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Mostrando postagens de junho, 2016

A nossa puta intolerância: quem atira a primeira pedra?

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Por Gilvaldo Quinzeiro Eu tenho dito reiteradas vezes que o ‘barro’ do qual somos feitos, pode nos transformar em qualquer coisa bruta. Ser ‘gente’ é apenas uma condição, de modo que, alteradas estas condições, podemos ser outra coisa. Nestes últimos dias, a intolerância se tornou  a ‘carne e o osso’ do nosso comportamento cotidiano. Isto é, o ‘bicho’ no qual nos transformamos de uma hora para outra é absolutamente assustador! Ser ‘gente’ é cada vez mais  difícil . Se nada for mudado, precisaremos andar de armaduras como nos tempos das invasões bárbaras. Receita para cuidar da pele, é coisa estranha para quem se sente em ‘carne viva’. Nestas duas primeiras décadas do século XXI, a despeito de todos os avanços e conquistas no campo de ciência e da tecnologia, temos nos aproximado mais da  barbárie, do que da civilização É cada vez mais comum, pessoas serem hostilizadas em restaurantes, no meio da ruas,   aeroportos  e até dentro de avião por causa

A boca suja em família!

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Por Gilvaldo Quinzeiro Nos últimos dias tem me chamado atenção as notícias, que dão conta dos casos   de mortes cometidos no ambiente familiar por seus próprios membros, sejam estes, pais, mães, filhos, genros, sogros etc. Este texto procura trazer à baila esta discussão. Aqui vai o meu olhar, mas sem a contribuição dos múltiplos olhares, é cego. No dia 25, sábado, Alda Poggi Pereira, 59 anos, professora de música, matou a golpes de faca sua filha grávida (o bebê também morreu), e ainda feriu gravemente o seu neto de apenas 4 anos. Alda Poggi Pereira tentou se matar, mas foi socorrida. O caso aconteceu em Ribeirão Preto (SP). Em Caxias, no último final de semana, o sogro matou o genro também a golpes de faca, e feriu a filha depois de uma briga em família. Casos como estes têm se multiplicados por todo o país. Diante disso me arrisco a dizer ‘freudianamente’ o seguinte: perdemos o controle dos esfíncteres! Estamos engatinhando na própria merda ou

Que saudade, primo!

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Por Gilvaldo Quinzeiro Cada época é o engenho de si mesma, logo, a cada ‘invenção da roda’, uma febre para ser esquecida! A pouco tempo a nossa época   inventou ‘o parafuso virtual’. Até ai tudo bem!  – o problema é como se ‘fixar’ as questões como a da afetividade! A saudade, primo, é um desses edifícios construídos para o qual não tem futuro: só o passado!

Educ(ação)!

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 Por Gilvaldo Quinzeiro Pensar nos bois, sem saber selar o cavalo é fincar-se na estrada ‘pintada’ apenas para adornar os discursos dos piores vaqueiros. Em se tratando de educação, e seus desafios, podemos estar fincados na mesma. Ou seja, enquanto só pensamos, e nada fazemos, ‘cavalamos’. Por fim, a escola, que não sabe qual de fato é o seu papel diante de uma sociedade essencialmente corrupta,  há muito tempo tem servido eficazmente ao menos para uma coisa: de arapuca! Pobre sociedade de tanta merda rica!

Pelo “osso psíquico”, esta é a nova guerra em curso!

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Por Gilvaldo Quinzeiro Este texto escrito a mesa do café da manhã, não é tão quente ou tão frio, e nem se destina a despertar o paladar. Este texto é uma provocação! Um chamado a reflexão. Vamos estar falando da crise econômica, mas sem a ela nos restringir. Neste texto vamos falar das nossas feridas existenciais! Por favor, ponha a mão nas suas! Segue o texto! Sabemos que as crises, quaisquer que sejam, geram desconfiança, intrigas e rupturas. A crise econômica de 1929, por exemplo, em um curto espaço de tempo, levou o desencadeamento da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) – antes mesmo de terem sidos cicatrizadas as feridas provocadas pela Primeira (1914-1918). O mundo está mergulhado numa nova crise econômica. As desconfianças, as intrigas e rupturas estão ocorrendo. Estamos caminhando para uma Terceira Guerra Mundial? O Papa Francisco, já disse que sim! No alvorecer dos novos tempos, o século XXI, que nasceu com vários ‘fins de mundo’, a humani

A velha Europa, as raposas e as galinhas: uma união improvável?

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Por Gilvaldo Quinzeiro O texto abaixo acaba de sair do fogo. Mas não se trata de nenhum prato junino, e sim uma espécie de esforço digestivo para dar conta dos últimos acontecimentos mundiais, que envolve a saída da Reino Unido da União Europeia.  Sei que de cara que o leitor poderá estar se perguntando: mas o que diabo isso tem a ver conosco? É o que vamos digerir a seguir... Se antes a ‘globalização’ era o termo mais usado, quando se queria mencionar o futuro das relações econômicas internacionais, e outras que tais, hoje, 24 de junho, que também é de São João e de fogueiras, foi ‘queimado’ com a decisão do Reino Unido, de sair da União Europeia, conforme o resultado do plebiscito realizado no dia de ontem, quinta-feira. O resultado, embora tenha surpreendido muitos analistas, faz parte de um novo contexto, ora vigente, o da polarização. Isto é, ao invés da ‘união’, o mundo agora se ver forçado a divisão. Basta ver o caso, do Brasil – dividido desde as últi

Atenção!

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Por Gilvaldo Quinzeiro O belo é o encontro do consigo mesmo, sem ter pretensão alguma, logo, não precisa de palavras; do dedo, que lhe aponte, nem de espelho, que lhe compare. Entretanto, o homem sem alma, não pode sentir nada disso! Que pena! Enquanto isso, o feio das guerras e das tragédias evitáveis exige um gigantesco esforço...

Para refletir

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Por Gilvaldo Quinzeiro A rigor, em escala cosmológica, nada somos, e muito menos, nada temos.   Diante disso, buscamos a felicidade como se dela fôssemos merecedores, e fazemos isso da pior forma possível: retendo ou controlando o fluxo das coisas! Ora, o gesto mais sensato neste sentido, não seria exatamente libertar de tudo que acreditamos ter? Lembre-se, a brisa quando fixa em um só ponto é remoinho, e se ali mais tardar, ganhará a força de uma furação! Não tente manter as folhas fixas nas árvores, mesmo que de sombras você precise -, deixe que estas voltem ao lugar das suas raízes! Acalme-se, pois, a sua angústia não vai alterar o universo em nada, o máximo que você conseguirá é se tornar mais insignificante!

No vão daquele olhar...

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Por Gilvaldo Quinzeiro Um olhar quando penosamente diz tudo, é porque a coisa, de fato, não está ali ao alcance da mão.  Aliás, se olharmos bem, nunca esteve, e nunca estará! A existência, meu velho, é o rio que passa: pescá-la só com a isca que os mais jovens jogam fora todos os dias... Um dia, pobres pescadores, lhes faltarão lágrimas para irrigar o rio, que secou em plena ‘enchente’ tão de repente!

As travessias e as transformações

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Por Gilvaldo Quinzeiro Enfim, depois de tantas idas e voltas; de tantas vidas e transformações nos reencontramos!  Mas quem de nós, neste instante em que o rio nos abocanha em mais uma travessia – será o ‘escorpião’ para outro? Quem enfim se arriscará na   condição de não peçonhento para transportar o outro, enquanto o rio que nos afogar é o mesmo? Enfim, nos reencontramos em quem e para quem? O amor de verdade, se de verdade for o amor, é aquele que   nos faz realmente mudar, quando do mesmo amor, se poderia morrer ou matar. E assim, o melhor é aprender a amar sempre, assim como o rio que conduz serenamente as mais estranhas criaturas, ainda que no pior dos abraços! Boa travessia, a todos!

O óbvio é como sardinha em lata: quem ver?

Por Gilvaldo Quinzeiro Ontem, depois de muito tempo, encontrei-me com meu amigo professor, poeta e compositor, Carloman Rocha. Tomamos umas, conversamos outras. Enfim, um papo filosoficamente agradável. O texto abaixo é parte desta conversa, claro, com alguns acréscimos e adaptações. Ei-lo. Falar com as sardinhas a respeito do óbvio, quando o mar se fechou para estas ao comporem o molho das lacradas latas cujas tampas as estampas vivas no rótulo – quão obscuro seria! Do mesmo modo que para as sardinhas, o ‘diabo’ da nossa realidade apresenta-se as vezes mais feio do que o imaginado!  No nosso atual quadro político, por exemplo, vivo, só as fotos das campanhas passadas! Nestas condições, falar do que meu jacaré? A realidade é como aquele rio filosofado por Heráclito: nunca está ali!  De que realidade você está mesmo falando? , pois, aquela já se enxugou nas suas lacrimas, e o seco do seu discurso não contempla mais  as novas enxurradas! Por isso, eu tenho

O importante é importar-se com o pouco que seja

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Por Gilvaldo Quinzeiro O texto abaixo, se bem que poderia ser musical, aliás, é meu desejo aliar a música as minhas atividades, incluindo palestras, porém, a inspiração para este texto chegou-me aos ouvidos através de uma palestra de Mário Sergio Cortella, cujo título, “se você não existisse, que falta faria”?.  Que palestra impactante e musicalmente reflexiva! Se hoje eu estou aqui de pé, mantendo meus passos na estrada, e acreditando que tenho uma missão, qual seja, ser eu mesmo, a despeito das tempestades que teimam em me quebrar ao meio -, devo isso a uma atitude -  a da minha mãe, que viveu sua vida não para se tornar famosa, mas para ser simplesmente importante, quando as minhas condições existenciais dependiam mais dela do que de mim! Isso não é pouco, meus caros:  é tudo! Pena do meu filho, se a mesma atitude, eu não estiver fazendo por ele! Nos últimos dias, eu tenho me dedicado a ouvir crianças e adolescentes, e o que ouço deles tem me deixado est

Pasme: a humanidade está diante de si mesma!

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Por Gilvaldo Quinzeiro O pior atentado ocorrido na história dos Estados Unidos,envolvendo um atirador,  em Orlando, na boate gay, com 50 mortos, no último domingo, 12, é parte de uma cruzada conservadora, que só está no início e se espalha pelo mundo como barril de pólvora – uma limpeza macabra pelas mãos dos que se acham puros e limpos! Tal atitude é compartilhada em silêncio ou não pelos que acreditam estar na “fila dos que vão para céu”! A agressão sofrida por uma equipe de jornalista da Ban, que fazia cobertura jornalística de um evento esportivo em Paris, a Eurocopa, por torcedores alemães – é também um claro sinal de que os tempos não dão mais a mínima ‘bola para o espirito esportivo’ – a bola da vez é outra! O que há de velho ou de novo nesta questão? Há menos de um século, a Europa e o mundo era varrido por uma onda conservadora – era o tempo do fascismo e nazismo. Naquele tempo, o rádio, era o veículo que ligava a todos, não as imagens, mas a aud

Moisés de Michelangelo, e o rabo que nos abunda!

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Por Gilvaldo Quinzeiro Moisés com ‘chifres’, ao menos na famosa obra de Michelangelo, sim! E por que? Não quero entrar no mérito da discussão, uma vez que a mesma me levaria a um voo sem asas, de sorte que o resultado seria espatifar-me no chão. Eu vou me apropriar desta emblemática obra para falar o seguinte: diante do atual quadro político, econômico, social, ético e moral, do Brasil,  não há outra saída, senão um renascimento. Os sinais de que estamos diante de    uma possível geração hibrida, com ou sem ‘chifre’, nos aponta que estamos mudando o jeito de engatinhar – não precisa ter rabo para saber que precisamos mudar! Se os ‘chifres’, que Michelangelo colocou na cabeça de Moisés foi devido a um erro de tradução atribuído a São Jerônimo, como afirmam os estudiosos do assunto, isso não nos impede de admirá-la! Michelangelo, a exemplo de outros homens do seu tempo, estava em busca da uma coisa, que é inere

A cavernosa existência

Por Gilvaldo Quinzeiro O texto abaixo é dedicado aos pais e educadores. 1. O limite para a fome voraz do cupim não é outro, senão o completo desabamento da casa sobre o mesmo. 2. Estamos nós nos tornando numa nova espécie de cupim? Estão os amarradios da condição humana tão puídos assim? 3. Estamos nós diante de uma situação na qual podemos comparar a frágil estrutura egoica dos nossos filhos a meras bolhas de sabão, que a um leve toque, estouram? 4 . Qual o papel dos pais, quando por se temer o colapso dos filhos, só se pode lhes dizer Sim? 5.  . Nestas condições em que o Não é impossível de se dizer, o que enfim, se ensinar nas escolas? 6. Qual o papel das instituições, diante do desmoronamento do ‘edifício humano’? 7. Sejam quais forem as respostas a estas perguntas, elas nos remeterão a uma questão mais complexa: o mal-estar na civilização, conforme falara Sigmund Freud. 8. O ‘diabo’ da falta de limite dos nossos filhos é a causa do ‘diabo’ dos males da gen

Convite aos amantes!

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Por Gilvaldo Quinzeiro Os cães das ruas não sabem, muito menos os de casa, mas as flores substituem os uivos: feliz dia dos namorados! Amigos, hoje ao ouvir Belchior, me deu uma saudade do “ verde e do cheiro da cana; dos galos e dos quintais – do tempo em que as madrugadas eram anunciadas pelo primeiro cantar dos galos”! Ao ler um breve, mas elogioso comentário do amigo Antônio Luís – quanto tempo velho amigo! -  nasceu-me a ideia de reunir os amigos na praça!  Um encontro vespertino, na praça Vespasiano Ramos!  Vamos sentar em roda e no chão... Sim, isso aqui é um convite aos amigos: Marechal, Carloman, Antônio Luís, Carvalho Junior, Jorge Bastiani, Renato Meneses e outros tantos. Tragam suas esposas, seus filhos e seu amante violão! Vamos fazer “fogueirinha de papel; lembrar dos amigos presos por tanta depressão”! Por favor, respondam-me é com urgência! “Não chore mais”!

O nó do comportamento: conte até 3!

Por Gilvaldo Quinzeiro O texto abaixo é a espinha dorsal de uma palestra a ser proferida por mim a um grupo de alunos considerados rebeldes e indisciplinados, de uma determinada escola.  Veja o tipo de nó que eu quero dar na moçada! 1 - A nossa conversa vai ser curta. Curta    como o pescoço, porém, mais leve que a corda comprida, com a qual, tentamos com esforço desfazer em questões de segundos, não os nós da corda, mas, os nós da nossa já curta vida - amarrando a corda comprida em nosso pescoço! 2 - Bem, como vocês podem ter percebido, a nossa conversa será recheada de simbolismo e significado. 3 - A propósito do simbolismo e significado, vocês podem me dizer qual o símbolo químico da água? H2O. Quantas moléculas? 3. 4 - É aqui que começa o mistério: O hidrogênio é o elemento mais abundante do universo, enquanto o oxigênio é o elemento mais abundante da terra. Uma união tríade dando origem aquela substância sem a qual não haveria vida: a água.  A respeito da água, o

Uma breve reflexão sobre o curso das coisas: o que ainda somos?

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Por Gilvaldo Quinzeiro Em breve, caso tenhamos tempo para pensar sobre o que ainda existe que seja duradouro -   cada um de nós comerá o outro, quando a noção do que venha ser o Outro nos seja tão estranha, quanto a ‘certeza’ que não nos garante saber quem de fato somos! No quadro acima, “Saturno devorando um filho”, de Francisco Goya, ilustra bem o que, ao menos no imagético, nunca saiu das nossas entranhas: somos este misto de alguma coisa, que nunca atinge a sua completude. Hoje mais do nunca somos o ‘minotauro’, não o centauro, este último, ao menos possuía uma cabeça de homem, o primeiro, não. Nestas condições, da luta do touro contra o próprio touro, e não do touro contra o homem, a quem interessará surgir o vitorioso?   Por fim, o dito aqui é para chamar atenção para uma coisa: na matéria que evolui, também lhe é inerente o curso que lhe pode fazer retroceder. Somos a própria ‘pedra’, agora atirada contra a nossa cabeça!