160 anos de Freud: Viva!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Raros são os homens, sobretudo, quando em sua época os
desafios lhes são imensos, e a mão dos outros homens se faz de cansada. Sigmund
Freud (1856-1939), que se vivo estivesse, faria hoje 160 anos, foi um desses
raros homens que, mesmo castigado e incompreendido pelo seu tempo, ainda assim,
se firmou de pé na defesa das suas ideias!
Em que pese as poucas ‘lamparinas’ disponíveis em seu tempo,
Sigmund Freud conseguiu ir fundo dentro das mais escuras das noites – a mente
humana!
A Psicanálise é sua criação, e, não obstante os novos
olhares sobre a natureza humana, sobretudo com os avanços da neurociência - ela,
a Psicanálise é, como Freud fora – um benévolo incômodo para muita gente!
No exato tempo em que o cientificismo era uma espécie de
nova religião, e a razão, o orgulho de todo homo sapiens, Sigmund Freud feriu
a todos com a tese do Inconsciente – pedra angular do edifício do seu pensar!
Ora, os homens, sobretudo os arrogantes, já haviam sidos feridos
antes em dois momentos. Primeiro, com o heliocentrismo, isto é, a explicação
pela qual, a Terra, deixou de ser o centro do universo (e o homem coitado!).
Segundo, com o evolucionismo, que deu ao homem um ‘parentesco’ com os macacos.
Uma terceira ferida? Não!
Os horrores da Primeira Grande Guerra (1914-1918), serviram
ao menos para uma coisa: Freud tinha razão! – que outro ‘bicho’ faria isso? Os
horrores da Segunda Grande Guerra (1939-1945), Freud não a presenciou – morreu antes,
mas quem a sobreviveu – viveu para evitar uma terceira?
E o sexo? Com o celular na mão, quem dele se lembra que
tem?
Não entendeu? – Freud explica!
Viva os 160 anos de Sigmund Freud!
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