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Mostrando postagens de janeiro, 2022

Enquanto isso a natureza nos ensina

Por Gilvaldo Quinzeiro Enquanto a humanidade perde o controle dos seus esfíncteres em discussões, que só nos afundam na merda – tipo se a terra é plana ou redonda;   se a vacina é maléfica ou se é benéfica; se o comunismo come criancinha ou se é o padre; se o velório do nosso ente querido leva vela ou apenas orações; se os do bem são apenas aqueles que   ‘moram’ na igreja ou se a verdadeira igreja é a que ‘mora’ dentro de nós; se     o chip, que nos enfia é o da besta ou se é da besta fera tudo aquilo que por dentro de nós já nos irrita. Por outro lado, a natureza segue dando o     seu pedagógico recado. O mais recente veio na forma de uma gigantesca explosão do vulcão de Tonga, que ocorreu no último sábado, 15, – seu estrondo chegou a ser ouvido a 800 quilômetros e, logo após foi desencadeado um tsunami cujas ondas mataram duas pessoas no Peru e provocaram estragos em países como Japão e Estados Unidos.   Na ilha de Tonga, local da explosão, 80 mil pessoas foram afetadas. As com

A distância geopolítica entre o Brasil e a Ucrânia

Por Gilvaldo Quinzeiro A distância entre o Brasil e a Ucrânia é em torno de 11 mil km e alguns ‘quebrados’ – em voo cerca de 23 horas. Mas em geopolítica o que isso tem a ver? Bem, em matéria de política é aqui que as distâncias entre estes dois países se encurtam. Em comum: dois governos de extrema direita. Quer mais? No auge da febre bolsonarista no Brasil era comum ver entre os seus seguidores o uso de algum símbolo ucraniano.   Por exemplo, “os 300 do Brasil”, grupo, que pregava a desobediência civil e liderado por Sara Winter (lembram?), e que passou dias acampados nos arredores da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O citado grupo além de defender a “ucranização do Brasil” utilizava     nas suas manifestações símbolos ucranianos, incluindo de extrema direita.   Ou seja, há entre nós quem nos deseje ser     a ‘imagem e semelhança’ da Ucrânia atual. Mas quem é mesmo a Ucrânia? Ex-república soviética, hoje com cerca de 42 milhões de habitantes, a Ucrânia é o segundo maio

O Brasil que não existe mais, e os desafios para o novo presidente

Por Gilvaldo Quinzeiro Quem quer que seja o novo presidente do Brasil a ser escolhido nas eleições deste ano, precisa levar em conta que o Brasil e os brasileiros não serão mais os mesmos. Aquele Brasil da ‘democracia racial’, por exemplo, se é que algum dia houve, e que servia de orgulho para muitos – foi um cristal que se quebrou!   Da mesma forma que o Brasil da ‘seleção brasileira’ com o seu futebol arte – ficou para trás! O Brasil, que emergiu nos últimos anos é e será cada vez mais parecido com o ‘Oriente Médio’, e seus complexos problemas de natureza política, étnica e religiosa. Navegar por estes mares exigirá sabedoria, empatia e liderança – não é, portanto, tarefa para qualquer um. O Brasil, que emergiu nos últimos anos, é e será de pouco diálogo e de muita intolerância – um barril de pólvora!   Em outras palavras, se não bastassem os nossos velhos problemas acumulados e aos quais já nos ‘acostumamos’, agora precisamos lidar com fake new; guerras cibernéticas; negac

O nome de Deus e a positividade tóxica

  Por Gilvaldo Quinzeiro   O Brasil tem hoje uma sociedade muito doente! Não estou me referindo a covid-19 e suas novas variantes como delta e ômicron. O povo brasileiro, em que pese, o crescimento da construção de igrejas, bem como ao número de seus frequentadores, está doente da alma! Ninguém pode negar que o ‘nome de Deus’ tem sido usado frouxamente nos últimos dias para as mais banais e bárbaras das justificativas! “Deus é fiel” se tornou o marketing usado até entre briga de vizinhos – cada um justificando para si o merecimento da derrota do outro - que Deus? No ano passado, uma cidade do interior de Goiás ficou 3 dias ‘sem dormir’ na expectativa de que se cumprisse a palavra de um pastor, que havia dito que ressuscitaria no terceiro dia após sua morte – seu corpo foi enterrado frio como os dos outros mortais – contrariando a esperança cega de muitos! Infelizmente, a fila dos que acreditam ser os primeiros, os melhores ou os escolhidos tem aumentado! O ‘novo barco de

Primeiro café da manhã de 2022

Por Gilvaldo Quinzeiro Bom dia! Enfim, 2022. Um ano pedagogicamente para se está com um ‘olho no peixe e o outro no gato’. Um ano politicamente decisivo para o Brasil: barbárie ou civilização; os anéis ou os dedos; fascismo ou democracia.       Um ano filosoficamente exigente: ou o bicho abocanha de vez o homem, ou este antropomorfiza o bicho. Enfim, 2022. Um ano para ser vivido à luz do conhecimento pitagórico? Ao menos numericamente é um ano, que começa e termina com ‘2’. O duplo. O dual... Há ‘2’ anos, o mundo se deparava com a pandemia da covid-19. Logo, o mundo se viu dividido quanto a resposta ao seu combate:   isolamento ou aglomeração; vacinação ou não vacinação; usar máscara ou não usar máscara.   Em todo o mundo foram mais de 5 milhões de mortos. No Brasil mais de 600 mil pessoas perderam a vida.   E como se não bastasse, 2022 começa tendo que enfrentar uma nova onda     de infecção provocado pela variante ômicron. A volta da guerra fria? Nos últimos dias do ano pas