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Mostrando postagens de setembro, 2013

O desenho da nossa realidade política: personagens da nossa seca? Ou da nossa seca vive a política?

  Por Gilvaldo Quinzeiro   O desenho da nossa realidade.   Coincidência ou não, nos novos protestos de rua, especialmente, nos que ora ocorrem no   Rio de Janeiro,   tudo está sendo “desenhado” pelos nossos heróis, o Batman,   entre outros e suas máscaras. Tal como na ficção,   a polícia está tendo um trabalho danado com estes personagens. Afinal, o que é a   realidade hoje que não seja tal como na ficção? O que é da ficção que não seja tido como real? Pois bem, este é um quadro para Salvador Dali: o surrealismo se espraiando como os raios do sol na sua pintura. É com este espírito que vou dar minhas pinceladas... Por que não? O Brasil acordou? Ou do nada, estamos todos no mesmo “desenho” – aquele que por motivo da realidade nos ser tão dura – o sujeito simplesmente psicotizou? Num recente encontro do PT em São Paulo, com a presença do Lula, manifestantes ( sim, os novos!) ousaram querer acabar com a festa dos petistas e   da sua estrela maior. Mas os Petistas como nos

De tempo em tempo, suas leituras: a do nosso a primeira menstruação?

Por Gilvaldo Quinzeiro   O tempo não usa calças cumpridas. Seu modelito é   sempre curto, quase um “fio dental”.   Às vezes para se disfarçar usa apenas chapéu. No mais,   tudo é tão rápido que andar com a “bunda de fora” é seu traje à   rigor. Quanto a nós. Somos a sua passarela. E em casos mais extremos, a sua imitação grotesca – é quando acreditamos ser sua “carne e osso” – eterno engano!   Pois, não passamos para o tempo de meros cabelos arrepiados! Uma coisa feia, diga-se de passagem. Hoje, o tempo nos dá uma   verdadeira aula de etiqueta – uma espécie de ensaio para o concurso Miss   Universo. Ocorre, entretanto, que, dado é a nossa pressa, o ato de levar a colher à boca, já nos torna cegos!... Faríamos melhor, se fizéssemos como os Maias, ou seja, viver o tempo todo em seu próprio tempo. Isso sim,   é   o tempo universal! Hoje somos apenas caricaturas – figuras assombradas com a chegada da “primeira menstruação”. Na verdade,   “o bicho” mesmo está em nossa gr

A presença do Outro nas nossas ausências: o que é aquilo em que também não Sou? Um diálogo sobre o espelho espedaçado!

Por Gilvaldo Quinzeiro   Imagine um “apaixonado” casal de namorados, depois de uma longa semana,   encontrando-se num final de tarde: que lindo! Ela a mais bonita do bairro; ele, disputadíssimo entre todas as “minas”. O encontro: “oi”! – cumprimenta ele. – “Oi”! Responde ela.   E, segue num diálogo quase monossílabo. Um de frente para o   outro, claro, como nos velhos tempos. Todavia, ambos com a cara presa ao celular cujos dedos ágeis são substitutos dos olhos, da boca e outros que tais.   Que tempo é este? O de agora! Pois bem, estamos diante de uma situação mais do que complexa que eu chamaria de “deslocamento objetal” ou o objeto poroso – aquele que mais se assemelha a uma peneira: tudo é esburacado! Mas, voltando ao casal de namorados. Quem afinal está “realmente” em cena: as duas pessoas de frente a frente – ou aquelas “imaginárias” cujas caras estão voltadas para o celular? Ora, isso para Lacan seria óbvio e indiscutível, uma vez que para este, nunca falam

As escadarias da vida, quando do seu último degrau, e, nós com a nossa bunda!

Por Gilvaldo Quinzeiro   A vida e seus degraus. O primeiro é rente ao   chão, porém, coincide com a fase   da nossa vida em que andamos apenas com a bunda, e assim sendo, quão o é alto para a nossa   boca-mão! O segundo,   mais tarde, nos surge   quando pensamos que temos “asas”, e   a escada da vida é um balançar sem fim feito um pêndulo   -   agarrá-la é um ato de pura sorte e coragem, mas a nossa insegurança pode pesar mais para um lado que   pro outro   – e lá nos espatifamos! O terceiro, é   quando tudo nos parece ser a nossa favor. Depois de tantas quedas, idas e vindas;   tropeços e levantar   – aprendemos   enfim,   que temos “uma cabeça”, e que a da vida está dentro da nossa. Contudo, já não   temos pernas, braços e muito menos asas – só os nossos olhos pregados nos céus!... E quanto a último degrau ? Ora, nestas   alturas , já nos faltando o fôlego é melhor nos perguntarmos sobre em quão altos galhos estão trepados os sapos! Pois, certamente, estes sim, est

Que me perdoe a minha outra costela, mas agora eu sou apenas o seu Machado? Uma reflexão sobre a violência contra a mulher.

Por Gilvaldo Quinzeiro   Decerto a mulher é carne demais. Mas no paraíso de hoje, o homem, se tornou apenas um vegetariano passarinho? Ou Adão ao se despertar do sono – aquele em que lhe   arrancara uma costela – decide hoje ser apenas o Machado? Que Eva   pela amor de Deus me escute, pois, se o homem sozinho é um triste carniceiro, à   dois,   então,     um lobo louco   para comer tudo sozinho! Afinal o que está acontecendo com o nosso Adão: Eva, enfim, não está mais sozinha no paraíso?   Ou as sombras que pairam no jardim faz de Adão, pensar   quão? Da Costela, uma só costela para com esta formar   outra costela, desta feita, inteira que servirá   como a metade daquela primeira. Ora, tudo isso soa como um açougue, não? E agora, como dizer ao homem que ser Macho não é o mesmo que ser   Machado? Machado e macho, o que isso tem haver? Ora, na história da civilização, o último é tão ligado aquele quanto pela sua genitália.   Mas quanto à imagem da mulher, esta já não

Do Ferreiro ao carpinteiro, a homens como Da Vinci: tudo hoje nos falta!

Por Gilvaldo Quinzeiro   Neste tempo onde tudo não passa do “verde”; onde tudo se fragmenta sem retorno ao todo; onde a realidade é tão porosa que nada   se fixa; onde o homem como resultado de tudo isso é apenas uma “enorme boca” – falta-nos o ideal renascentista   representado na figura de Leonardo Da Vinci. Da Vinci, este sim, seria   uma obra completa para os nossos dias tão esburacados!   Afinal, para onde nos levará o homem atual cuja mão nos aponta apenas os dedos? Os dedos, diga-se de passagem, nunca nos foram tão estranhos, tal como os olhos alheios!... De fato, a contemporaneidade é um “desmanchar-se eterno”: tudo mediado pelo “novo” que,   de vida tão curta nos impede   ao menos de contemplá-lo. E assim,   fragmentado, sem a “espinha dorsal”, o homem não é outra coisa, senão,   “o mover-se como uma lagartixa   quebrada”!   A realidade, por sua vez, não é obra alguma, ou pelo menos o que se pode contemplar, e o homem como pensa ser, seu espantalho!  

O homem e a cidade

Por Gilvaldo Quinzeiro     O homem se urbanizou. Portanto, hoje, é um bicho mais complexo e que rumina para além das nossas calçadas sem espaço. Um bicho para além de estressado, diga-se de passagem.   Nos altos dos muros ou   fachadas dos prédios as pichações. Estas   são os encardidos sinais de uma comunicação quase gutural: bla, blum, ummmmm! Nada que nos faça   entender tamanha dor de estômago! O urbano, e suas demandas. A luta   que aqui travamos nos traz de volta às nossas cavernas. E a “luz” que agora     nos falta   sobrou em Platão: como então se libertar do óbvio que nos eclipsa? O que aprender com as cracolândias? – lugar onde todos os bichos representam “o humano” sem pele alguma – tudo lá está literalmente esfolado! Como enfim, fazer “contatos” com os favelados e suas demandas, se    com uma mão se acena, mas com a outra, se segura o fuzil que lhes arrancam a cabeça? O urbano virou desencanto; desencanto este,   também presente   nos estádios   

Freud. Seu charuto e outras coisas que tais, falando de amor, desejo e perversão!

Por Gilvaldo Quinzeiro   O amor é como o de Freud pelo   seu charuto: entre o conteúdo para o qual fechamos os olhos; a fumaça e o fogo que o consumem lentamente – tudo enfim,   na mesma boca que também poderia vomitá-los   - mas assoprados   com a força do desejo que nos perverte – a boca murcha é linda para nos comer! Portanto, o desejo, às vezes nos escolhe pela boca torta; a outrem, às vezes por ter simplesmente a boca fechada, ou, até, boca nenhuma. Mas, enfim, o desejo é a força sem a qual somos “mortos vivos”, e em   outros casos, vivos mortos! Só que Freud mesmo sabendo disso,  morreu pela própria boca com o charuto, e sem garganta! Mas, deixando os atalhos de lado, e voltando a falar do amor. Quantos só têm boca para   falar, e mão alguma para faze-lo? È aqui onde o desejo, o viajante e estrangeiro   por dentro nós, segue sozinho por   outros caminhos. Caminhos estes, pelos quais nunca andaríamos! Contudo, para o desejo foram apenas mais uma de suas travessias

Tempo de muitas fogueiras, mas de amigos, solidão!

Por Gilvaldo Quinzeiro   A solidão de amigos. A engenharia dos “novos tempos” não nos deixou espaço algum para a roda de amigos de outrora. Tudo hoje ficou paradoxalmente “distante” qual a época das carruagens. Porém, com uma diferença: aquelas chegavam ainda há tempo, conquanto, a demora. Hoje, rápido como à luz não se cansam de chegar apenas às mensagens: “agora não, estou sem tempo”! Afinal, com que gastamos tanto tempo, no tempo em que ao mesmo tempo não se tem mais tempo algum? Quiçá, a nossa “racionalidade plastificada” nos faça ver quão escravos   nos tornamos do mesmo tempo em que acreditamos ser tão livres! A solidão de amigos. Não poderia ser   de outra coisa?   Esta semana, por acaso, recebi a triste notícia de que um velho amigo, com o qual eu vinha procurando há tanto tempo, um tempinho   para conversar, sofreu um AVC, que por muito pouco não lhe roubara a fala! E agora? Pensei   este amigo vai passar um “tempão” sem falar coisa alguma! Quanto tempo eu per

Um chapéu para a seca, um rio morto para os homens: quem matará a sede de quem, quando as fontes das “coisas” que nos alimentam secarem?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Assim como um chapéu não passa de uma mera peneira sob o sol que se espraia para além de todas as cabeças, o homem cuja fome de agora é apenas por   “coisas secas”, não estará livre de   se afogar na própria sede,   quando as do rio já estiverem estorricadas! Quando os últimos “calambanjos” estiverem pulando para fora d’água para não morrerem escaldados, pode ser que alguns homens ainda estejam sorrindo da pele do outro se desvencilhando do corpo. Mas ai será tarde demais, pois, quem já não se considerará “peixe frito”? Afinal do que adianta a revolução cientifica que nos levará ao solo estéril de Marte, quando os desertos da Terra, ainda há do que brotar? Não vale mais a sabedoria egípcia que fincou   para sempre nos seus desertos “os sinais” que nos apontam respeitosamente para os céus? Olhem mesmo para cá. Que homem se banha nas águas do rio Itapecuru que não saia de lá seco de água pura? Ora, pois bem, os homens que há muito tempo adoravam

O apodrecimento da nossa politica - o angu no qual já não cabe mais tanta farinha. Uma reflexão para nos lembrar do velho Monteiro Lobato

Por Gilvaldo Quinzeiro   Filosofar a nossa política já descascada desde muito tempo, com tanta coisa “puba”, e outras de molho para as eleições seguintes,   não é tão fácil quanto decifrar a própria mandioca, a bruta da qual se faz todo o angu. Mas espremendo toda a massa – aquela que suporta todas as varas – constatar-se-á que o Brasil é um país ainda de   muitos arames farpados atravancando todas as porteiras! Quanta corda frouxa   para se puxar! Tantos jumentos   soltos se alimentando de finos biscoitos! Não. Este não é mais o país do “Jeca Tatu”, mas dos pebas espertos! A história do “Mensalão”, se se passasse   no Sitio do Picapau Amarelo, ninguém acreditaria, pois, esta seria a mais contada por Tio Barnabé – mas como se passa realmente em nosso quintal:   então está bem plantada! E assim sendo, temos safras de “pepinos” o ano inteiro! Ora, a corrupção já não se separa da política, assim como a farinha dos seus grãos. E como toda a lama que torna   a mandioca p

Quando a loucura já nos sorrir da nossa graça, finalmente com que cara ficamos? Uma reflexão sobre o cotidiano que acreditamos nos pertencer

Por Gilvaldo Quinzeiro   Por quem sorrir os nossos gestos, quando “o amontoar dos pedaços”, não são de outrem, mas os nossos? De quem é a certeza que nos faz acreditar que o nosso dia a dia cujas preces pela pressa do que ainda há por vir, nos pertence? Poucos são “ oficialmente loucos”   como Arthur Bispo do Rosário a costurar com curtas linhas, os labirintos do seu próprio tempo. Muitos são os que para a “normalidade” dos nossos dias, dão grossos, mas frouxos nós na própria pele, pois, é nesta o lugar onde os quais   se encontram presos. A loucura, pois, é certa, quando as linhas que nos separam da normalidade são tortas ou puídas. Nestes dias tão claros de tantas informações midiáticas e outras que tardamos entender, a polícia está tendo um trabalho de louco para decifrar, a morte de famílias inteiras que vem se multiplicando. O primeiro o caso da família Pesseghini, onde o suspeito é próprio filho de apenas 13 anos; o segundo caso, uma mãe e mais quatro   filhos fo

Em tempo de máscaras, o que são os nossos olhos? Um diálogo (implícito) sobre o desejo!

Por Gilvaldo Quinzeiro   A máscara. Quem a prescindi? Quem não a mascara? No final de uma vida, quem se deu conta de quantas foram preciso para não perder uma única cara – aquela pela qual fingimos não ser máscara alguma? Ora, pois, bem, numa época   em que   se é preciso fazer de tudo para se ter um “bumbum” -   para onde os olhos de todos parecem estar voltados    -,   como não coloca-lo, também na “ cara” que nos falta? Os olhos. Afinal o que os agrada? Aliás, onde estes abundam senão naquilo que nos   falta!... A ida a um   shopping, por exemplo,   é quase uma obrigação – uma questão de estética! Contudo, de lá voltamos sem os nossos olhos, sabem por quê? – Porque estes ( pensem bem!),só têm sentidos sendo os dos outros! È aqui que nos tornamos “cegos”, ou seja, quando dependemos dos olhos dos outros para enxergar com os nossos! O desejo. Eis o que está implícito neste diálogo. E Lacan eloquentemente já dizia: “o desejo é o desejo do outro”. E quem é este

Um diálogo sobre o belo e o supositório: como não ser nada daquilo que nos impõe?

Por Gilvaldo Quinzeiro   O que é realmente “o belo”, fora daquilo que nos impõe? O que são as coisas, fora daquilo que nos conceituam como sendo tal e qual, enquanto nós   apenas as abocanhamos? Esta é uma reflexão sobre “as não- coisas” – aquelas para as quais não dedicamos tempo algum!... Ora, como negar que nos tornamos meros “supositórios”: um entrar e um sair sem gosto algum! Eis, a ordem da “arquitetura consumista” – nos tornamos “bocas e pratos” a servir os mais duvidosos gostos! Entretanto, isso não significa saciar fome alguma, pelo contrário – a fome aqui nunca foi tão bem alimentada de carências nutricionais! È neste “devorar-se sem fim”, que ficamos ocos – nada se fixa, embora   tudo   seja da ordem daquilo que nos “enche” ! Mas, voltando ao “belo” , ou mais precisamente ao nosso   “empanzinamento” por este, nunca realmente o supositório nos foi tão caro e necessário. Quisera fosse um Picasso? Vejam que este diálogo tende a nos render muito mais do que s

Da física quântica, ao amor que não suporta “os nervos à flor da pele”: nem a cara ruim!

Por Gilvaldo Quinzeiro   A pele. Do que adianta sua   maciez, quando se vive o tempo todo com “os nervos à flor da pele? È, pois, da alquimia   ou da física quântica o melhor ensinamento sobre as travessias – saber em   quem    teremos nos transformado    naquele que nos espera do   outro lado, quando o agora é da ordem que já   nos deixa em carne viva? Isso depende do quanto, quantas partes de nós mandamos diariamente para o conserto ou para o concerto ouvir a si mesmo! Ora, o dito acima também se aplica ao     amor, posto que este também   é de natureza quântica, se assim podemos dizer, ou seja, de repente, quando não nos estamos conta, os lábios que beijamos são os mesmos que carregamos o tempo todo na boca. Portanto, tal como a pele que também perdemos, o amor precisa ser vitorioso em suas asperezas – do contrário, qual a vantagem de se ter apenas os nervos à flor da pele? Está claro, contudo,   pelo tempo que também foi obscuro   que para   “uma cara ruim”, por ma

Em grego, perdemos os pais: Ah é mito!

Por Gilvaldo Quinzeiro   Neste tempo “sem cercas” ou de cercas que não dão limites a nada, ser Pai é tão difícil que chega quase ser impossível não abrir de vez todas “as porteiras”. Em certo sentido, pois, viramos todos “mães”, posto que “o ferir” das cercas pode ser como não estancar mais as feridas! Esta é uma das “faces” estampada da pós-modernidade, e, com ela também o que não se pode mais   ocultar: em todos os espelhos estamos todos nus! Isso implica dizer entre outras coisas, que estamos mais para Dionísio, deus do vinho, da farra e da permissividade, a Apolo, o deus do equilíbrio. Dizer que todos nós nos transformamos em “mães”, pode soar como “oba que legal”!, -   ocorre, entretanto, que a coisa é bem mais complexa do que apenas “o passar a mão sobre a cabeça” – às vezes para não perder a cabeça, mais vale um dedo rígido em direção ao olho! Quem tem olho para um só dedo? A questão é: estamos com as mãos ocupadas com tantas coisas – muitas delas não valem “

As bordas do universo, as nossas barbas: uma conversa sobre pelos?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Universo, a cada descoberta fica mais longínquo e explosivo. Será que tem água? Será que tem vida? Estas perguntas atuais, nos fazem voltar   ao período dos pré-socráticos? Estamos andando em circulo ou sempre de lado como caranguejo? Uma bomba cada descoberta: é esperada para breve, segundo pesquisadores da NASA, a inversão dos polos   magnéticos do sol. È claro que os da Terra também estão com os dias contados! Oba? Isaac Newton certamente daria tudo para ver, o universo de hoje caindo sobre nossas cabeças. Que leis seriam descobertas? Imagine que a queda da maçã resultou nas principais leis da física! A nossa ida a Marte já está   movimentando as malas de muita gente. “Gente”... agora... Mas quando chegar lá sabe no que vai se transformar? Uma coisa é certa, quem for a Marte terá que aprender a lidar com sua própria solidão, pois, a minha é como a da Terra: todo dia eu planto e colho! Sabem de uma coisa: as bordas do universo, eu já decid

Saudade das primas e das primaveras: que outras tardes virão?

Por Gilvaldo Quinzeiro   A vida passa como um “Cazuza” escorregando por entre os dedos, enquanto a juventude é só “olhos” para tantas bocas abertas – tudo para um só momento – nada mais para depois... Nem sempre tudo é para sempre como um “Che Guevara” que plantado no solo de quem acredita ser ainda tão jovem, segue em frente rasgando as épocas e todas as   suas faces. Que saudade dos acampamentos; dos papos dos amigos – amanhã a revolução! Que saudade da utopia! Que saudade de acreditar numa realidade outra que não esta sem “Raul”!... Cadê você Belchior? Meu nordestino francês! Está tudo enfim como nos disseram “os nossos pais” – tudo seco – tudo morrente! A vida passa, e a nossa pele como a das serpentes, estrepadas nas estacas da vida – que medo do espelho!   Onde ouvir aquelas velhas canções que, se comparadas com as hoje, ainda são de agora – pois, as destas manhãs   nos ensurdecem!... A vida passa; outras virão. Mas nada como por o pé na estrada e... Segui

As mulheres: quais já não perdemos para o tráfico?

Por Gilvaldo Quinzeiro   A mulher é o arquétipo de toda e qualquer ideia de paraíso, mas com este também os pilares do inferno? È difícil pensar o mundo sem a “engenharia feminina” – sem esta o mundo   masculino não existiria! E quando toda esta engenharia estiver   a serviço do desmantelamento do universo humano? Eis a questão.   Este   breve texto é uma reflexão a respeito do número crescente de mulheres   envolvidas com o tráfico de drogas. Para isso vamos nos enveredar pelo simbólico, o cultural,   e assim sendo, beberemos   ainda que bem no “raso” nas fontes antropológicas e psicanalíticas. Bem, os dados estão ai no dia a dia das páginas e ocorrências policiais, nos dando conta de que   cada vez mais as mulheres    estão   chefiando “as bocas de fumo” da nossa cidade. O que isso significa? A mulher é a “trempe e   o fogo” ao mesmo tempo, e,   quando Mãe representa a terra, a água, o abrigo e o alimento.   Portanto,   quando as mulheres se “desabam”, é sinal que tu

A morte da nossa independência: qual o grito do Itapecuru?

Por Gilvaldo Quinzeiro   A morte da nossa Independência começa nos municípios com seus marechais. Caxias é um exemplo disso – a sua elite política nunca aceitou o “Grito do Ipiranga” – preferiu esganar a garganta do povo, e ainda hoje, o significado de independência   - é só a financeira! Nestes dias, em que a nossa principal notícia foi “o desabamento” do Cassino Caxiense, outras, ficaram completamente soterradas, como a do caxiense que perdeu a vida debaixo de uma obra inteira em São Paulo. Aliás, era dos municípios maranhenses a maioria dos mortos! Ou seja, jovens trabalhadores que, em busca da sua independência, entraram para a triste estatística da lista dos brasileiros, do estado do Maranhão, que, ainda continua como os marechais da nossa política querem – um estado colonial! Mas, voltando, a Caxias, conservadora, refratária em relação ao “7 de setembro de 1822” – pois, a nossa independência só veio no dia 1º de agosto de 1823 – qual será o próximo desabamento? E

A “máscara” de Caetano caiu: agora estamos todos de “cara limpa”?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Pois é... A “máscara de Caetano”   caiu como uma “cara limpa” na nossa face. Mas a nossa face precisa da “máscara de Caetano” para não se esconder? Pois é... Ficamos cegos de ver o que com “a cara limpa”, hoje,   precisamos desbotar com as nossas “ máscaras”. Aliás, que vergonha da minha “cara limpa”! Pois é... A “mascara de Caetano” deu rosto à sociedade que nem se dava conta das suas máscaras!.. Pois é... A tua cara, cara, pode ser a cara de outro, e teu grito de protesto pode ser apenas o jeans rasgado! Pois é... A   cara que abunda quando se compara com a bunda do outro.   A tua cara, cara, pode ser a bunda do outro! E teu grito de protesto pode ser apenas o jeans rasgado! Que cara é esta? È máscara! Então, odara!