A política, as máscaras e as indiferenças: que cidade emergirá das urnas eleitorais?
Por Gilvaldo Quinzeiro ‘Os gregos que me perdoem’, mas o trágico das campanhas eleitorais é a falta não de ‘máscaras’, mas do que estas possam de fato representar. Estamos, pois, diante de um novo quadro cada vez mais complexo e de demandas acumuladas que, se repararmos bem, o rosto mais marcante é exatamente o da indiferença do povo para com o processo eleitoral. Em outras palavras, quão complexa é a nossa realidade, de sorte que a mesma se tornou impossível representá-la, seja com palavras, seja pictoricamente, seja por qualquer outro modelo. A realidade é, usando uma metáfora, uma grande serpente. O difícil, porém, é saber do que lado fica a cabeça. Enquanto isso, entretanto, andamos com os pés completamente desprotegidos! O serpentear das campanhas eleitorais pelas ruas só não foi mais ‘magro de empolgação’ porque os cabos eleitorais – tiveram que demonstrar com unhas e dentes que estavam sendo pagos para isso! O fato é, estamos mais para espartanos do qu...