Os engenhos da violência. Até quando?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Os engenhos da violência no Brasil seguem triturando os
jovens, sobretudo, os negros. É o que revela o Índice
de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e a Desigualdade (IVJ2014), para o qual,
o jovem negro no Brasil tem 2,5 vezes mais risco de
morrer, do que o jovem branco. No
Nordeste, segundo o mesmo estudo, este risco é 5 vezes maior. O estado da
Paraíba lidera o ranking com 13,4, isto
é, a chance de que um jovem negro venha morrer, quando comparado, com um jovem
branco, na Paraíba é maior do que em qualquer outro lugar do Brasil.
As festividades, tais como “virada de ano”, o
carnaval, têm servidos mais para aumentar estas estatísticas, isto é, da
violência, do que para entreter a população. Basta ver as páginas policiais dos
jornais para constatar esta afirmação. Este ano em Caxias, como em outras
cidades brasileiras, não foi diferente. Muitos jovens por nada perderam a vida!
Matar tem sido uma puta diversão! Morrer tem sido a coisa mais comum, e, em
brincadeiras, diga-se de passagem!
Até quando vamos aguentar isso?
Portanto, enfrentar “os engenhos da violência”
é se pensar numa nova engenharia politica, econômica e educacional para o
Brasil, coisa que a nossa classe política, está longe de realizar. O gigante
permaneceu por muito tempo adormecido, e agora, olhar para os novos problemas,
ainda na condição de dinossauro é “jogar a toalha” – toda solução parece ser
tardia demais!
A violência é um desafio gigantesco. Se a
sociedade não se engajar nesta luta, nada poderá ser feito significativamente!
Ademais, a violência é uma indústria que
alimenta todo um império econômico. Império este, que financia desde campanha eleitoral, bem
como a manutenção da ordem vigente. E a ordem vigente, não é outra, senão matar!
Por fim, somos todos escravos dos “engenhos da violência”!
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