...Falando em fantasmas, eu sou um!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Se há um caminho em que jamais “trocamos os pés pelas
mãos”, são os sonhos, isso não significa dizer, porém, que os sonhos não se
utilizem de trocadilhos, contudo, não há outro lugar, senão nos sonhos em que “a
expressão da verdade”, a língua pretere.
O mundo onírico é, portanto, porta e travanca ao mesmo
tempo, adentrá-lo significa flagrar os
seus fantasmas ainda “sentado no penico” – uma rara oportunidade, diga-se de
passagem!
Sempre que posso, eu arrisco tomar um café com meus
fantasmas. Claro que às vezes, erro em que vasilha se encontra o açúcar –
melhor tomar café amargo a passar a noite toda com seus fantasmas batendo na
porta!
A propósito, “o bicho que corre atrás de mim, sou eu”. Por
isso, faço questão de me conhecer no mais escuro de mim. Sim, não vejo outra saída
para não me parecer mais estranho, senão através do autoconhecimento. Neste
particular, sou filho de Sócrates!
Mas, voltando aos fantasmas, estou agora me lembrando do
meu velho amigo J. Cardoso, com o qual, tenho passado horas, discutindo sobre
esta temática, para nós, “os espantalhos”. J. Cardoso adora me desafiar para um
encontro fantasmagórico – eu sempre recuso!
De vez em quando,
em sala de aula, eu também sou questionado
pelos alunos sobre os sonhos, fantasmas e outros que tais. Na aula de hoje, por
exemplo, este assunto veio à baila. Aliás, na adolescência, fase de transição, é
que “o bicho” pega!
É próprio dos jovens, a busca; o se lançar pelas janelas ou o se
fechar nos quartos escuros! E sempre que posso, eu lhes falo de como me descobri dentro de um “pote”!
Em outras palavras, quão é bela e complexa a nossa existência.
Aventurar-se pelo mundo dos sonhos é fantástico!
E você já convidou seus fantasmas para um jantar?
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