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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

Caxias: os engenhos da violência, e uma dura reflexão sobre esta pintura!

Por Gilvaldo Quinzeiro     Ou Caxias já se transformou numa   “Guernica” ou as autoridades locais   não se deram conta que a violência que aqui pinta,   se deve   exatamente a   falta de um Picasso! Que pintura, esta, não? Uma pena não se investir em Arte! Na arte que também cura!... Pois bem, Caxias assume o sangrento posto da 2ª cidade mais violenta do Maranhão e a 37ª do Brasil, conforme dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Surpresa? Não, assustador! Que outra coisa cresce por aqui, senão a arte que se faz   com e da violência? Se espremermos bem os pensamentos (se estes já não foram   transformados em   garapa) vamos nos deparar com o seguinte: coincidência ou não, a escalada de   violência acontece no mesmo contexto em que muitas   escolas vêm perigosamente perdendo o número de alunos. Algumas como o Cônego Aderson,   Duque de Caxias, Gonçalves Dias (todas da rede estadual), fecharam o turno noturno. No total, fala-se numa perda de cerca de

É assim que se pensa! Uma pena, porém, não se valorizar a filosofia cabocla.

Por Gilvaldo Quinzeiro   “Deus criou todas as coisas? Sim. Tudo, exceto uma coisa,   a boca da cabaça”. Eis o que nos diz a velha e sábia filosofia cabocla. Mas, o que afinal isso quer dizer? Duas coisas importantes: primeiro, “a sede” do homem em conhecer a origem das coisas, não importando, se este homem é da civilização grega; de uma tribo africana ou do sertão nordestino. Segundo, a ideia de que o homem, em relação a Deus, seu criador, acrescenta às coisas, a face que lhe é semelhante. Do contrário, o que seriam as coisas sem a face que de si contempla? Grande coisa esta! Não necessariamente!... No fundo,   no fundo, o   homem não passa de um péssimo nadador no mar que é todo humano. Mas, seu maior problema não se resume a isso. A questão é como evitar que a sua condição humana, não extrapole as dos peixes! Mas, voltando à outra lição cabocla: “quem não pode com a rudia, não deve se arriscar em erguer o pote”. Que lição esta? Ora, no linguajar de hoje, não seria is

A curvatura do amor, e nós suas varas: quando amar implica correr riscos?

Por Gilvaldo Quinzeiro   O amor pede carona, mas o caminho a percorrer há raposas e arapucas. Nestas condições, porém, já não é “o amor” que importa, mas “o jeito com que se ama”. Ora, não será esta   a situação dada   pela qual se ama tanto   com a faca entre os dentes? Este texto pretende suscitar uma reflexão (sem   adentrar ao   mérito da questão) acerca de como amar, sobretudo levando em conta alguns fatos, tal como o do atleta sul-africano, Oscar Pistorius, que é acusado de matar a sua namorada Reeva Steenkamp, citando um exemplo que ganhou destaque na imprensa do mundo todo –   pode ser perigoso! Mas, de onde vem este perigo? Estes casos   infelizmente cada vez mais frequentes , me fizeram pensar no seguinte: custamos demais “crescer” neste tempo em que tudo já nos vem “pronto” para o   bem-estar   e o prolongamento da nossa condição de “senhor bebê”. E assim sendo, o outro ( coitado! ) é apenas o depósito do   nosso vômito! Digo mais ainda, investimos muito

No dia em que a Terra ficou pequena, e os homens seus grãos!

Por Gilvaldo Quinzeiro   Hoje, Nicolau Copérnico, pai da teoria heliocêntrica, se tivesse vivo faria 540 anos. Nicolau Copérnico assombrou o mundo da sua época, levantando a tese de que a Terra girava em torno do sol, e,   não ao contrário, como a igreja católica pregava. Galileu Galilei por causa destas mesmas “ideias malucas” foi condenado à prisão, e por muito pouco não foi queimado vivo, como era o costume da época. O heliocentrismo como também é chamado esta tese, é considerada a “primeira ferida narcísica”, isto é, um tiro no orgulho humano e   na sua pretensão de se ver como uma criatura especial; a segunda foi a teoria da evolução, de Charles Darwin que nos deu um ancestral comum ao   dos macacos, nossos primos; e a terceira, a descoberta do Inconsciente por Sigmund Freud, que colocou em xeque a racionalidade humana. Pois bem, graças a estes homens a humanidade tem sido forçada a ser menos orgulhosa e pretensiosa. E a concluir que, tudo pode ser completamente d

Que metáfora que nada, estamos em carne viva!

Por Gilvaldo Quinzeiro   No meio das dores que ao invés do parto, se pare   mais dúvidas;   só não nos tornamos de todo um “espantalho” porque temos a sorte de ainda estarmos “em carne viva”! A mesma “carne viva” que, no passado, numa época sem sal ou fogo, ainda assim, nos fez brotar a árvore da filosofia. Contudo, a grande questão a ser levantada   nestes dias em que qualquer casca de árvore nos cairia bem é:   quem pagará o preço de ter as próprias mãos enterradas para que um “novo homem” nasça dos nossos esperneio? Filosoficamente falando, uma coisa é certa: dúvidas não nos faltam. Faltam homens com coragem para enfrenta-las. Alguns até que morrem pelo “poder”, e perigosamente nos impõem suas “verdades”, ainda assim, estes não passam de coisas fedorentas!... Pois bem, pensando nestas coisas ditas (as não ditas, me pareceram “mais sem sal”), e sabendo que amanhã, alguns começarão a ser   literalmente “esfolados na volta às aulas”, me dá um frio na barriga só de

Do que valem os chapéus, em relação aquilo que se despenca dos céus?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Ontem, 15 de fevereiro, a Terra por muito pouco não foi alvo de um visitante indesejável, trata-se do asteroide 2012 DA14, que passou tirando bisca das nossas cabeças. Este a NASA estava de olho, mas naquele que acertou a Rússia, todos nós estávamos simplesmente cegos! Alguns meios de comunicação como a BBC de Londres, falam em “chuvas de meteoros”. Claro, em se tratando de evento astronômico é muita coisa para um dia só. Ainda não somos como os gatos: “um olho no peixe, e o outro na frigideira”. Mas, enfim, desta escapamos fedendo! Coincidência ou não, este ano vários destes visitantes cósmicos aparecerão por ai.   Um destes, muito aguardado pela comunidade cientifica é o cometa C/12 S1 ISON, que até novembro vai nos dá o ar da sua graça! Que seja bem-vindo? Por prudência é melhor manter os chapéus!        

Abundam as fotos do bumbum que não agradou no carnaval!

Por Gilvaldo Quinzeiro   Neste mundo onde a imagem é mãe de todos os espelhos, não ser filho da imagem que   “agrada”, é se tornar órfão a vida inteira.   Eis, o útero que gera muito das nossas dores! Aliás, quem neste quesito não está   se sentindo todo dolorido? Pois bem, me chamou   atenção nestes dias de festas momescas   a seguinte manchete   veiculado na mídia brasileira: “Bumbum desfigurado de Gracyanne gera polêmica e Nana Gouvêa critica morena”. Que coisa, não?   Bumbum   “desfigurado”! Como assim? De espanto   olhamos   logo pro da gente, né?... Imagine você passar o ano inteiro “malhando”; se esticando todo; ralando para   “bombar” no carnaval,   e na hora H,   aos “olhos famintos” da mídia aparecer com o bumbum   “desfigurado”!   Ora, vivemos sob   a égide de Narciso, e como tal esculpimos a nossa imagem para, aos olhos do outro que já cego de ver,   eclipsar-se. Eis, a fonte em que todos nós nos afogamos!   E aqui “socorro” pode significar apenas   outr

Para além das dores do Papa, o “parto” do mundo?

Por Gilvaldo Quinzeiro   A justificativa da “idade avançada e das suas limitações físicas” apresentadas pelo Papa Bento XVI para sua renúncia é humanamente aceitável, contudo, tal justificativa vinda de um dos maiores intelectuais da igreja católica   dos últimos tempos, soa meio que desafinado. Em outras palavras, tal fato, não só antecipa a quarta-feira de cinzas, como nos exigirá profundas reflexões para além de toda a quaresma! Pois bem, se Bento XVI estava diante de tamanhas forças antagônicas no seio da própria igreja, o futuro Papa representará que corrente teológica dentro do catolicismo?   Na sua carta ao Consistório, Bento XVI fala entre outras coisas, “ no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de re

Filosofando as coisas da nossa “cachaça”

Por Gilvaldo Quinzeiro   “O nada”, quando contemplado é nossa porção. Logo,   não existiria “o tudo” sem que neste não estivesse presente os nossos olhos. Olha, veja só, isso tem uma implicação de uma responsabilidade filosófica muita grande. Dito com outras palavras, se não somos os engenhos das coisas todas que nos embriagam, mas certamente em todas elas acrescentamos a “nossa cachaça”. De fato, o ato de aprendermos a ficar em pé, não ocorreu sem que não   levássemos muitos tombos, e, mais do que isso, demos um jeito de colocar os nossos pés na realidade. Ora, isso não quer dizer que o mundo parou de sacolejar; pelo contrário, nós é que em certo sentido, aprendemos a acrescentá-lo o nosso próprio sacolejo. No mais, tudo a rigor,   continua de cabeça para baixo!... Mas, voltando a falar da “nossa cachaça”, com que olhos teríamos a coragem de contemplar a dura realidade, senão, fazendo desta o nosso próprio carnaval? Enfim, o homem, na medida certa bebe a realidade.

O afeto das borboletas

Por Gilvaldo Quinzeiro   Estranhamente algumas pessoas não conseguem se desvencilhar do “casulo”,   temendo (suponho) que a sua condição de borboleta possa não durar a beleza de um segundo voo... E assim, preferem se contentar com   o espanto que seu status de largada provoca!... Estas, lamentavelmente, quando “amando” preferem devorar todas   as chances   do dia seguinte,   e assim, se sentirem sempre “obesas”... Ah! o quanto é caro chegar ao estágio de, na própria pele contemplar a febre que só passa na condição de também se sentir na pele do outro! Isso é humanamente possível, assim como se apaixonar pelo próprio espelho. Alguns preferem a segunda condição apenas para economizar a pele; outros,   as flores. Mas, enfim, no tempo em que se escrevia carta de amor, encharcar as mãos de perfume, isso tinha um propósito: alçar voo na outra pele. Lindo, não?  

A arquitetura, as palavras e o tempo: o que esperar do "novo homem" numa época em que tudo se ergue do virtual?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Vivemos uma época de “bolhas”. Tudo se desmancha a um simples toque; nada é feito para ter durabilidade. Isso faz com que se viva numa angustiante expectativa: quanto do “novo”, já não envelheceu no mesmo instante que nem nos demos conta de que o contemplamos por inteiro (?)... Falta-nos um Oscar Niemeyer em tudo por se planejar! Aliás, nunca as edificações   foram tão semelhantes as palavras -   sempre questionáveis   ante as intempéries ! Uma coisa é incontestável: a pressa! Os meninos já “homem”, não conseguem ser mais “meninos”. E assim, o presente nos arrasta precocemente para o futuro. De todos os tempos, desde os primitivos, antigos e medievais, a ideia de “ser homem” nunca nos   faltou “referencia” quanto   nos dias   atuais. Ora, o barro do qual o homem é feito são as palavras, entretanto, como estas se tornaram tão puídas, então   como e o quê com elas erguer? Falta-nos uma arquitetura qual a egípcia que nos substitui todas as p

Nós, a Mona Lisa?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Somos trempes. Isso não significa, porém, sermos   o fogo. Aliamos ao cão, mas nunca fomos capazes de reconhecer que a sua não recusa dos ossos, pudesse significar a salvação da nossa própria carne. Amanhã quem sabe que da nossa parte não seja ao contrário? O mundo é o olhar de cada um. Portanto, acrescentar mais sal a própria pele, poderá evitar que, naquilo que nos é escuro, por dentro,   já não nos apodrece!... As flores, conquanto, abundantes, são tão escassas nas nossas relações, exceto quando delas já não precisamos... E assim, seguimos fielmente acreditando   sermos do agrado de Deus... Quanta hipocrisia!        

Primo, muito prazer!

Por Gilvaldo Quinzeiro   Recentemente um macaco retornou a terra são e salvo, depois de realizar um voo orbital a serviço da agencia espacial iraniana.   Parabéns, primo! Enquanto isso, aqui no Brasil,   vamos ter que gastar uma fortuna no tratamento de viciados no crack cujas vidas, não causariam inveja a nenhum macaco, mesmo aos menos esclarecidos!...Aliás, aqueles (os viciados) levam uma vida pior que a de muitos macacos num planeta cada vez mais sem suas florestas!... Isso sem falarmos num gigantesco esforço que a sociedade terá que fazer para evitar que milhões de crianças espalhadas por este país continental, não caiam nas galhas das drogas. Uma tarefa quase que impossível, diga-se de passagem. Investir na educação é, pois, a melhor forma de, não só desenvolver uma nação, como também evitar que a sua população não venha se constituir num   “bando de macacos”! Infelizmente, a maioria dos nossos políticos não pensa assim. Mas, voltando a falar do feito do nos