Os símbolos, as bolhas e as lutas dos tempos atuais.
Por Gilvaldo Quinzeiro Quando uma geração no afã de se manter de pé diante da realidade, que lhe abocanha, resolve enfim, partir com a fome dos lobos na intenção de destruir os símbolos tão arduamente erguidos por gerações outras, é porque duas coisas fundantes poderão estar acontecendo, quais sejam, ou esta dita geração fincou de vez seus pés no chão se sentindo completamente segura de si, ou, por motivos outros, resolveu criar uma realidade constituída de bolhas; bolhas estas nas quais se insiste em se agarrar! Do dito acima, talvez a segunda opção, ou seja, da realidade constituída de bolhas, é a mais que se aproximaria de uma descrição acerca da realidade atual. E por isso mesmo, é aqui que reside o perigo! Em outras palavras, os cheiros, os clamores, as bordas e as pontes, que constituem o quadro atual dos nossos dias são de fatos outros. Pois bem, quando a realidade assim nos apresenta, ou seja, sem que a possamos mensurar, ‘palavrisar’, então, eis que para o...