramos em trabalho de
parto. A questão é quando a cloaca se abrir – que ‘bicho’ enfim nascerá?
A peleja é intestinal
entre o homem e suas imagens – uma espécie de volta ao ‘mito da caverna’ de
Platão.
Portanto, a violência, neste particular, tem sido uma espécie
de útero e monte olimpo para os ‘novos
deuses’. O combate a violência, por sua vez, precisa entre outras coisas, de um estudo antropológico.
Em outras palavras,
ou a gente se reinventa com a
vida, que é feita de invenções simples, mas duradoura ou
tomaremos a mesma sorte dos dinossauros. Os mesmos dinossauros, que se
agigantavam na condição de ‘donos’ da Terra!
Buáá!
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