Mãe é...
Por Gilvaldo Quinzeiro
A repetição da reza, não é porque esta se torna mais forte
ao ser repetida, e muito menos que ao repeti-la, o homem se torna mais cônscio da
sua penitência – mas se deve tão somente ao fato de sermos todos desmancháveis
e esquecidos dos nossos outros pedaços!
Em outras palavras, não é da reza em si que precisamos, mas
de loucamente nos repetir nela.
Sim, somos todos facilmente desmancháveis, e, para piorar
estamos ficando esquecidos: que cabeça é a minha na mão que me escapa?
O dito acima é uma breve introdução para falarmos de quem
jamais nos esquece: a Mãe.
Pois bem, o sentido pleno de Mãe não é aquele aludido com
um sorriso, ainda que largo, numa propaganda exposta em um outdoor – mas aquele
que preenche com a sua presença a nossa imensa ‘porosidade’. Ou seja, o dito
aqui implica ao menos numa coisa: Mãe transcende o biológico.
Portanto, Mãe é mantra e manto, como tal, é da ordem do metafórico.
Do contrário, como explicar o consolo da criança, quando no colo da Mãe a despeito
da sua ferida que, se fosse no adulto, este facilmente esvairia?
Por tudo isso e por muito mais: parabéns minha Mãe!
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