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Mostrando postagens de novembro, 2014

Eu e meu cavalo. Quem é a sela de quem?

Por Gilvaldo Quinzeiro     Selar o cavalo. O cavalo quem é? Nós mesmos! Eis a verdadeira peleja e sentido da vida: dá nome aos nossos próprios bichos! Entretanto, isso não é tudo,   a questão é como e quando se deve usar as esporas. O “homem” pode vir a ser uma grande mentira, seja em relação ao   que diz, seja ao que pensa ser! É como se pensar em “amarrar o chocalho no rabo do gato”, isto é, em tese parece simples, mas na prática quem consegue? Em nós há uma “natureza”. E qualquer que seja o nome que dermos a ela, ainda assim, continuará sendo   uma natureza!   Que espantoso, não? Pois é... somos um “cavalo”. A diferença é que o ato de domá-lo é que nasce o cavaleiro. Quanto ao cavalo, este continuará relutante em aceitar as rédeas! Meu cavalo sente-se comigo, e aceite ao menos que eu seja não o seu cavaleiro, mas a sua sela!

O sofrimento acabou! Agora é “sofrência”?

Por Gilvaldo Quinzeiro   A palavra é substituta da “coisa” naquilo em que a coisa   não está ao alcance da “mão”. A dor, conquanto, sob efeito   da   mão   permanece para além desta    - dilaceradora – é o que se chama de sofrimento! Quem nunca sofreu? Por amor então,   “quem atira a primeira pedra”? Dois homens. Cada um,   em seu tempo e espaço, usaram   a mão sobre a “coisa” presente em seus   sofrimentos como ferramenta de criação. De que homens eu estou falando? Acertou quem respondeu: Sigmund Freud e Lupicínio Rodrigues.   Do primeiro, digo de Freud,   não se têm palavras para quantificar a sua contribuição no tocante ao esforço de compreender e aliviar a dor da alma humana. Do segundo, digo, Lupicínio,     todas as palavras são suas no esforço de dá nomes ao “amor” de sofrer por amor”   – a dor-de-cotovelo! O que ambos têm em comum? O uso da palavra. Com Freud a cura pela palavra. Com Lupicínio, a palavra cantada para   diminui o sofrer? Parece pouco? Então se co

Bom dia, meus amigos extraterrestres!

Por Gilvaldo Quinzeiro   Os extraterrestres existem? Sim, nós!   E o que estamos fazendo aqui na periferia do universo?   Entre outras coisas, tentando   encontrar o caminho de volta para casa! A chave para este achado está dentro de cada um de nós. Parece   fácil? Não! É aqui onde todas as portas de acesso se encontram lacradas – abri-las é se colocar na dimensão de outras existências!   Quem de nós se arriscaria a se encontrar “perdido” em outras vidas? Em outras palavras,   o impacto desta “descoberta” pode nos custar à vida – a vida,   a qual acreditamos pertencer! Ora, imaginar que nós aqui na Terra não estamos fazendo outra coisa, senão ser da Terra seus cupins!... Como então encontrar o caminho de volta para casa? A vida é curta, meus amigos!   Ainda mais fazendo do “dinheiro” a nossa última respiração! Ficar rico é fácil. Quantos não estão “podres” de riqueza! Mas a qual preço? Muitos homens, inclusive intelectuais no afã de se tornarem ricos, hoje estão ten

O nosso “selfie existencial”: clic!

Por Gilvaldo Quinzeiro   A existência se explica por ela mesma ou o que chamamos por "nossa existência" é apenas um frágil nó? O fato  é, entretanto,  que   a existência nunca foi fácil,   nem para os faraós, conquanto, a estes cabiam reger o tempo, imagine para seus súditos, meros mortais!   Será aquela existência, digo, a do tempo dos faraós mais emblemática do que a nossa? E a existência de hoje é fundada em quê? A      existência de hoje,   fundada de “selfie em selfie”   suplantou   a dureza da existência de   antes? Eu gostaria muito de acreditar que sim! Todavia,   o “desbotar” da   expressão facial diante   de uma simples   “não curtida” me faz duvidar que a nossa existência tenha ao menos flácidos   sentidos”! Em outras palavras,   tudo enfim, nos ficou    duro demais! Até mesmo encontrar um simples sorriso, em especial, o nosso! Ah! Como ficou caro o sorriso! Nem o do espelho nos agrada! Mas, voltando à alusão feita aos tempos dos   faraós.

A realidade, o sujeito e as drogas: que diabo é pior do que o outro?

Por Gilvaldo Quinzeiro   A realidade, o sujeito e as drogas.   Eis as trempes cujo fogo nunca se apaga! Nesta reflexão vamos arriscar ao menos a falar das nossas fraquezas, e ainda assim,   tentar permanecer de pé.   A realidade é “árvore e fruto” ao mesmo tempo, logo, nunca dorme, e seus pesadelos é da ordem daquilo que   se alimenta de carne viva. Já   o sujeito, não passa de um pobre coitado! Sem raiz,   luta em vão para se agarrar a alguma coisa.   As drogas, por sua vez,   é a faca na mão do sujeito no esforço desesperador   de conter às suas vísceras   expostas! Em outras palavras, a realidade é a “pata” que esmaga. O sujeito, um “pinto pelado”. As drogas. Ah as drogas!   –   esta é uma mera   bolha de sabão    a nos proteger do esmagamento(?). Pois bem,   desde os primórdios das cavernas que “a realidade”   é de natureza esmagadora. Talvez por isso, o apego do homem   aos “fantasmas”.   Tudo isso apenas para   manter-se   de pé. Eis o berço, portanto, das   reli

Cartas aos jovens sobre o amor

Por Gilvaldo Quinzeiro   Meus caros,   o amor   nunca chega “enlatado”, embora alguns o esperam como um produto vindo pelos correios com fitas e laços. Aliás, o amor nunca chega por inteiro. Às vezes só nos chega aos pedaços. È aqui onde   precisamos completá-lo sempre. Ah! E não adianta abrir as portas convencionais. O amor não entra por estas portas, e nem sobe as escadarias até aos pedestais. Ah! O amor não busca os interessantes, mas os interessados! Amar com dúvida, nem a Deus. Podemos até duvidar de tudo, mas jamais amar   em dúvida! O amor nos pega sempre com olhos fechados. È   Por isso ( talvez) que muita gente no terceiro beijo, não consegue fechar os seus, pois, anseia em saber se o amor enfim enviou algum sinal. Que engenho complexo é o amor! Outra coisa meus filhos!   Não há experiência mais vívida do que a paixão!   È neste estágio que dispensamos os olhos – andamos léguas e léguas, completamente   cegos! Contudo, deveríamos por recomendação m

Do coração da USP a violência que nos ensina?

Por Gilvaldo Quinzeiro   O cérebro da violência. Que diabo estará por trás da violência praticada por alunos   da mais conceituada universidade brasileira, a USP?   Quem   tem mais a nos ensinar: a violência já enraizada das nossas ruas ou a violência plantada em solo onde só deveriam nascer “frutos civilizatórios”? Nos últimos dias veio a público através dos meios de comunicação, as denuncias que apontam a violência, entre esta, a de   abuso sexual praticado por alunos (pasmem!) do curso de medicina da USP. As denuncias foram feitas junto aos órgãos policiais pelas próprias vitimas. O que fazer? O que pensar? Bem, agora os pesquisadores sobre a violência terão muito que se esfolarem.   uma coisa é estudar a violência, vendo   esta se passar   lá no “c” do mundo”. Outra coisa é o “c” do mundo” se tornar, de repente,   o nosso. É aqui onde o discurso e a prática se revelam ser filho de úteros bem diferentes! Estudar a violência no “c” do outro é cócega no da gente. O

O pé, o sapato e a realidade.

Por Gilvaldo Quinzeiro   Ser PHD em amarrar os cadarços do sapato é uma coisa. Para isso têm as mais refinadas escolas e universidades. A outra coisa bem diferente é   se   tornar aprendiz     dos   defeitos do seu próprio caminhar. Aqui, neste caso     não há escola alguma, senão a dos próprios   pés no chão!   Em outras palavras, o que de fato me preocupa não são os poucos conhecimentos sobre a realidade de hoje,   mas, a escalada de tantos conhecimentos que,   da realidade,   nada nos diz a respeito. Isso sim é pedagogicamente preocupante!   O sapateiro, portanto, antes de conceber o sapato, deveria ao menos se certificar das condições dos caminhos. Todavia, a fome por fabricar sapatos   a qualquer custo suplanta   o desejo que poderia lhe   abrir outros caminhos.   Vivemos, portanto, numa realidade onde “os pés nos subiram à cabeça”. Talvez por isso, os caros sapatos quase não nos servem para pisar   no chão.   O mesmo não se pode afirmar em relação   as nossas cab

O gozo afetado pelos novos afetos

  Por Gilvaldo Quinzeiro     Tudo novo. Enferrujado só os meios pelos quais se realizam os desejos. Eis uma escrita acerca dos troncos e raízes das nossas angústias. Uma reflexão psicanalítica, portanto, a respeito do “gozo”. Quem em mim “goza”, enquanto o que me penetra é apenas o olho do Outro castigado pelas minhas ausências?   O que é a genitália na mão agora   tão ocupada   de outras coisas? Com que gozamos se o que nos abunda é a ansiedade? O “gozo”,   portanto, está ao alcance das nossas mãos! Porém, o preço a ser pago por ele é caro demais.     O ato de se masturbar, por exemplo,   não só saiu das alcovas de antes, e se faz presente em qualquer lugar, posto que, a antiga genitália sofreu um deslocamento para os novos objetos criados com o objetivo de, também   substituir o antigo gozo. A consequência disso, não poderia ser imediatamente outra: perdemos a noção do próprio corpo! Ora, o corpo é o arquétipo de qualquer ideia de gozo. Sem ele, perdemos também a

Todos pelados. A nova onda que vem lá do Sul!

Por Gilvaldo Quinzeiro   Se a onda agora é andar pelado pelas ruas (esta onda está vindo lá do Sul)   minha Nossa Senhora, eu prefiro pegar sol como o filósofo grego Diógenes, isto é, nu, mas,   filosofando sempre!   Rezo, no entanto, para que   Alexandre, o Grande não me apareça. Não é por nada, caras pálidas,   é porque eu mesmo me sinto tão pequeno! Diógenes, o filósofo pelado que   “vestiu” São Francisco de Assis com atitude? É possível que sim! Mas, voltando a “onda dos pelados”. Foram as mulheres gaúchas que pariram esta ideia. Que lindas, não? Eu aprovo esta onda, e se o problema todo é só tirar a roupa, meu Deus, eu tiro o chapéu da cabeça do Padre Cícero! A minha preocupação é em relação aos infiltrados. Sei lá se estes, no afã de outras coisas,   não queiram trocar   os pés pelas mãos! Ai é que o bicho pega? Não há como não colocar o velho Sócrates nesta discussão: “conheça-te a ti mesmo”!   O que será que Sócrates estava coçando quando se deu conta da sua

Caxias e seus bebês. O que parir depois de tantas mortes?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Agora sim. Depois do CQC, Caxias pariu de verdade pelas suas crianças mortas. Quisera que não fosse preciso tanta dor e contrações para se chegar à tardia conclusão de que a nossa política do “azeite de mamona” já não nos serve mais. Deveras,   a nossa    saúde pública amanheceu hoje com uma “cara da Petrobrás”! Parir na Maternidade Carmosina Coutinho é antecipar o luto pelo filho que, por sua vez,   jamais poderá ficar órfão. Bem que o fato pudesse ter sido uma mera “pegadinha”,    uma comédia, mas se trata mesmo de uma tragédia. Uma tragédia cotidiana, diga-se passagem. Esta coisa de politica de pai pra filho; de tio pra sobrinho,   tal como a que estamos nos acostumando, não poderia parir outra coisa, senão esta coisa   oca! Caxias está sim machucada! Entre se preparar o enxoval do bebê ou os seus preparativos fúnebres, é um difícil parto!    

A parábola

Por Gilvaldo Quinzeiro   A primeira pedra. Que tempo é este onde todas as pedras já foram atiradas? Eis o paradoxo das cruzadas dos dias de hoje: não é de Maria que estamos todos “grávidos”, e sim, de Madalena! Nostradamus que me perdoe, mas a sua profecia não previu que depois dos “Secos e Molhados”   ficaríamos todos híbridos, e nem que Lobão se converteria num falso profeta. E o retorno de Belchior será triunfal? Para explicar os enigmas   deste tempo, só mesmo Tim Maia!    

Viver, a despeito do nosso desperdício!

Por Gilvaldo Quinzeiro     Espere um pouco amigo. Viver não é tudo. Há infinitas janelas se abrindo no universo.   Disso, eu não tenho dúvida nenhuma. A questão nossa é mais estreita. Às vezes,   na primeira janela aberta, nos lançamos   juntamente com uma única palavra dita. Isso é a prova de que, com toda eloquência nossa,     ainda assim,   não fomos capazes de substituir o soco! A propósito, a   palavra é arma que mata. Usá-la contra o outro antes que este possa usá-la contra nós,   tem sido o nosso viver. Isso é tudo para se viver? Não há universidade que nos ensine a mensurar o nosso desperdício. E olhe, eu não estou falando da falta d’água. Eu estou falando da “seca” de sentidos que se possa dar a nossa vida. A questão da falta d’água é mais simples, porém, de efeito devastador. E só se resolve da seguinte maneira: “matando o nojo de compartilharmos com os outros   “a boca” da mesma cabaça”! Ou teremos também que fazer da nossa boca um material descartável?

125 anos da Proclamação da República

Por Gilvaldo Quinzeiro     A República nossa e a dos outros. Há 125 anos, o Brasil amanhecia republicano. Na noite anterior,   todos foram dormir monarquistas. O Brasil é assim, quando se pensa que dorme, está despertando. Ditadores e democratas costumam dormir na mesma cama. O diferente é o povo – este parece pertencer a uma outra República! Estados Unidos do Brasil. Este foi o nome de batismo do   Brasil dado pelos parteiros da República.   No atual contexto poderá vir a ser chamado: Estados Divididos do Brasil? A República fez bem aos paulistas e aos mineiros. No Nordeste, Antônio Conselheiro, por exemplo, fez mais sozinho por sua região do que todos os primeiros 30 anos de República. Mas os donos da República – os coronéis – se anteciparam as profecias de Conselheiro, dando a ele a morte como prêmio! Calava-se assim, um outro Brasil: o nascido de rústico útero, o da fé e do cacete. Foi-se o tempo da “Velha República”. A República de agora, poderia   até ser bati

67P/Churyumov-Gerasimenko : o nosso “jumento” cósmico!

Por Gilvaldo Quinzeiro   Rosetta e Philae ,   mãe e filho   nascido do útero da ciência!   Sua missão: fincar “os pés, mãos e os olhos do homem” pela primeira vez   na superfície de um cometa.   O cometa é o   67P/Churyumov-Gerasimenko   descoberto em 1969 por Konstantin Churyumov.   A missão iniciada há 10 anos, e realizada agora, enfim, com sucesso, no dia 12 de novembro pela Agência Espacial Europeia(ESA). Agora   sim estamos viajando escanchado na cauda de um cometa! O universo não contava com este feito: fizemos de um cometa, o nosso “jumento” cósmico. A questão agora é como   lhe colocar o cabresto em sua fuga em disparada. Pobre Philae!   A primeira noticia vindas da sua missão, nos dão conta que está meio desajeitado - com a frente para trás, como qualquer outro   cavaleiro de primeira cavalgadura!   Outros falam que o mesmo ao invés de se escanchar no meio da sela, se posicionou no bucho do cometa, o que lhe impedirá de   receber a luz solar, motivo pelo qual

O amor em suas medidas

Por Gilvaldo Quinzeiro   O amor   não é para se economizar em quaisquer que sejam   as circunstâncias, mesmo naquelas em que a mesquinhez prospere. È como o conhecimento, o qual,   ninguém deve guardar apenas para si.   Portanto,   amor é para ser vivido, não obstante, as raras condições surgidas ao longo de uma vida. Entretanto,   há quem opte      morrer com ambos com a desculpa de que não apareceu ninguém com quem   dividi-los. Na vida estamos de passagem.   Quisera que   o retorno a esta mesma dimensão, fosse para o entretenimento, e não por dividas a serem pagas! Ora, somente o que se vive é nosso, e o “não vivido” ainda que viva em nós a espera de ser vivido,   é fome de tudo!  

Para os engenhos da violência, toda a nossa lucidez é cachaça

Por Gilvaldo Quinzeiro   Se levarmos em conta os dados assombrosos sobre a violência no Brasil que foram apresentados   pela 8ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, até à   conclusão desse texto, cerca de 40 pessoas serão assassinadas, isto é, segundo este   relatório, a cada 10 minutos uma pessoa é assassinada no Brasil.   Bem, como eu não tenho   porque escrever apressadamente, pouco ou nada do que eu disser aqui, consertarão os passos tortos de quem está fugindo ou indo em direção a morte. O tempo é que   está bêbado, e qualquer esforço nosso por mais lúcido que seja, ainda assim, é “cachaça”. Os engenhos da violência nos escapam   a uma compreensão mais apurada. Tal é a perda dos nossos   dedos nesta   investida. È sabido, entretanto, que a   violência não tem pé e nem cabeça, isto é, toda e qualquer violência é a perda de bom senso.   Mas negar que esta   não tenha “alma” é impossível. Talvez seja este o aspecto mais difícil no que diz   respeito a n

Deus está morto?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Deus está morto? Não. Mas a intolerância que nos domina dar   vida aos nossos demônios adormecidos!   O perigo, portanto, não está nas cercanias, e sim, dentro da gente! Somos aquilo no qual podemos nos transformar, ainda que momentaneamente. E se repararmos bem, nunca o nosso estado de espírito foi tão volátil como nos dias hoje. Há muitas portas dentro de nós. Algumas fechadas o tempo todo. Outras que estão sempre escancaradas. Quem afinal entra e sai por elas? Não há demônio mais poderoso e tentador do que aquele que nasce dentro de nós, quando já não suportamos conviver com a fé do outro. Ou seja, quando a intolerância se aproveita   de “nosso céu já alcançado”! Neste momento, há uma luta renhida sendo travada não entre Deus e o Diabo, é bom que se diga, e sim, entre as igrejas e as religiões. Em disputa: o plano terreno. O mesmo onde se compete   quem erguerá um templo maior   do que o outro. Desse modo, Deus está tão vivo, tanto quanto

100 anos depois da Primeira Grande Guerra, estamos de novo entrincheirados.

Por Gilvaldo Quinzeiro   O homem definitivamente não está sozinho na “trincheira” dos nossos dias. Se no passado foram os tanques de guerras que assombraram com suas performances se colocando de pé frente às metralhadoras   e abrindo passagem no meio ao que antes era intransponível,   hoje, estamos sentados sobre todo “tipo de cérebros”. A consequência disso: um tiro na velha existência! Em outras palavras, já não é o homem que antropomorfiza a coisa, mas a coisa que coisifica o homem. Tal como os gases químicos usados na Primeira Grande Guerra Mundial, a “inteligência artificial” nos atrai e sufoca. Eis a nossa nova trincheira. Com quais armas avançaremos um palmo a frente? A multiplicidade de um único aparelho,   nos coloca ao alcance da mão   a força criadora de um “big bang”.   Ajoelhar-se   agora para quem, meus filhos? Quão   profunda   é a coisa na qual nos afundamos! Os anos de 1914 e 2014. Ambos marcam o inicio de um novo tempo. O primeiro, anunciava    com a

Quando os homens perdem as suas cabeças, as dos outros são troféus

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        Por Gilvaldo Quinzeiro     Com quantas cabeças debaixo do braço o   homem finalmente acha que a sua é   maior do que as dos outros? Não é que   Caravaggio (na ilustração acima) tenha esquecido a sua, mas vê-la dependurada na mão de outro, demonstrou grande    coragem e inspiração para pintá-la! Enfim, quem matou Osama bin Laden? Robert O’Neill ou Matt Bissonnette? De quem terá sido a “honra” de não ter perdido a própria cabeça, quando a de bin Laden já era exposta na feira como troféu? Qual a próxima cabeça, assim,   como a de João Batista a ser   oferecida de presente? A leitura correta do mundo, a despeito das suas linhas tortas, não é pela convicção de suas respostas, e sim, pelo nível de suas perguntas. Neste momento o que estamos nos perguntando é: “quem matou quem”? Quando para a Filosofia seria mais profundo se perguntar: “por quem ainda exibimos como vitoriosos uma cabeça como troféu”? Aliás, neste mundo de   ostentosos chapéus, raras   s

Salve meu sertão nordestino!

Por Gilvaldo Quinzeiro     Quarteto Armorial. Que momento é mais oportuno de se ouvir? Saibam meus Senhores, aqui no Nordeste a lua nunca é minguante   ainda que   aqueles que   se consideram “donos do sol” queiram desabar sobre nós total eclipse. A terra da qual brotou um Ariano Suassuna é raiz musical de um Quarteto Armorial! A Suméria é aqui. Precisamos, pois,   ter consciência da importância dos mais profundos conhecimentos   presentes nas narrativas dos nossos mestres nordestinos.   Narrativas estas que são “partos” do Menino Jesus – arquétipo de toda criança sertaneja a enfrentar a morte diária! A lua que aqui   “sai por trás de uma cerca” dribla todos os ares da seca, e se torna companheira dos homens viajantes em busca de refrigério alhures! “Amanhã ao primeiro cantar do galo, eu caio na estrada”! Eh sertão de Chico Antônio, o mesmo que deu vida a Mário de Andrade! Salve o   mestre Vitalino! Salve o mestre     João do Pífano! Salve a voz de todos o

O bicho

Por Gilvaldo Quinzeiro   O homem é também o “bicho” que o carrega. Eis a peleja entre “o cavaleiro e o cavalo”. No final,   ganha quem possuir mais esporas! O “engraçado”   desta história é aquele que, em não conseguindo ser nem o cavaleiro ou o cavalo, se agarra apenas ao “chapéu” – este sim é o que abunda nos dias de hoje. Por falar nisso,   onde diacho eu     vim “amarrar a   minha burra”? Oxente, então o “bicho” que corre atrás de mim sou eu mesmo?   Ainda bem que sim!