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Mostrando postagens de novembro, 2010

Uma complexa imagem dos bandidos em fuga. Um Complexo do Alemão para ver por um outro olhar!

Gilvaldo Quinzeiro Um fixo olhar para trás, porque na frente não há espelho. Uma “ereção” para os pais veem. Uma arma em substituição ao corpo. Um corpo que falta pela ausência do olhar. Uma compulsão para chamar atenção, eis o que resume em palavras, uma “massa de bandidos” em ação! Mas, quando esta ação constitui em fuga, então temos uma imagem que a do herói, cega!.... Por fim, alguns bandidos “reconheceram” os pais não hora em que estes tiveram a “força” para lhes entregarem a polícia! Um enorme tempo, entre o “sim” e o “não”, que fizeram dos filhos um “sim para tudo!” Enfim, um momento de frente ao “espelho?” Homens sem corpos, mas de fuzil na mão. Quando o uso deste se tornou claramente inócuo, eis que o corpo em frangalho que padece em fuga - momento em que se conclui ser mais importante ter um corpo a um fuzil? Ora, este é um caso de criaturas que se transformaram em simples espantalhos. Portanto, exercem sobre nós um efeito de um tiro na alma!... Quem consegue

Por precaução

Gilvaldo Quinzeiro Com minha roupa rasgada, eu costuro a realidade que me abre em tantos pedaços, quanto um tanque de guerra vencendo as barricadas. No fim, não espere por mim!... Estarei ocupado demais montando a próxima escultura. A que lhe envie antes era a do Mestre Vitalino. A que faço agora é do João do Pife! Pois bem, ajunte os remendos e as rosas, dê milho as galinhas e encha bem o pote. Ainda não há previsão de chuvas pro sertão, mas por precaução tire toda a roupa do varal !... Se alguém perguntar por mim, diga apenas que eu fui me encontrar com o Belchior. Enfim, ainda estou na América Latina!...

Uma bandeira, e um braço tatuado!

Gilvaldo Quinzeiro Decepada a mão do tráfico, a face humana sorrir! Um domingo para se começar a semana pensando que o Brasil começa a tomar jeito. Não “o jeitinho” que nos fazia todo um Zé Carioca, mas, um jeito para ser civilizado, ainda que nos falta muito para compreender a importância de sermos brasileiros! Sim, o Brasil também tem uma bandeira, conquanto, ainda nos faz confusão a que bandeira hastear!... Mas, enfim, o Brasil tem uma bandeira, diga-se de passagem, idealizada por um caxiense, Raimundo Teixeira Mendes. Quem sabe disso, e tem o poder de fazer, mas, não faz nada para dá o merecido crédito à vida e obra de um brasileiro, contribui para que os nossos jovens tatuam em seus próprios corpos os nomes de bandidos! Que bandeira a nossa elite vai hastear daqui para frente? E que nome terá os jovens para dele se orgulhar?

Bundaísmo!

Gilvaldo Quinzeiro Pois é, pensar aqui em patrimônio é defender o seu próprio, nem que isso significa trocar o nome das ruas por outros que, garantam mais “poder” para que o patrimônio público, este sim, em nome do particular seja destruído. Caxias é assim, a elite política, toda ela, seja a da que faz oposição, seja a da que faz parte o governo, aumenta o seu patrimônio em detrimento do patrimônio público, inclusive o do já tombado. “Família” aqui é sinônimo daquela que tem no mínimo um bairro sobre seu domínio, e conceito de cidade é no mínimo estritamente relacionado a que um grupo possa exercer sobre a mesma, seu pleno controle. Falando assim, o leitor pode ser levado a pensar, que o texto está tratando de algum morro do Rio de Janeiro. Não, é a histórica cidade que um dia foi dos balaios. Hoje é dos donos de construtoras, mesmo aquelas em nome de laranjas. Uma operação em nome do exercício da cidadania, eis a resposta para o nosso “Complexo do Alemão”!

O Rio de Janeiro nosso de cada dia

Gilvaldo Quinzeiro Uma bota no pé da civilização e um tiro no coração de quem acreditava que a guerra era coisa só de outro mundo. Não, nós estamos em guerra!... E uma outra geração de bandidos, mais violentos, diga-se de passagem, estão sendo gestado como casulo a espera de sua eclosão. Quem trabalha no a dia a dia de sala de aula, sabe que a “primeira cartilha” das crianças é aquela que falta aos pais, a saber, a condição mínima de serem pais, e, neste vácuo, o que emerge é a barbárie! Ora, se a família, não têm condições mínimas de ser “família”, então a quem caberá o papel de substituí-la? A resposta a esta questão exige uma complexa operação de guerra que envolve toda a sociedade! O fato é que as respostas, se é que têm havido respostas, elas têm sido tardias ou simplesmente inadequadas. Enquanto isso, acontece o afundamento da civilização! Mas, chutar a barbárie por si só, não é um gol que nos levará a ter segurança na Copa do Mundo, e muito menos “nas pelada

Bem- vindo aos nossos olhos cegos!

Gilvaldo Quinzeiro O rio que corre o carioca, entala o Cristo Redentor na subida dos morros. Não resta muita coisa a fazer, se não se tornar “Esparta”, para como espartanos viver, não haverá mais o sofismo de Atenas, nem a copa no calçadão de Copacabana, onde os turistas desavisados assoviam para os malandros disfarçados de torcedores do Flamengo. Orai por São Sebastião do Rio de Janeiro, São Januário e Santa Teresa! Enquanto nós de Caxias, não a de Duque, mas do marqueteiro que maquia todos os dados que não esconde os lixos das ruas, e que na guerra que também faz vítima quem de fato está vencendo são os mosquitos da dengue! Aqui “resistência” só dos que aguardam o sobrenome de qual família, entre as que já são donas da cidade, substituirá o dono das vacas que cagam todo dia na cidade!

Paisagem urbana

Gilvaldo Quinzeiro O espelho arrasta para si, o que as chuvas planta nos caminhos, isto é, as pedras. Mas, nada mais estilhaçado que música ouvida em celular numa sala de aula. Ai sim, são pedras arremessadas em janelas de vidro!... Uma enchente de parafernália que inferniza o que antes já era um inferno. Como não ser arrastado pela fúria? Ou como servir de espelho, se já não há mais espelho sem ser estilhaçado? As pedras no sapato de antes, hoje seria convencer crianças para brincar de rodas na hora do recreio. Brincadeira mesmo é atirar a cabeça dos colegas contra a parede. Recreio? É hora de fugir das balas perdidas! Já foi o tempo em que goma, era só de chiclete. E “pó”, não o é o que cheira, mas o que cheirado. Mas, e as pedras? Ora, estas hoje formam uma paisagem de florestas humanas – raízes de plantas sem vasos! Tudo é poço, balde só para encher de fumaça!

Uma receita caseira

Gilvaldo Quinzeiro O pilão em cujo fundo a sopa do conhecimento é socada, é o mesmo que torna raso o fundo daqueles que já se consideram panelas! Ora, todo galo é duro pra se cozinhar, mole é o rabo da raposa que espera o tolo debulhar o milho, que atrairá as galinhas para o terreiro!... Todavia, panelas sem pé, é sinal de que os homens criaram outras, só com bocas. Então é sopa, não precisar mais usar o pilão, posto que o que antes correspondia ao pré-conhecimento, hoje é pré-cozido! Então, fartura de conhecimento hoje, é obesidade?

Uma janela aberta para o escuro

Gilvaldo Quinzeiro O mundo contemporâneo é tão delicado quanto um fio elétrico descascado, isto é, vivemos à mercê de sermos eletrocutados à medida que perdemos a noção do quanto o nosso dia a dia é um emaranhado de afazeres que não se faz sem o risco de que tudo mais pode entrar em blecaute. Uma caixa de isopor com uma manada de elefantes dentro, eis no que resulta a complexidade do mundo atual. Porém, isso não significa dizer que o mundo é tão frágil que não possa suportar nosso peso, mas que a natureza das coisas é de tal ordem que a sua “indigestão” pode começar antes mesmo de viermos a sentir fome. Pois bem, se este mundo é tal qual o que fora preconizado pelos iluministas, estes no entanto, não “raciocinaram” que o também excesso de luz pode resultar em escuridão. E se esta tese se confirmar, qual a diferença de mantermos ou nao a luz apagada?

O humano jeito de ser para além dos tecidos

Gilvaldo Quinzeiro Humanamente falando, é “pano para as mangas” ser feito do tecido cuja roupa não cobre todas as feridas. O tecido humano é um pano de fundo perfurado por todas as dores, inclusive, as que têm nas rosas, quando colhidas pela manhã dos jardins, o seu mais potente analgésico! Pensando bem, é pela brecha que separa um botão do outro, que o olho humano se finca, e como vidro que corta, abre a possibilidade de se tecer com as mãos uma história que se alinha na costura de outros tecidos. Mas, a agulha que fura o ponto estrategicamente chamado de “G”, que no outro pode está localizado logo no início do alfabeto, abruptamente se encolhe só de ver o “V” que se abre como pernas!... Na hora “H”, todo tecido humano não passa de um relógio cujo tempo é o biológico. Mas, e o ponto “G”? Para costureiro de primeiro tecido toda hora é “H”.

Sou negro!

Gilvaldo Quinzeiro Não quero vingança, só justiça! Não quero a lança, só a terra, pão e arte! Não quero pena e nem compaixão, só a igualdade! Não quero esmolas, só o direito e a liberdade! Enfim, eu sou negro!

Ave Maria pela África de cada um!

Gilvaldo Quinzeiro Que outra “civilização ocidental” arrancará uma África inteira de si para, só depois de esmagar a alma lhe consumar batismo em nome de Deus? Com que face a humanidade se ver no espelho, se ainda hoje, a face que prevalece é que apagou a outra que poderia vir a ser a sua? Por quanto tempo durará o tempo de quem ainda se sente acorrentado, enquanto os não acorrentados aproveitam sem pressa todo o tempo que passa? Que tempo é este de tantos chicotes, mas o esforço que vale é o de mascar chicletes?

As cracolândias na sociedade dos macacos

Gilvaldo Quinzeiro A “cracolândia” de lá, é igual às daqui e de todos os lugares. Isto é, são todas habitadas por “farrapos”, sendo os piores destes os dos humanos, pois estes regridem a condição de “lagartas” que estragam toda a plantação de algodão. Em outras palavras, no artesanato dos vícios o que se tecem com as mãos é o mesmo que se destroem com as cabeças! Mas, ao invés de lagartas, se fossem formigas, as cracolândias não seriam ao menos mais organizadas? Pensar nisto pra que se ainda somos todos macacos!

A felicidade.com leite de pedras

Gilvaldo Quinzeiro A felicidade está mais no que se fala sobre ela, do que se pode ser de fato feliz. Não que esta nunca tenha "batido a nossa porta", mas é o jeito de se colocar a mão sobre ela que a estraga como se fora leite. Porém, para quem tem muita paciência e discernimento se pode aproveitá-la na condição de coalhada! Ora, se a felicidade é da ordem do “dizer”, por que então não a falamos no plural, isto é, “as felicidades”, ao invés de apenas no singular? Isso ao menos nos conformaria diante de “todo o leite derramado”, porque o leite não é o só de vaca. Tem o de cabra; tem o leite de coco, inclusive e especialmente o de babaçu. Portanto, pluralizar a felicidade é torná-la mais acessível a condição humana, uma vez que esta, mesmo de “mãos fechadas”, ainda assim, é da ordem daquilo que é permeável. Ou seja, se a felicidade é para quem a “agarra”, nós nascemos sem. De sorte que além de falar a felicidade no plural, temos também que metaforizá-la. Pois

A sociedade, o sangue e o cordeiro: ingredientes para que prato?

Gilvaldo Quinzeiro As sociedades, sobretudo e paradoxalmente as que sobrepuseram as condições, as quais se não sobrepostas, em nada teriam contribuído para a “civilização” atual, a saber, a grega, a hebraica e a romana – fizeram do sangue, o que sem este derramado, não teria sido “estancado” a fonte da “barbárie” – a que somos todos ligados filogeneticamente. Em suma, o sangue pelo sangue. A violência de hoje não é em si, uma fartura de sangue?Quem de algum modo não se sente “saciado”? Em outras palavras, ai de nós sem os “cordeiros”! Ao menos nos dias de hoje, estes, os chamamos de “bodes expiatórios”. Aliás este termo se encaixa bem numa sociedade que tudo espia, mas, nada ver o que de si estar exposto. Que sociedade conseguiria viver sem o seu? Quem são os “cordeiros” ou mais apropriadamente, os “bodes expiatórios” da sociedade de hoje? Para responder esta pergunta, basta ver as manchetes dos jornais ou consultar as estatísticas. Ou seja, prostitutas, gays, negros e pobres

O trânsito que mata, pouca rédea e muitas esporas!

Gilvaldo Quinzeiro Uma noticia que aumenta: no último feriadão, os que não passaram, morreram. Mas, se fossem a cavalo, este, certamente, mesmo a galope os dirigia, mas como não, os cavalos dos “motoristas”, todos famintos por capim, se não morreram, mataram. Ora, sinal pra que se lhes faltam rédeas, e sobram esporas!

Quando a noticia não termina em pizza

Gilvaldo Quinzeiro Brasileiro é morto a canivete em Portugal porque urinava na rua. Aqui, se é daqui que se pode falar, “não é brasileiro quem não mija na rua”, salvo se tiver um canivete. Logo, cuspir à luz do dia, só a bala, mas, quem morre mesmo, somente os que andam perdidos na rua! Porém, quem lá estava perdido? O brasileiro que talvez por “pressa” não procurou um banheiro ou português xenófobo para cuja merda mandou o brasileiro?

O quão do quá quá quá!

Gilvaldo Quinzeiro Quão narciso somos. Quão escorpiões nos tornamos. E não obstante, o "martelo” da Neurociência, ainda assim, não passamos de patos cujas patas serpenteiam em terra, e no lago, nos servem de nadadeira. A novidade porém, é que nos sentimos pavões!

Quando a fala é substituta do silêncio

Gilvaldo Quinzeiro A palavra quando em demasia, isto é, quando dada no lugar do silêncio, tem como arremessado o próprio sujeito da fala, posto que não é o que a ouve que esta é endereçada. Mas, o sujeito em cujas vísceras não o contem. De sorte que este é pela fala espatifado. E, quanto ao que ouve no lugar do outro (a quem deveria se dirigir a palavra do sujeito) se não possuidor de uma “escuta” para além da fala – é o coveiro cuja missão consiste em apenas “enterrar o silencio”. O silêncio em cuja fala, não falava o sujeito! Nestas condições, no entanto, podemos falar num duplo sepultamento, a saber, o do sujeito que morreu “engasgado com a fala” de quem de si esta deveria vir, e o outro cuja fala deveria se constituir no para si.

O canto e a enxada

Gilvaldo Quinzeiro Num canto, um canteiro, no outro, um cantor. Meu canto é esparramado como grama! A voz, a enxada que corta, arada e acolhe! Canteiro de cérebros, eis o que este país precisa! E da política, menos blá, blá, blá!... Apar de tudo, de todos os acontecimentos, já os picaretas estes sim, com calos nas mãos!

Um balaio, e 3 contos de reis

Gilvaldo Quinzeiro Enquanto os lideres do G-20 discutem “a guerra cambial, o câmbio flutuante ou a cesta de moedas”, discussão esta que no final das contas pouco ou nada resolverá, em face ao estômago voraz da economia mundial, o vulcão Merapi sozinho envia uma nuvem de cinzas para os céus da Austrália e parte da Oceania. Aqui do outro lado do mundo, os guajajaras interditam rodovia federal, atiram em delegado de polícia, enquanto os lideres da segurança discutem entre si a competência para resolver o conflito. Isso sem falar na rebelião na Penitenciária de Pedrinhas, onde 18 presos foram mortos pelos “companheiros” de cela. Ou nas sequências de carros incendiados por bandidos na cidade maravilhosa! Ou ainda na matança diária que está acontecendo no México, na chamada guerra do tráfico. Em outras palavras, enquanto as atenções dos chefes de estado se voltam para o “dinheiro”, o humano, o social e meioambiente são atoleiros sem respostas. Educação e saúde retórica eleitorei

Na boca, um falo, na outra, o silêncio!

Gilvaldo Quinzeiro O falo do mundo é bem maior do que o meu. Motivo pelo qual eu me calo estreitando a boca da calça até a canela, antes era tão larga quanto à de sino. Saio no mundo edificando circo, fazendo graça de mim, colhendo a dor dos outros que riem da minha! Meu coração partido, pássaro preso, passos dados, cercas puladas. Calo na voz, outros tantos nas mãos, alguns para construir a minha prisão! Do falo, quando se fala, não é a mesma fala do falo. Logo quem tem um para expor, morre de medo de perdê-lo. A boca da calça quando de sino, cabelos compridos, tudo grande, pequeno só a mão suada, quando segurando um microfone para fechar a boca do mundo! Nas praças não se trepa, só alguns para exporem suas genitálias na cara do nosso maior poeta! Complexo de castração?

Meus cabelos brancos, os pretos são do meu filho

Gilvaldo Quinzeiro A cada nova geração, uma outra é pisoteada. A minha já zombou da do meu pai, e hoje a do meu filho está com o pé fincado no meu pescoço! O fato é que dialeticamente não há espaço para duas gerações. Como cobras, uma engolirá a outra. É claro que a mais velha, mesmo com a barriga maior, aqui está o paradoxo, e talvez por isso mesmo, terá a nova dentro de si. Mas, no final, o veneno da nova lhe será fatal!... As canções cantadas por diferentes gerações, serão para ambas o que a pele é para as cobras, isto é, algo que quando desvencilhado ficará esquecido pelo caminho. Mas, os caminhos tais quais como para as cobras, serão também para as diferentes gerações - , o que há de nos testar o “bote”! Perdoe-me meu pai, pelas picadas de quando eu era apenas uma cobrinha!...

A penitenciária pede liberdade para sua imagem!

Gilvaldo Quinzeiro 200 presos rebelados. Ao menos 14 mortos. Fora outros tantos feridos. Qual a lógica que move presos rebelados a matar seus próprios companheiros de cela? Quanto mais celas serão preciso para “libertar” os que se acham presos pela presença dos outros? Os outros? Não somos nós? Ora, todos presos são também prisioneiros da “imagem”, mas como esta é o que lhes escapa, logo o que vêem é o que morre em si na imagem estilhaçado do outro! Que tipo de imagem é a morte? Quem quer a morte por imagem? Estás preso!

Varal

Gilvaldo Quinzeiro Da varanda, uma palavra salta até a janela, e desce escorregando pela parede do lado de fora. São quatro frases. Um pedaço de mim. Mas, no outro canto uma vaca pasta!... Basta! Besta! Capim!

A barbárie é nordestina?

Gilvaldo Quinzeiro Nos últimos dias, após as eleições presidenciais, os nordestinos têm sido alvo mais uma vez de piadas e discriminação por parte daqueles que acreditam pertencer a uma “raça superior” ou a um grupo oriundo de um outro planeta. Trata-se de comunidades virtuais ou de pessoas que postam em suas páginas na Internet textos e comentários nos quais, o Nordeste e os nordestinos são mencionados como sendo os piores entre os brasileiros, seja intelectualmente, seja em outras áreas. È claro que o Nordeste é a região mais pobre do Brasil, vitima de uma política na qual os governantes ao longo da República têm esquecido. Mas, afinal, se a barbárie é nordestina, então os “civilizados” são quem? Os paulistas? Os cariocas? Os mineiros? Os catarinenses? Os paranaenses? Os sul riograndeses? O que os nordestinos fizeram para serem considerados bárbaros? Só por que ajudaram a eleger a primeira mulher a presidente do Brasil? Ou por que esta foi eleita na gestão e com o apoio de

Enfim, mamãos!...

Gilvaldo Quinzeiro Paradoxalmente, o ser humano é ávido por desertos. È como gado que mesmo estando com sede, mas marcha a galope rumo aos desertos escaldantes!... Qual a fonte desse nosso desejo? O ser humano é fonte que seca na abundância, pois a escassez é o que lhe faz rastejar como cobra. Mas, qual a antítese para o nosso veneno? Antes de nos transformarmos em escorpiões que vagam pelos desertos, que tal regredirmos a condição de minhocas? Pelo menos nos porões da terra há como nos esconder da careta que nos faz o sol! O sexto sol é o que virá em 2012? Se somos feitos da espiga do milho, amanhã, mulher melancia?

Na laje, toda pedra é uma visão!

Gilvaldo Quinzeiro O culto na laje é curto. È que na outra, o casal trepa. Já na de baixo, a mãe cozinha mocotó e feijão preto para o jantar do filho que passou o dia de “plantão” na outra laje cuja visão cega de ver o mar que nunca dá praia!... Só o tropicalismo não dá conta de cantar, o drama que não é urbano, mas, suburbano em cujas ruelas se não imitam o espaço curvo de Niemeyer, tornam futuristas seus sobreviventes! Corpos sarados carregam sacos de cimentos para construir o último quarto que fica sobre a laje, da qual se ver a vizinha ao lado, traindo o marido que saiu para vender balas na central. No peito esquerdo do “Ricardão” , ainda dá de ver uma tatuagem de uma calcinha preta na qual uma frase escrita em gótico: me come! Como não falar do Nordeste? Seca aqui é repente! Quente é o chão que se racha, igual o pé de quem pesca bodó!

As avalanches de imagens e o esmagamento do corpo, o anuncio de que estamos todos grávidos!

Gilvaldo Quinzeiro A imagem antecede ao corpo no que o corpo há de ser com a imagem de si. Logo, com as “avalanches de imagens”, estas uma marca indelével dos tempos atuais, há muito mais corpos esmagados, a corpos inteiros com a imagem de si. A discussão em torno de gênero e identidade, não estará devidamente aprofundada sem que a relação imagem X corpo, seja estudada. Mas o que a imagem ou o que é o corpo?  È o que vamos nos arriscar a responder ao longo deste trabalho. Pois bem, a imagem é uma espécie de nó especular, como resultado do que a cultura produziu especularmente sobre si mesma. Isto é, a face da face que se deseja como face. O “desejo” aqui é a ponte de ligação com o corpo na perspectiva de que este venha se “facificar”, ou seja, se constituir numa imagem de si, a face da face que se deseja como face. O corpo por sua vez, é uma herança filogenética, o resultado portanto, de milhões de anos de evolução. De sorte que enquanto a imagem é o presente, o corpo é o pa

Uma mulher para todos!

Gilvaldo Quinzeiro Num país estatisticamente de poucos homens(em relação a população do sexo feminino), a primeira mulher eleita a Presidente da República terá que governar em nome de todos. Sejam eles crentes ou ateus; negros ou brancos; heteros ou homos; índio ou pardos; dos contras ou dos prós ao aborto! Dito em outras palavras, uma mulher para todos ! A face Conquanto, muitos vêem em Dilma, uma figura máscula, uma espécie de sua “face oculta”, o que o Brasil precisa no entanto, é de transparência, e esta só será exeqüível quando os corruptos não só tiverem suas verdadeiras faces reveladas, como punidas com “mãos de ferros”. E neste contexto, não só vale a imposição das mãos ou da face, mas, “Deus tem que ser inteiramente  brasileiro”!... Mais do que o começo da era pós-Lula, Dilma Rousseff terá que iniciar a sua própria, e mostrar que não obstante ter sido gestada precocemente enquanto candidata - é madura o suficiente para enfrentar questões que os seus antecessores a poste