A crise dos imigrantes: o 'naufrágio' da civilização
`Por Gilvaldo
Quinzeiro
Para além das
vitrines dos shoppings centers, que nos atraem como moscas pela carne exposta
ao sol, a realidade enfrentada
pelos milhares de imigrantes, que estão a fugir dos seus países em guerras
– muitas destas guerras por questões
religiosas - revela o quanto a
humanidade permanece presa as suas antigas cavernas!
A chocante
foto de Aylan Kurdi, uma criança síria,
de apenas 3 anos de idade, encontrada morta
numa praia de Turquia, depois de escapulir das mãos dos seu pai,
enquanto sua família, a exemplo de milhares, tentava fazer a perigosa travessia
do mar – afoga toda a humanidade!
A
‘civilização’ não passa de uma aparência
- um instante do “pé sobre o pescoço do outro” – o tempo da duração em que um sorvete leva para ser derretido. O risco de devorarmos os próprios dedos está
chegando perto demais!
A foto do
corpo menino Aylan Kurdi estendido no praia,
me fez lembrar as cenas de “sacrifícios” ao longo da história em oferendas aos deuses: até quando
precisaremos ser despertados apenas pelas tragédias?
Pode até
parecer banal e corriqueira tais imagens
da fuga dos milhares de imigrantes em direção a Europa, especialmente, de sírios rumo a Alemanha – país mais rico
daquele continente – porém, são espelhos do nosso tempo! Ou seja, quem não se ver neste espelho, está
perigosamente usando outra face! Em outras palavras, que queiramos ou não,
somos todos seres humanos feito da mesma ‘lama’.
A humanidade
chega a uma encruzilhada: ou a tolerância ou a espada. Os recursos naturais
estão ficando cada dia mais escassos. A falta d’água por exemplo, colocará à
prova se os homens saciarão a sua sede com o sangue do outro ou se buscarão
outra alternativa.
Afinal, do que nos serviram todos os ensinamentos
religiosos ao longo de toda a história?
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