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Mostrando postagens de janeiro, 2024

Ah, as nossas feridas! Herança do nosso passado?

Por Gilvaldo Quinzeiro Ferir-se do nada, quando o nada é aquilo mesmo que nos sustenta é aludir ao um estado de feridas “ancestrais”, algo recebido como herança do nosso passado longínquo de caçador e de guerreiros, quando, se ferir era vestir-se da normalidade daqueles tempos. Em certo sentido, estamos atados ou costurados em puídos laços de alguma coisa, logo, isso também dialoga com a edificação das nossas dores ou com o esforço de preencher os nossos vazios. Se existe o Inconsciente Coletivo conforme defende Jung, é aqui (ou lá) onde residem a tais feridas? Ora, o dito acima aponta o dedo para as feridas que, mesmo sem sangrar, dilaceram hoje os nossos jovens, conquanto, estes, habitando o conforto dos seus quartos sem darem ou levarem um sequer “tiro”, ainda assim, caem abatidos? Que tipo de feridas são estas? Até pouco tempo, se se perguntasse a um homem da roça, qual a sua identidade ou profissão, este orgulhosamente exibiria a mão encravada por calos e feridas da sua labuta diá

Da série leitura arquetípica sobre o mundo (I)

Como foi seu réveillon, primo?  Por Gilvaldo Quinzeiro 1 – Enquanto os homens tomavam drinques em comemoração à chegada do Ano Novo, as energias dos choques entre as placas tectônicas ou entre as aeronaves também em solo japonês nos alertavam do “novo sol nascente”(?). É como entre os Astecas, a serpente trocando de pele (?)...    2 - “ O mundo é um moinho”, como nos diz o sábio compositor Cartola. E para ser mais enfático, o mundo é uma velha locomotiva transportando homens, que acreditam em novos destinos.   Não sabem estes, dos muitos parafusos soltos, e das velhas cartas do baralho a marcar suas faces(?). 3 – Por aqui navios lotados de ilustres passageiros em réveillon paradisíaco a buscar novos ares para seus velhos males. Gente bonita e rica, mas também tão rasa para se atirar nas profundezas do mar por assuntos entre casais, que deveriam ter sido antes resolvidos em terra? 4 – Por aqui também inúmeros acidentes aéreos – sinal de que as energias entre a terra e os ares estão a ex

Da série psicanálise & provocações (V)

A morte de fio dental. Que sedução? Por Gilvaldo Quinzeiro  1- Nascemos todos pelados, mas nos preocupamos em vão, diga-se de passagem, com a roupa do enterro! Que paradoxo, não é mesmo? 2 - Quem é a morte, esta senhora que não poupou nem os faraós, estes que tanto primavam pela eternidade ? 3 - A  morte , digamos assim, é   o outro lado da moeda , assim como convencionamos a chamar um dos lados da roupa que usamos  de o  avesso. Em que lado fixamos a nossa face? 2 - É mais cômodo, entretanto, acreditar que só estamos vestido com o lado da roupa que agrada aos outros. Mas qual o lado da roupa que se cola ao corpo? 3 - A morte é o cós da nossa mais íntima vestimenta, um quase fio dental: “um salto para o mar revolto em plena festa de réveillon depois de uma discussão com uma pessoa amada”. Que coisa, não? 4 -Eis a morte se despindo para quem teme o nu?   5 -Pulsão de morte e pulsão de vida , freudianamente, os pares de opostos, a mesma face para diferentes sorrisos! 6  -Para a morte, as