E se a realidade fosse "doce", degustaríamos o amargo?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Se a realidade fosse apenas “doce” como muitos gostariam, ainda assim, o
nosso comportamento mais recorrente seria, o de não degustá-la. O enfrentamento
da realidade, portanto, não é só um desafio, mas uma condição para nela sobrevivermos. Foi assim nos espinhosos
tempos da caverna, e por que não nos tempos de hoje?
Os japoneses, como diz a reportagem exibida no
Fantástico, “ preferem se
entreter com quadrinhos, e até mesmo “apaixonarem-se” por alguns personagens, a
se envolverem com alguém do mundo real”. Será esta uma tendência da atual
geração? – Eu acredito que sim!
Em outros textos, eu já venho chamando atenção para este
fenômeno. Inclusive, ainda que num tom de brincadeira, eu falo que “a geração
de hoje não mais se “masturba”, pois, faz do uso do celular o seu substituto”!
Lá no Japão, conforme a mesma reportagem há uma
consequência visível desse comportamento: “a falta de bebês e o envelhecimento
da população”!
O mundo virtual é fascinante sim! Muitos fazem dele uma “bolha”,
e passam a viver dentro dela – Porém, quando esta estourar? Eis a questão!
A geração de hoje, usando uma expressão popular, parece
ser de “açúcar”, isto é, se desmancha facilmente em quaisquer que sejam as condições do tempo. Ora, isso implica a
questão seguinte: quem vai suceder a geração atual? Os “ursos de pelúcia”?
Talvez, por isso é que as sociedades mais tradicionais
como a dos Algonquinos (Canadá) dos Vanutos
(Oceano Pacífico) entre outras, praticam
os seus ritos de passagem que consistem em um jovem se lançar do alto de um precipício
(entre os Vanutos, por exemplo) ou passar dias presos numa jaula, como entre os
Algonquinos. E ai daquele que não passar
no teste!
Uma tribo etíope, chamada Harmar, o rito consiste em
passar sobre umas vacas. O que estes rituais têm em comum? –
Apresentar aos jovens a realidade?
Por que será que nos dias de hoje os analgésicos são mais
fartos em nossa mesa do que os alimentos?
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