A crise é das coisas ou dos homens?
Por Gilvaldo Quinzeiro
O que são as coisas pelas quais morremos, e não nos
encontramos em nada que diz respeito às mesmas? O que são as coisas, que geram as crises cujas
soluções dependem da atitude dos homens?
A crise é dos homens, certamente! Por isso a sua solução, qualquer que seja, é
dolorida – quase uma morte em substituição a vida!
O terrorismo, na visão de muitos grupos, tem sido a ‘solução’
para a causa em que a Religião se coloca do tamanho dos homens. Não será esta a causa em que ‘Deus’ definitivamente
tenha se transformado numa coisa qualquer?
A Religião, qualquer que seja, encontra nas crises e nas
catástrofes o seu mais fértil solo. E quanto a Ciência podemos afirmar a mesma
coisa?
Qual o papel da Ciência neste exato momento em que nos
falta o ‘folego’ para continuarmos sendo apenas homens?
Eis um paradoxo. Se por um lado, a Ciência se torna uma ‘voz’,
algo que antes se atribuía aos profetas; por outro lado, esta mesma Ciência é
silenciosa quando o assunto são as ‘catástrofes anunciadas’ - muitas destas
catástrofes, é bom que se diga -, foram plantadas com as modernas ferramentas
científicas!
E a Política, ainda tem algo que nos remete à herança dos
gregos? Ou a crise na Política é o fim de todos os ideais civilizatórios?
A crise pode ser apenas uma retórica; um pretexto em nome
de escusos interesses. Ou seja, depende de todo um jogo de interpretação. O que antes era visto como um fator de risco,
hoje pode ser uma ‘alavanca’ para o desenvolvimento.
Recentemente o
novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a sua retirada do acordo de Paris – tal como
anunciara em sua campanha eleitoral. Acordo esse que trata da redução das mudanças
climáticas, e que foi assinado por cerca de 150 países. O que esperar dos
outros países signatários? O que esperar do próprio do próprio clima objeto do
tratado? O que afinal mudou de lá para cá o clima ou a cabeça dos homens?
Amigo Qunzeiro:
ResponderExcluirNo seu estilo que nos leva ao campo da reflexão em nível elevado, V. oferce subsídios dignos de um debate mais amplo, no qual não há espaço para os indiferentes, mas para os que, juntos, partilham ideias comuns no que concerne às loucuras praticadas por homens na Terra, sobretudo por homens que poderima amenizar os sofrimentos pelos quais passa o nosso maltratado Planeta. E aí sua crítica ácida se dirigie também aos cientistas , aos políticos e à própria humanidade no seu conjunto de ideias e posições díspares e desencontradas , tornando bem visível que somos muito desunidos ao ponto de não termos um ideia conclusiva sobre questões que nos tocam de perto como vitais à espécie humana e mesmo ao riscos de uma a catástrofe global. Seus comentários nos fazem pensar em tudo isso e têm muito validadequanto aos valores que defendo desde há muito tempo.