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Mostrando postagens de abril, 2022

O mundo a caminho da Terceira Guerra Mundial

Por Gilvaldo Quinzeiro Os marcianos ou outros seres em algumas galáxias que nos perdoem o adiamento do nosso tão sonhado encontro, mas por aqui, a velha humanidade, que nunca deixou de cuspir no próprio prato, hoje, para o real assombro de todos, desperta o seu antigo instinto de comer carne crua (a sua!). E     se os odores da guerra na Ucrânia, hoje, no seu 66º dia, continuarem a se espalhar com a mesma rapidez com que a nossa imbecilidade     formata o nosso imaginário, então, em menos dias do que se espera, somente poucos insetos terão conseguido a graça de ver o sol nascer neste planeta tão chafurdado pelas mazelas humanas! Pelo andar da nossa marcha, não haverá tempo para qualquer tentativa de ‘resgate’ por quaisquer naves alienígenas! A Terceira Guerra Mundial, portanto, é hoje, mais do que nunca uma possibilidade de vermos o último “ homem a ser enforcado com suas próprias tripas”! A fábrica de Azovstal, com 10 km2 de extensão, em Mariupol, reduto de uma desesperada r

O Brasil com suas chagas abertas diante de um novo ciclo constitucional?

Por Gilvaldo Quinzeiro   O caso em que o Presidente Bolsonaro concedeu indulto ou tecnicamente – Graça -   ao Deputado Federal Daniel Silveira, logo após o Supremo Tribunal Federal (STF) tê-lo condenado a 8 anos e 9 meses de prisão, em que pese os mais embasados argumentos jurídicos contrário ou a favor, revela um país já em carne viva marchando em passos acelerados para o pior dos cenários -   um Brasil sem a proteção da ‘pele institucional’.   O que está em curso no Brasil, portanto, não é de hoje, e nem se limita aos embates da disputa eleitoral do ano de 2022.   A questão é bem mais complexa. Se olharmos a História do Brasil constataremos que vivemos de ‘ciclos constitucionais’.   E um ciclo constitucional deve ser entendido pelo período em que as normas civilizatórias sejam respeitadas pelo conjunto da sociedade. Em outras palavras, – o Brasil defendido bravamente por Ulysses Guimarães (1916-1992) e da vigência da Constituição por ele tão bem conduzida, a de 1988 – acabou(

Três considerações sobre o sujeito na guerra da Ucrânia

Por Gilvaldo Quinzeiro   Que guerra nos fere mais? A guerra midiática na qual plantamos a nossa autoimagem alimentada todos os dias com o desejo de que sejamos invejados pelo outro ou a bruta guerra onde fincamos os nossos pés esquecidos? Seja em que guerra for, estaremos espedaçados! Ora o dito acima não é só uma provocação, como também uma introdução à consideração da constituição do sujeito em tempo de guerra como a que ocorre na Ucrânia, hoje no seu 57º dia, e numa escalada cada vez mais crescente.   Mas o que essa guerra da Ucrânia tem de diferente das outras guerras? Primeiro.   A guerra da Ucrânia tem nos revelados ‘pedagogicamente’ entre outras coisas que o sujeito está fincado em ‘bolhas’, logo, o inquilino destas bolhas, o sujeito, é uma espécie de produto do sopro dos outros. A bolha do conforto. A bolha do consumo. A bolha da prosperidade. Eis a trempe, que nos faz esquecer que nossos pés estão fincados em alguma realidade – quaisquer que sejam essas realidades, o

A guerra na Ucrânia é o ovo gôro da civilização

Por Gilvaldo Quinzeiro A guerra na Ucrânia, hoje, no seu 44º dia, não é uma guerra que nos faz pior ou melhor do que dos nossos antepassados, quando, por exemplo, estes viviam do     assombro pelo fogo, para, em seguida, passarem a fazer guerra pelo seu controle. Hoje, numa Europa na iminência de ficar às “escuras” pela possível falta de gás – constatamos que escuridão maior poderá abater toda a humanidade não só pelos atos de crueldades como os do massacre de Bucha (que coisa horrível!),   como também pelos atos também insanos daqueles que, em resposta aos invasores da Ucrânia, os russos, querem privar o mundo de ler os belos clássicos de   Dostoiévski; dos encantos do balé Bolshoi; dos feitos espaciais de Yuri Gagarin ou até mesmo, pasme, de degustar o   estrogonofe ou a vodka!   Quem de pior faz a si mesmo em que pese a intenção de corrigir ou de reprimir o outro? Que sinais são estes que nos apontam para um mundo sem a noção do ridículo? Que tipo de paz nos é oferecida? Ora