Tudo agora é reality show!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Eis o dilema da tal pós-modernidade: agimos como se
fôssemos “desenhos animados”. Isto é,
como se a nossa ação não estivesse sujeita a uma consequência. De modo que, a realidade
é uma tela, e nós, meros espectadores das nossas atitudes inconsequentes. Esteticamente nunca fomos tão parecidos como
“bonecos”. Mas como diz o ditado, “as
aparências encanam” – sim, enganam! – no fundo, no fundo é que somos todos aparentes!
O dito acima é uma pequena introdução ao nosso texto de
hoje, no qual vamos falar da nossa “perda” de noção da realidade (espaço/tempo)
entre outras coisas que tais. Portanto, falaremos de situação, “engraçada” para uns; “bizarra” para
outros. Enfim, neste texto vamos falar
do reality show no qual se transformou a nossa vida cotidiana.
A propósito, chamou-me atenção outro dia, um desses vídeos
que são febres na internet. O vídeo era o seguinte, enquanto um sujeito estava
dormindo esparramado numa cama, o outro, não se sabe por que cargas d’água, colocava um desses pavio usados em fogos de artifícios “no
entre bunda” daquele que estava deitado, e depois ateou fogo. Boom!!!
Engraçado né?
Em outro vídeo desse teor, uns jovens arremessavam um objeto contra o outro “colega” que estivesse desapercebido! O objeto arremessado ia desde pizza a outros
que, mesmo na boca, não se deveriam comê-los.
Em todas estas
brincadeiras, se é que podemos assim chama-las, uma marca se revela como inconfundível, a saber, a do sadismo infantil
Que brincadeira! Que gozo, não?
Em outro exemplo, da nossa “perda” de noção das coisas,
cito o caso de uma mulher moradora de Woodcrest,
Califórnia, Estados Unidos, que pretendia fazer uma “surpresa” para seu
ex-namorado (sabe como é esta coisa de amor mal resolvido, né!). Isso de madrugada.
Pois bem, tal foi a sua tentativa de surpreender o “ex”, que acabou sendo entalada na chaminé! Para tirá-la desta situação, foi preciso o
trabalho de 23 bombeiros, 2 caminhões. A
operação de resgate só terminou depois de duas horas.
Que falta de discernimento!
Pois é...
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