A seca e o diabo da nossa falta de saliva
Por Gilvaldo Quinzeiro
Não é mais uma reportagem lá dos rincões da África. Nem
se trata das velhas imagens dos rachados solos dos sertões nordestinos.
Aqui no Nordeste a seca nossa é de todos os dias, pois, todos os dias temos que
seguir em frente apesar de todos os dias secos -, a noticia que nos chega agora
como enchentes - trata-se da bruta seca que faz os paulistas economizarem
até saliva!
O estranho não é a seca em si, posto que, este é um
fenômeno da natureza e que, portanto, é uma velha e indesejável conhecida da
humanidade. O estranho é, aquilo no qual podemos vir a nos transformar pela falta d’´água!
Ora, estando nós de “barriga cheia”, e ainda assim, passamos
por cima dos outros estando ou não no
trânsito, imagine agora lutando por uma simples caneca d’água!...
Estamos, portanto, diante de um cenário aterrador. E como se não bastasse, os últimos “apagões”
que deixaram às escuras uma grande parte da população brasileira – são sinais
de que a água que falta para beber também pode faltar para a geração de
energia!
O Brasil se acostumou com “o jeitinho do brasileiro”.
Mas, para o problema da seca, nem “o jeitinho japonês”. Ou seja, a situação é
gritante!
Já pensou os apresentadores dos telejornais da televisão
brasileira secos de saliva? – Vai nos faltar aquele sonoro e esperado: “Boa
noite”!
O diabo da seca é isso: a nossa falta de saliva!
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