Uma ilha. Quem não é?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Uma ilha. Ao menos
no que diz respeito, ao ato de emergir após uma gigantesca erupção vulcânica, somos
todos uma ilha. Ou seja, uma vez por
outra, o fundo de nós vem à superfície.
E se eu disser que
somos todos tão raso a ponto de todo o nosso
fundo ser tão transparente?
Pois é... Às vezes numa simples conversa, uma “ilha”
emerge de nós; em alguns casos já “habitada”.
Freud chama este ato de transferência!
Eu chamo apenas de “o polmo do fundo do pote”.
Há tempos atrás, uma jovem me procurou para me relatar um
problema. E nesta conversa, uma criança de 6 anos emergiu como uma ilha!
Incrível! Mas é verdade.
Há em nós uma espécie de “polmo” no fundo de cada um de
nós que, não só contem toda a nossa história, como também as nossas faces. Sim,
ao longo de uma vida, vamos perdendo e
ganhando faces. A última desta, será aquela diante da qual, ou sorrimos ou nos assombraremos!
Por falar em face.
E quando a face atual já é a que nos assombra, de modo que, a nossa luta
é pelo sorriso da outra (face) apenas
por nós desejada?
O desejo!
Ah o desejo! Quantas ilhas habitadas por desejos tão
profundos! E se os desejos fossem tão rasos – certamente os vulcões seriam
extintos, e com estes as ilhas futuras!
Comentários
Postar um comentário