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Mostrando postagens de agosto, 2017

A humanidade X a caverna

Por Gilvaldo Quinzeiro A humanidade é esta jovem senhora recém-saída da caverna, e sempre grávida de si mesma, mas que efetivamente nunca dá à luz: o seu trabalho de parto é permanente! A ‘caverna’, é por assim dizer, o lugar de onde, talvez, nunca venhamos a sair... Há 400 anos o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679) pronunciava a sua mais assustadora frase: “o homem é o lobo do homem”. Quão atual é hoje esta frase. Aliás, é bom que se diga, que, se por um lado à evolução nos fez perder a ‘cauda’; por outro, nos fez adquirir um cérebro, uma espécie de asas em corpo de um quadrúpede. Em outras palavras, continuamos fincados em um eterno trabalho de parto! Na manhã de hoje, antes mesmo de tomar o café, eu leio uma reportagem cujo titulo é o seguinte: “grupos de ódio saem das sombras nos Estados Unidos”. A reportagem fala a respeito da onda de violência racial, que vem tomando as ruas das principais cidades dos Estados Unidos na ultima semana. O ódio é típic

A reinvenção de si mesmo!

Por Gilvaldo Quinzeiro Está cansado amigo? Imagino que esteja! De fato, enfrentar o dia a dia tem se tornado um pesado fardo para todos! Mas pense bem, e se coloque no lugar de uma pequenina formiga que, não obstante, carregar cargas, que estão acima do seu próprio peso, não desanima do seu longo caminho e ainda tem que milagrosamente se desviar fazendo acrobacia da gigantesca língua de um camelão à espreita! Está cansado amigo? Creio que esteja! Mas pense bem, se todas as borboletas, de repente, se cansassem e desistissem de voar, não haveriam mais flores e nem pássaros a cantar. Imagine agora, o sol enjoado de si mesmo só porque mais tarde haverá escuridão, não haveria mais o amanhecer para nos refazer das nossas dores e dos cansaços. Por fim, amigo, aquela pequena formiga, não tem como deixar de ser formiga, e nem as borboletas, que não sabem que voam, ou seja, somente você, nesta história, é capaz de se refazer; de se reinventar!

Somos o "peixe" fisgado pelo próprio olhar!

Por Gilvaldo Quinzeiro Em certo sentido, o homem não consegue ver nada além de si mesmo. Talvez, por isso mesmo, muitos achem que os céus estejam tão próximos!   Ora, o dito aqui nos leva a pensar o seguinte: somos um tipo de “peixe” fisgado pelo próprio olhar! Por muito tempo, por exemplo, se pensou que a terra fosse o centro do universo, e que tudo girava em seu entorno; tudo isso porque éramos nós a razão de ser da criação da terra! O que víamos ali então? Nada além de nós mesmos! Não será este o mesmo motivo pelo qual vemos tudo hoje como um “imenso vazio”? Não será este o mesmo motivo pelo qual percebemos tudo hoje como “fragmentado ou esburacado”? Enfim, quão imenso é o este mar de mistério a duvidar de que seremos capazes de nos elevar acima das águas!

O grande espelho: a vida!

Por Gilvaldo Quinzeiro A vida é um espelho! O ato de ver nos devolve a face perdida pelo medo de contemplar o estranho, e nos põe de pé a caminhar! Mas aqui também, isto é, diante do espelho, que somos devorados por aquilo que acreditamos ser nós mesmos! A vida é um espelho!   De sorte que, ver sempre a mesma face é permanecer no escuro e ter a visão ofuscada por tudo àquilo que apenas diz respeito a si mesmo. Precisamos, pois, reinventar aquilo que o para o espelho é uma visão quebradiça, e que nada mais acrescenta a face, que cansou e desbotou de si mesma! Cuide bem da alma, pois é aqui que acontece a grande batalha do espelho!

Dialogando com as coisas

Gilvaldo Quinzeiro Julgar o cavalo apenas pela forma como este obedece ao cabresto é ignorar o cavalo por completo. Isso também se aplica a nós mesmos: ou seja, julgar o homem apenas por aquilo que costumamos  chamar de “consciência”, é desconsiderar o quanto do cavalo tem  em nós! Em outras palavras, enaltecer o cavaleiro por este  ter adestrado o cavalo é esquecer  o seu   lado mais perigoso e sombrio! Quem é o cavalo? Quem é o cabresto?  Quem é aquele que pensa que é o cavaleiro? Nada há em nós que não possa se transformar  também naquilo que  afugentamos. Essa é uma espécie de boa noticia. A má noticia é:  o “dizer xô as galinhas”, é o mesmo que também nos espanta e  nos faz responder “coro-co-có”! Ora, não foram  nestas condições que Pedro negou Jesus Cristo por três vezes? Esta é a prova de que dependendo das circunstâncias, podemos ser  ora água, ora  o vinho.