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Mostrando postagens de julho, 2012

O sujeito, o gozo e o espanto: ora, isso tem explicação?

Gilvaldo Quinzeiro Nada mais espantoso do que este assunto por si só, ou seja, o sujeito, o gozo e o espanto. Pois bem, o sujeito naquilo que se esquiva é minhoca se socando no chão. Aliás, quem muito vem à superfície ou se queima em brasa com o sol ou se torna uma isca fácil para o espanto de quem   se esperneia já no bico. Em outras palavras, quão apavorante é a condição do sujeito, seja esta a de um rei, ou a de um mendigo -, no final das contas tudo não passa de   um faz de   conta     que o “ lá fora” não é aqui. Por outro lado,   que espanto falar de gozo numa realidade onde tudo nos apavora! Ora, o gozo é também da ordem destas coisas fantasmagóricas, logo, gozar (se é que se goza) é no mínimo arrepiante. Por isso, há quem no gozo nunca chegue. Espantoso não? O pior, é como simplificamos o que “o racional” não pertence!... Pois é... O espanto já dizia os antigos   filósofos gregos é uma atitude filosófica. Menos mal, já que se não fosse   isso que outra coisa ser

O embaraçamento das realidades, e a ponta da corda!

Gilvaldo Quinzeiro A realidade quem a conhece, senão os que criam a sua. Aliás, este é um sinal da loucura sem a qual como seríamos? Deveras a Realidade Outra, aquela na qual a nossa é apenas   sombra é de uma ordem tal que sem “o ilusório” nos sentiríamos como meros insetos. Entretanto, “no alinhamento das realidades”, algumas há que não suportariam quaisquer sacolejos. Ora, não estaria a nossa se “desfiando”, enquanto para as outras os buracos são seus próprios remendos! Pois bem, os loucos de alguma forma não estão salvos de pensar nestas coisas? Ou na loucura todos pensamentos   por si só já   são   os buracos que na Realidade Outra não se tapam? Pensando bem quem bem pensa? Também há aqueles que pra tudo há cordas. Pra outros, no entanto, acordar seria um enforcamento. Mas, voltando ao “alinhamento das realidades”, a nossa é a única cujas cordas são amarradas no pescoço. Talvez por isso mais tarde signifique acordar? Então timbiras, as suas são nas canelas?

Bem... O amor...

Gilvaldo Quinzeiro O amor tem suas travessias... E como tais, quando não nos é possível sobreviver "em carne e osso", eis que nestas condições só nos resta um caminho: nos tornar de   pedras, pois, ainda assim, entre estas há espaços onde incrivelmente nascem flores!... As flores quem sabe o que estas significam, senão quem se atolou pelos desertos (?)!   Não há, pois, amor nos desertos, senão os que podem sustentar-se tal como as flores e os espinhos. Ora, isso já é a abstração ou as verdades dos fatos contidos nas suas arranhaduras? Psiu!   Proteja-se que lá na frente está vindo mais uma tempestade de areia! Bem... O amor pode ser redesenhado na mesma areia que erguerá a próxima paisagem como aquela em que   serei   só de pó!... Tá vendo?

Então para que mesmo servem os olhos?

Gilvaldo Quinzeiro Se os homens primevos nalguma época   fizeram dos monumentos de pedras, os monolíticos, os olhos que duram para sempre, quando os seus próprios se esmagavam, então no atual contexto em que nada se segura em pé, quem poderá ver por que     os antigos mantinham sempre os   seus   arregalados? O Stonehenge , por exemplo, são os olhos de um Outro na presença do qual, os nossos se esfarelam? Ou “o espelho” que nos eleva a condição do “eu”, não resiste à ideia de   que nada podemos ser? Hoje, ser de “barro”, quando ainda que de pedra pudéssemos   nos sentir também tão   frágil, é a prova que a existência, seja ela     qual for,   inclusive aquela na qual não passamos da     mera condição de   “sabugos” -, dorme enquanto como bebê esperneamos! Estás vendo o quê, enquanto os meus olhos já foram pelos teus arrancados? A falta de olhos nos farão erguer o quê de pedras? Quão duras sejam as respostas, mas, que breve sejam!

Bruxas intimidades na Casa da Dinda, uma reflexão tardia de quando todos éramos pelados

Gilvaldo Quinzeiro A intimidade quando dado o nó pelo lado de fora, ganha “as pernas e os olhos do mundo”.   Isto é, quem   hoje   lhe passa   ser estranho ou hostil, ontem por quem abria as pernas? Pois bem, claro está quando tudo que é íntimo tem sua verdadeira face no escuro. A questão é quando se pretende acender a vela no exato momento, onde tudo que ascende, aos olhos dos céus se rebaixa (?)! Ah! quanto de profano é sagrado! Ah! quanto do sagrado seria absolutamente profano se deuses os homens fossem! A intimidade, enfim, não é o que também rolou na Casa da Dinda? Se não quem orará por nós quando todos “os santos” tiverem pelados? Amém?

O pescador de si

Gilvaldo Quinzeiro “O vivido”, ainda que bem vivido é da ordem que,   quando revivido, nos escapa por um instante que seja, uma vida inteira. Ora, isso é como diria Heráclito: “ninguém banha duas vezes no mesmo rio”.     Dito com outras palavras, a vida ainda que momentânea mais do que um rio que nos escapa é um mar que olho algum consegue fisgar! Pois bem, e quanto ao “não vivido”? Este sim vive em   nós para sempre,   não   como     “o não vivido”, mas, como o que vive em nós a espera de ser “vivido”! Então somos pescadores do quê? Nada, além de si. Todavia, é possível que sejamos os únicos a nos sentir na condição de peixe! Entendeu porque tudo pode ser isca? Um   bom dia para se pensar na rede!

O ego, que égua!

Gilvaldo Quinzeiro Nada mais pertinente que os ovos para a galinha, contudo, sem que esta os abrigue debaixo das asas, qual a essência do ninho, quando tudo lá fora é só os olhos das raposas? Pois bem, as coisas se passam assim com o ego? É provável que sim. A diferença, entretanto, é que o ego, ao invés da galinha é o próprio ovo. Em outras palavras, quão desprotegidos somos, quando o que nos resta é erigir um mundo Outro que nos pertença tal a fragilidade. Então isso explica a nossa pressa em tudo como galo? Uma coisa é certa, o nosso terreiro é cada vez mais alheio, e nós, pintos pelados fora do ninho! Égua, dos egos! Pena de quem?

A violência, e nós seus espantalhos!

Gilvaldo Quinzeiro Na violência todas as faces são nossas, inclusive a que se estilhaça no espelho. Esta é a face que nos mira, enquanto disfarçamos com os olhos pra outras vitrines. Claro está quão escuro é quarto em que retocamos a maquiagem!... Em outras palavras, em todos os espelhos a violência já não mais se disfarça. A questão agora é assumir que dela somos seus espantalhos. Aliás, diga-se de passagem, que, somos espantalhos em “carne viva”. Eis, portanto, um detalhe   espantoso, a saber, não há remendos ou esparadrapos em nossa condição de espantalhos : tudo em nós são feridas vivas! Pois bem, a “antropomorfização das feridas", quando dos homens nada mais temos não é outra coisa, senão fazer das nossas carnes a “oficina dos   demônios”. Os demônios o que são senão uma das nossas faces esquecida! Ora, como diria Freud enfaticamente,   “aquilo do qual não se lembra, se repete”. Então na violência que se repete todos os dias não é a nossa face esquecida?

Oxente, aquilo sou eu mesmo?

Gilvaldo Quinzeiro Eu sou o velho que lá na frente me espera, quando mais tarde do novo não mais me lembrar de que também fui. É lá que me bastará um bastão? Ou o que me basta agora, mais tarde só me restará de besta? Ainda bem uma loucura de pensar nisso! De outro modo, como me faria companhia? Nenhum louco é sozinho, posto que na loucura os outros abundam! Aliás, abunda tudo, quando tudo é com a bunda no chão. Quão lá na frente já estou me esperando, quando agora, de cócoras, o que avança língua fora! Ainda bem que tudo abunda, pior seria nada abundar? Entendeu?

A mão, a pipa, a felicidade e por que não as eleições?

Gilvaldo Quinzeiro      Como a mão que empina a pipa, e a outra que acena aos céus, a felicidade é um exercício diário de mãos dadas, inclusive com aquelas que são invisíveis aos nossos olhos. Aliás, é a terceira mão que aponta para   as outras duas,   a linha que desaparece enquanto a pipa vara os céus!... Pois bem, a questão é que nem todas as manhãs o tempo está para a pipa, e aí o que fazer com tantas mãos que nos sobram? Ora, pegando a linha que nos une ao contexto, eu diria que nunca as mãos nos assombraram tanto como aquelas que decepam as outras para fazer destas as substitutas das pipas. De fato,   nestes dias faltaram linhas para juntar tantas mãos que se estivessem empinando pipas, as suas outras duas,   não teriam sido colhidas com   o lixo que se espalha por toda a cidade. Por falar em lixo,   com que mão se escolherá aquela que depois do dia 03 de outubro controlará “os cofres” do município? É aqui   onde todas as outras mãos poderão ser esmagadas p

Das coisas e do seu futuro sem o homem?

Gilvaldo Quinzeiro O presente nos arrasta precocemente ao futuro. O futuro seguramente não será dos homens, mas “das coisas”. Das coisas nas quais todos nós irreversivelmente nos transformarmos. Dos homens nada esperamos, senão que estejam “ligados”... Ora, isso não é outra   coisa senão um   “apagão” das condições humana?

...Estas coisas pelas quais o universo se ver?

Gilvaldo Quinzeiro Se finalmente encontramos a “particula de Deus”, então o todo é o quê? Somos todos de fato filhos de Deus ou sobre Deus nem sempre o que se fala é tudo? Ou “o novo deus” é o próprio Peter Higgs, a saber, quem primeiro teorizou sobre a existencia de tal partícula? A verdade é: novas indagações amanhecem, enquanto as da noite de ontem quem verdadeiramente as respondeu? Pois bem, pelo sim ou pelo não o universo revela um dos seus tijolos. Tal descoberta signfica enfim, apontar o dedo para o seu arquiteto? Ou se este de fato existe por que então se revelar, quando tudo são seus próprios olhos? Por fim, parabéns senhor Peter Higgs, seus olhos foram longe demais!!

Quem de mim aceita um café, enquanto a outra parte dança tango?

Gilvaldo Quinzeiro As vezes não passamos de “uma sala de visita”,onde as partes mais estranhas de nós se reunem para conversar. A questão é decifrar “os hieroglifos” em que cada parte se transformou. Ora, isso não nos impede de tomar café juntos. Alias, o ato de degustar é a soma de quantas partes divididas? Pois bem, enquanto eu não me conheço, faço de mim a melhor companhia. Sabe lá quantos de mim não vou mais encontrar? Então, que tal dançar um tango argentino enquanto a outra parte de mim decide se quer café? Quem de você vai dançar? Seja quem for, já estou deveras degustando! Bom dia, meus outros de mim!

A pele e o sermão dos amantes!

Gilvaldo Quinzeiro À flor da pele em que outro lugar a felicidade arquitetaria seu jardim? Aliás, quem poderá   ser feliz na pele que se irrita, quando a mão que acaricia é quem pede passagem? Eis que a felicidade está para os que se tocam, como o cimento está para a construção, ou seja, é impossível erguer qualquer coisa sem as mãos que esculpem os sonhos! Bem-aventurados aqueles que, mesmo não “estando na fila dos que vão para o céu”, ainda assim, amam   o outro pela pele que sustenta toda e qualquer ideia de paraíso! Só o amor nos salvará de toda a solidão da terra, quando a Prometida foi exatamente a que todos nós desperdiçamos! Amém!

O ser e suas curvaturas como a mão que escorrega os dedos...

Gilvaldo Quinzeiro Temos e somos   possibilidades infinitas   de “ ser”. Isto é, seria mais apropriado falar em “seios”, ao invés de “ser”, posto que tudo que subjetivamente alimentamos   por mais estranho que seja, não é outra coisa,     senão nós mesmos, ainda que sob a forma absoluta   de “deus ou do diabo”, não há pois,   como negar   que ao menos a nossa carne é usada como condição de suas   engenharias. Em outras palavras, falar daquilo que nos edifica sem levar em conta aquilo que a todo instante nos escapa é perder de vista toda a arquitetura da qual não passamos de “massa corrida”! E assim, ai de nós nos “nós” quando nada mais se ata, a não ser, “o ser” que mesmo dentro de   nós não é   em nada   absoluto!

Aos olhos do Outro quem não cegou os seus?

Gilvaldo Quinzeiro Somos todos de alguma forma, fugitivos dos espinhos do olhar do Outro. Eis porque aqueles que seguem em frente,   dos olhos já não precisam, pois, “no escuro” não há que não se guie pelos olhos que se espetam. Então é fácil poupar os seus (olhos), e colocá-los como sendo os do mundo, quando os dos outros já foram os dos espinhos na abertura dos caminhos!...

O que abunda nestas eleições

Gilvaldo Quinzeiro Se em cada contexto histórico há um homem, como fruto das condições materiais e culturais, então, se assim sendo, podemos o mesmo afirmar sobre a alma? Ora, eu não tenho duvida de   que   no momento atual a nossa (alma) é o dinheiro! E por falar em contexto, o das eleições nos torna todos em “espantalhos”, dado é as condições em que o dinheiro “baixa os céus de vez”, haja vista que o inferno inteiro é oferecido como o paraíso!... Muito já foi dito sobre o século XXI, entretanto, há uma marca que lhe será inerente, a saber, a de que tal como os ratos pelo queijo, os homens roerão as facas, quando o dinheiro lhe for escasso. Ora, voltando para o contexto eleitoral, quantos ratos se passando por gente, quando o conceito de gente há muito tempo nos enganou.   Pois bem, o dinheiro ascendeu o status que antes era   só dos deuses, porém, em contrapartida, os homens mais do que seus devotos passaram a ser seus escravos!.. E quanto às eleições? o dinhei