Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2012

Os leilões da virgindade, e uma reflexão sobre as outras partes que nos faltam...

Por Gilvaldo Quinzeiro Leiloar a virgindade é uma coisa. Perder a virgindade com quem a arremata é outra. Ou seja, nesta equação qual “o corpo” que fica quando o que lhe subtrai é apenas da ordem do simbólico? Ou o que se “ganha” é da mesma ordem do que se “perde”? A virgindade o que é, neste tempo em que até as bonecas insinuam o erotismo com seus “corpos de meninas”? Afinal o que ganhamos quando toda “virgindade” se transforma numa das mais caras mercadoria, tal como a obra de arte cujas virgens ainda que tocadas pelas mãos hábeis de seus mestres, porém, ainda assim, permanecem castas? Que lugar ocupa o corpo no leilão cujo pregão em nada se compara com a “afetividade”? E as “não virgens” saberão fazer as contas do tamanho do prejuízo? Juízo: quem tem abunda? Afinal não seria esta a parte que nos mais falta? A bunda não; a cabeça, o discernimento é disso que estou  falando!...

Caçando com gatos, seus cachorros!

Por Gilvaldo Quinzeiro   Nestes dias de tantas “cordas e poucos nós”,   estamos de alguma forma sendo enforcados pela falta de “pensamentos”.   Tudo nos vem na forma de “pacotes” ou de “teclas” que nos exclui uma ação mais elaborada, tanto do ponto de vista físico, quanto do ponto de vista reflexivo. Por isso,   quando nos espantarmos é pela má digestão das coisas que ingerimos compulsivamente. Somos como cães que abruptamente perderam “o faro”!...

A mão que oculta a realidade das nossas cabeças: é assim que nos diriam os gregos na realidade em que só valem os anéis?

Por Gilvaldo Quinzeiro   A realidade,   espinhosa;    o ego, uma mera “bolha de sabão”.   Nestas condições, porém, o   que restaria ao ego na sua   impossível missão de não se definhar ao mais breve contato com os grãos de poeira, senão ascender a esfera do ilusório?...Ora, é assombroso concluir que   todo o mito tem as suas raízes, conquanto, as   suas sementes não brotem em todos os solos. Mas isso   não é o a lógica com suas probabilidades e estatísticas? Então, o que não é ilusório, quando tudo da “realidade” nos é também fantasmagórico? Os gregos antigos intuíram sobre a travessia da “bolha de sabão” ( o ego) e   sua luta titânica para vencer o estouro,   criando as suas narrativas que   hoje,     racionalmente chamamos de mitologia. Se esta minha afirmação estiver correta   (espero que não!), então todos os demônios desde que o homem é homem fazem suas arruaças no estreito fundo de cada um de nós.   E quanto aos deuses?   Estes seriam oriundos de que raízes? Como ev

Quantos homens? Quantos cavalos?: Quem corre por quem?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Os homens e seus cavalos. Tanto o de Tróia, quanto os outros que ora afugentam o mundo são como presentes em defesa dos seus cavalheiros. “A Terra Santa” mais uma vez   sangra em defesa de “gregos interesses” – israelenses X palestinos travam novas batalhas em nome de suas “velhas histórias”. Nada humano que as guerras, ainda que em   defesa de “sagrados interesses”. Culpa de Prometeu que preferiu o lado dos homens, ao contrário do dos deuses? E assim marcha a humanidade: ora, a galope, sobretudo quando os cavalos dos vencedores, dos seus cavalheiros já não diferem; ora, a passos de tartarugas, quando a “paz”, já não monta cavalo algum!... Ainda bem que nem todos os cavalos são como os homens, quando estes enfim, querem ter o controle de todas as rédeas!... Amém?        

Os engenhos da violência, e seus novos escravos: quem é senhor de quem na “Nova República”?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Não é a vômito escancarado da violência em nossa cara   que nos assusta mais,   e sim,   termos nos transformados   na condição de seus   “penicos”,     isso sim, é assustador. Ou seja,   o despreparo, a conveniência,       a falta de um enfretamento planejado da sociedade constituída no combate a violência é a prova de que os que estão a frente das nossas   instituições, não passam de uma mera “escultura” – da arte suja de se fazer a politica. Enquanto isso, os cidadãos ( aposto que     muitos   já não se lembram   mais em quem votaram nestas últimas eleições)   são as vitimas da falta de uma politica pública para o setor de segurança. Em outras palavras, o DNA da violência está impregnado em todos nós, e “os bichos urbanos”, dos quais somos presas - suas mutações!... Por falar em mutações, quem não sente falta do bicho-papão? Aquele sim,   foi a “oficina do medo”,   quando a falta de sono era apenas por brincadeiras. Hoje quem dorme, quando a br

O tempo hoje está para peixe ou para bugiganga? Era sobre isso que os maias queriam nos dizer?

Por Gilvaldo Quinzeiro   O encolhimento do tempo ou o tempo de homens encolhidos? O que viram os maias naquilo que se repete a cada 26 mil anos? È muito tempo ou não nos damos conta de que o tempo planta suas cobaias, enquanto acreditamos fazer suas previsões? Vivemos um paradoxo, de um lado os avanços irrefutáveis da ciência e da tecnologia, por outro, a massificação da violência nos aproximando cada vez mais dos bárbaros, isso sem falarmos nas “cracolândias” que chegam como avalanches nas pequenas e médias cidades, antes mesmo dos prefeitos decidirem inaugurar novas escolas. Não poderia no lugar das “cracolândias”   serem   os shoppings para atender a nossa outra fome de consumo? Pois bem, temos tempo de filosofar sobre estas questões ou Platão estaria perplexo demais com “os novos tempos” e seus homens velhos no escuro das suas cavernas? Ora, como festejar o milagre anunciado com as descobertas das células troncos, se “os partos” de hoje estão superlotando os presíd

“O furacão Sandy” e as coisas que não cabem mais dizer?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Enquanto os bebês dormiam, “o furacão Sandy” abria fendas nas nossas estruturas de concretos, e solapava com um só sopro a nossa vã pretensão de “ver todas as coisas no devido lugar”. Aliás, o lugar das coisas não é como estão ficando, inclusive sem nós? Pois bem, uma coisa “Sandy” nos deixou bem claro: quão é fictícia a realidade que erguermos só com “as nossas coisas”, enquanto que as da natureza escondidas como “coisa debaixo do tapete” surgem com a tamanha   violência aos nossos olhos tardios de veem!... Estamos sim ficando “sem o mundo” – o mundo supostamente     por nós conhecido. Quanto ao outro, o que nasce fora das nossas trempes, este nada tem de nós, exceto, a nossa cara de espanto! Entretanto,   “ Sandy” só nos falou   nas entrelinhas... Não que o resto nos seja óbvio, mas, no mais é “osso duro de entender”!... Em outras palavras, a coisa vai ficar feia com as nossas cada vez mais fora do lugar. Não seria esta a hora de se per