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Mostrando postagens de novembro, 2022

Há entre nós quem ainda seja um de nós? Uma reflexão sobre as atitudes dos golpistas brasileiros

  Por Gilvaldo Quinzeiro Quando os Estados que se orgulham de serem os maiores produtores agrícolas do Brasil, a exemplo de Mato Grosso, e que por isso se acham no direito de bloquear as rodovias federais impedindo de chegar aos seus destinos entre outras coisas, comida, significa dar aos outros Estados o mesmo tratamento dispensado aos ‘porcos’. Ou seja, o orgulhoso aqui é também padrinho das mais sujas atitudes! Este é o Brasil que não tem nenhum pingo de vergonha de se colocar na pele dos que sempre esfolam! Mas não é só comida que está sendo impedida de chegar ao seu destino pelos atos golpistas: gente a caminho dos hospitais para receber um transplante de órgão ou submeter a um procedimento cirúrgico!   Um golpista disse a um pai que implorava para seguir viagem rumo ao hospital em que faria uma cirurgia no olho do seu filho: “que ele cegue”! Qual é o “bem” defendido por esta gente? Que Deus se colocaria disposto a ouvir suas preces? Que preces?   Como defender a família q

Quando a fé não auxilia a si mesma, serve-se dos muros e da espada

Gilvaldo Quinzeiro   Em 1453, na queda de Constantinopla, não obstante, a fervorosa fé invocada tanto pelos que estavam do lado de dentro dos muros (os bizantinos – cristãos) quanto por aqueles que se encontravam do lado de fora (os otomanos - muçulmanos) não evitou, contudo, o massacre de milhares de pessoas -, piedade aqui foi a primeira coisa a desaparecer – junto com as cabeças! Do lado bizantino o imperador Constantino XI; do lado otomano, Maomé II. Em comum entre ambos não só os muros, que lhes separavam, como também as profecias. O que isso tem a ver com o Brasil de hoje? Nada! – pelo menos até agora! Mas depois do dia 30 de outubro pra cá, ou seja, depois de que o resultados das eleições presidenciais não atendeu ao fervor da fé de muitos, já nos sobram motivos para saber de que lado estamos dos muros. Há vergonhosos muros sendo erguidos e que já nos separam. Há inclusive os ‘muros das lamentações’, mas piedade que é bom, nada!   Hoje, no Brasil pós-eleições, ‘fervo

Em que pese o emagrecimento de muitos a eleição presidencial teve um vencedor: Luís Inácio Lula da Silva

Por Gilvaldo Quinzeiro   Em que pese o clamor, os chiliques os jejuns, as orações, as ameaças armadas dos patrões, ‘’as blitz da PRF”, as eleições presidenciais do Brasil realizadas no dia 30 de outubro foram decididas e pela vontade da maioria do povo brasileiro. Ou seja, o Presidente eleito foi Luís Inácio Lula da Silva – com 60,3 milhões de votos – ponto final! Não reconhecer a derrota é se colocar despido da grandeza de que se vestem os verdadeiros homens, expondo, por conseguinte, a inveja recalcada (coisa infantil no sentido psicanalítico) daqueles que têm ‘aquilo’ avantajado em que pese o uso da Bandeira Nacional!   Em outras palavras, o raivoso conservadorismo do Brasil de hoje, é arvore, que cresceu no fértil asfalto das suas distorções, logo, suas raízes matam tudo em que se fincam. Trata-se, pois, dos mesmos pés que em nosso passado escravagista se sustentavam sobre o corpo ensanguentado dos escravos. Fazer dos quarteis um ‘novo muro das lamentações’ implorando pel

O bolsonarismo e o medo de barata

  Por Gilvaldo Quinzeiro   O medo para ser medo precisa de um objeto que justifique o medo, mesmo que este objeto seja um cabo de vassoura. Simples assim? Não! De jeito algum! Há mares e males dentro de nós que, sem estes, o cabo da vassoura não nos pareceria tão devorador. Assim como uma pequena e inofensiva barata se agiganta naquilo em que nosso medo transborda! As pessoas que estão indo para as ruas em alvoroço pedindo intervenção militar padecem desse medo! Ou seja, não adianta lhes explicar que a barata é inofensiva ou que o cabo de vassoura permanece quietinho em algum canto da casa. Ora, este tipo de medo ou de situação, é o que Freud chamaria de um medo castrador, logo, este medo, nos faz regredir aos primórdios da infância, onde a figura do pai é vista e ouvida como ambivalente, ou seja, ora como aquele que é portador do castigo, ora como aquele que é o protetor. Lembra-se do discurso de ontem, terça-feira, do presidente Bolsonaro? O que afinal ele disse? Para que