Educação: o que ‘diabo se ensina para que do ‘inferno’ nos mantenhamos afastados?
Por Gilvaldo Quinzeiro
A barbárie é o travesseiro da civilização. Isto é, num simples
roncar, foi-se o sonho civilizatório! Aliás, é bom que se diga que
há muito tempo já não mais sonhamos: tudo é pesadelo. O problema se agrava por
um detalhe, a saber, no nosso acordar é que o bicho pega!
Este anunciado é uma breve introdução a respeito do texto a seguir sobre os desafios da escola no atual contexto. O que ‘diabo’
se ensina para que do ‘inferno’ nos mantenhamos afastados?
Pois bem, na
divisa entre o Distrito Federal e Goiás, na cidade de Valparaiso, alunos revoltados
destruíram a escola onde estudavam. Parece
pouco, pois, se trata de apenas de uma escola. Mas, na verdade, este fato revela
algo assustador: já não estamos apenas entre os ‘anjos’ – rezem quem souber!
Qual o motivo? “A rigidez imposta pela nova diretora da
escola”, alegam os alunos.
Ora, se alunos hoje, no caso aqui em questão do 6º ao 9º ano, do ensino fundamental, da Escola
Municipal Caic. Tancredo de Almeida Neves resolveram usar toda a sua fúria
contra a própria escola, é porque no mínimo a ‘caverna’ começa a nos fazer
falta – para nos proteger dos nossos mais animalescos instintos!
O homem, diga-se de passagem, é apenas uma ‘matéria-prima’
, ou seja, conforme as condições podemos
nos transformar em qualquer coisa. Parodiando Protágoras, “das coisas que já
somos e não sabemos, e das coisas que, conquanto nos deem medo em saber, ainda
assim, as seremos”
Portanto, se a sala de aula não é o ‘bicho’, eu tenho provas que sim, constitui-se,
pois, num dos maiores achados antropológico.
É aqui, onde podemos ouvir os ecos das
cavernas primordiais a chamar o nosso santo nome: Caim! Caim!
Pois é, meu irmão, a escola não é um espaço qualquer. Engana-se
quem se deixar se levar quando se trata da escola, mesmo no dizer dos mais
conceituados educadores.
A escola real é
aquela que nos escapa aos nossos olhos, e não podemos lhe por as mãos. A escola ‘ideal’ serve mesmo pra quem? Tudo
enfim dependerá do esforço coletivo. Todavia, se a sociedade abandonar a
escola, como está abandonando, então, não nos restará outra saída, senão a de
pedir socorro debaixo dos escombros! Um pedido tarde, diga-se de passagem,
pois, quem nos ouvirá?
Por fim, uma palavra de conforto: o cavalo, o cão, o
porco, o boi já foram animas selvagens!...
Comentários
Postar um comentário