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Mostrando postagens de abril, 2013

A midiática solidão. E o discurso de um f (dão)

Por Gilvaldo Quinzeiro                                              Quanta solidão àquela do homem em sua caverna escura!     O que é a solidão dos tempos de agora em que nos secamos pelo outro (Virtual)   com todas as luzes acesas? Virtual sim, porém, com “muitas caras e bocas”. ( Tá ligado?) A midiática solidão – sim, que coisa bacana?   Até que fim ficamos todos solitários noite adentro, e outro?   Bem... O outro está cada vez mais (próximo de uma “tela”) e   distante de ser real. E dai? Ora, e antes, quem poderia se aproximar de quem? E hoje ( quem não é virtual?) tudo se aperta (na tecla) que febre esta, não? Minhas mãos já estão suando ( de tocar), as teclas (nem sempre limpas) do meu P (c)... Se fosse naqueles tempos ( o que você teria imaginado que fosse?), velhos tempos ( aqueles) Ei, posso agora ir ao banheiro? Não vá (“tc”) com outro! O meu P(c) tá danado (travando). Ui! Gozei! Já? Não. Ontem? Não lem

Quando o pensamento se torna o vômito do pensar do outro. Uma crítica à falta de novas ideias!

Por Gilvaldo Quinzeiro Que o século XXI se tornou o “século do cérebro”, isso ninguém há de discordar, entretanto, que é um paradoxo que o pensamento se “enlatou”;   que nos acostumamos a ver a ciência, sobretudo a neurociência( e outras que tais), como os antigos viam a religião – isso é inegável?   Aliás, nunca tivemos tanta “fé” nos milagres da ciência! Não é á toa que vivemos o tempo das “marchas e seus soldados “cegos” pelo que acreditam. Exemplificando, a marcha para liberalização da maconha; a marcha gay; a marcha dos que estão a caminho do céu; a marcha contra ou a favor da legalização do aborto, etc., etc.. Em outras palavras, vivemos estreitamente   confinados – assim como o cérebro à caixa craniana? Ora, mesmo os trabalhos acadêmicos, não passam de páginas e paginas repletas de citações. Cadê o pensamento do autor? Afinal não vale mais ter pensamentos próprios? Ah! Esqueci que só “os cérebros” pensam”! Pois bem, Tudo, enfim, segue as mesmas r

O sujeito do sujeito, quando tudo é pedaço, e a completude, a escuridão?

Por Gilvaldo Quinzeiro A propósito de “aos olhos cegos do Outro, tudo enfim, é esburacado”, de fato, a meu ver, este “esburacamento”   é uma marca indelével do sujeito contemporâneo. Ou seja, não há como se   evitar que a percepção   da realidade lá fora, não seja   como sendo   a sobra dos “pedaços” que nos falta por dentro. O agravante disso, no entanto,   é que   estes   “pedaços” são parte   das nossas faces (sem olhos)   num mundo onde a mãe de todas as coisas são as imagens -   o visual.   Tá vendo cara, a tua cara como a cara do outro acolá? Seria uma coincidência tantos esquartejamentos estarem se repetindo nas cenas da nossa violência diária? E quanto aos estupros que estão ficando cada vez mais frequentes e midiáticos? Uma coisa precisa ser dita: se o mundo lá fora nos parece tão assustador é porque no de dentro, em nosso interior, não   há nada que já não tenha sido por nós “devorado”. Babando, não? Não corra, por favor! Mas para seu conforto, se a

Ser “gente” tem um preço. Mas há quem só pense no “ troco”, e continua de patas. Uma reflexão para nos lembrar de Freud

Por Gilvaldo Quinzeiro Que a nossa natureza é animalesca, Sigmund Freud nos afirmou categoricamente com letras garrafais, aliás, a vida toda este   nos chamou atenção para esta condição. A questão é que nos tornamos apenas em   “bichos letrados”, mas esta é uma condição outra,   porque a primeira,   continua como sempre -, uma velha afiliada dos comedores de carniça. Pois bem, o que isso tem haver com a cultura dos maias, egípcios, gregos, romanos e a nossa -, uma luta pela ascensão aos “céus”, aliás, que outra luta transformou a nossa “voracidade” em admiração? Não é que os deuses nos admiram, pelo contrário, nem por esta causa, deixamos de ser, “o jantar do outro que por muito pouco não nos almoçou mais cedo”. Ora, nos dias de hoje nunca esta luta nos tornou tão intolerantes e   carniceiros, senão, vejamos. No Iraque, xiita e sunitas (pasmem, todos da mesma religião) estão   tomando   um banho de sangue;   budistas e muçulmanos estão se matando no Mianmar, pa

A propósito das conferências sobre a violência, o que não é merda ou sabonete?

Por Gilvaldo Quinzeiro A violência é face, maquiagem e espelho, e, se duvidar, o mais pegajoso de todos “os sorrisos” que, das nossas faces nunca se oculta. Ou seja, a violência   é tão nossa quanto a própria   pele, a questão, no entanto,   é como dela se desvencilhar   sem que não fiquemos em carne viva. Num dizer mais rasgado, eu diria, a violência é a merda que, ainda que empurrada para debaixo do tapete, não esconde o quanto a civilização tem investido em vão só com sabonetes. Aliás, não é por nada que a indústria que mais cresce é   a de higiene e limpeza -, o problema é quem vai ter que sujar as próprias mãos, enquanto os demais continuem acreditando que “cheiram bem”? Ora, vivemos na época dos “pacotes, das receitas, das especialidades,   enfim, das coisas todas prontas”. A violência,   ao contrário, é espraiada – e cresce no estômago da sociedade que mesmo “pançuda” se considera fina demais para não ter que vomitá-la. E agora? E assim, esperamos  

"Paraíba": que lance é este Neymar? Esta foi a sua pior jogada!

Por Gilvaldo Quinzeiro Que me perdoe toda a imprensa sulista, mas “o garoto” de vocês tem muito   que aprender, inclusive ser elegante – coisa que anda longe de ser, conquanto, seu rosto seja o mais estampado de todos! Estou me referindo a uma “pisada na bola”, um lance feio, quando, na partida entre   Santos X Flamengo-PI,     jogo de volta, pela Copa do Brasil, o jogador Neymar segundo depoimento de Lúcio Bala,   teria se dirigido jocosamente aos atletas do time piauiense com a expressão “paraíba”. Ora, este termo é usado principalmente pelos paulistas ofensivamente contra os imigrantes nordestinos. Uma atitude que,   se for confirmada, merece o repúdio de todos, não só porque estamos às vésperas de uma Copa do Mundo cuja sede é o Brasil, mas principalmente, porque todo cidadão merece respeito, e os nordestinos, apesar de quem pensa ao contrário, são seres humanos, cidadãos brasileiros e donos de uma cultura invejável,   portanto, merecem ser respeitados por to

Um diálogo filosófico entre o Ponte e a Trizidela, uma atualização do discurso de Sócrates

Por Gilvaldo Quinzeiro Já não mais nos espantamos, com o trágico ou com o raro,   logo, estamos “vestidos” do nu que não nos incomoda e nem nos envergonha. Neste contexto, o derrotado é Sócrates, e os vitoriosos, os sofistas. Talvez por isso é que estamos tendo a   escassez de homens, e a   fartura de espantalhos!... Ora, a   peleja   de Sócrates X os sofistas era em torno da “verdade”. Mas isso era num tempo em que   já era difícil encontrar “homens”.   E quanto aos de hoje não estamos despidos de tudo que é probo?   Como e com quem tratar a respeito da “verdade”? Reflitam bem -   as mãos sob as quais está a cidade, incomodam se   esta anda tão “pelada”? “Só sei que nada sei”! Cá entre nós, pra quem deveria ser a dose de “cicuta” nos dias de hoje?

O ATENTADO DE BOSTON: abrem-se as portas do terror. Fecham-se as do mundo com todos os seus cães?

Por Gilvaldo Quinzeiro     O atentado de Boston reabrem “as velhas feridas” cuja hemorragia nunca se fez estancar, pois, não há mundo civilizado o bastante que não se sente sobre a barbárie. Ora, paradoxalmente nunca “a   civilização” se avizinhou tanto do próprio lixo, especialmente numa época em   que se mede perigosamente o progresso pelo tanto de coisas   que consomem.   Destarte, como negar que a coisa mais estranha é exatamente aquela em que se transformou o homem? Pois bem, por falar em “estranha” , não era esta uma das queixas que os suspeitos do atentado de Boston se   sentiam em relação a sociedade Norte-Americana? Afinal    quem não se sente sem a sua verdadeira identidade num mundo cuja marca é a volatilidade? Como falar em “pertencimento”, se nada há para se pertencer, pois, tudo enfim dura tanto quanto uma “bolha midiática”?       Neste momento os olhos do mundo estão voltados para os Estados Unidos, mas quando estes se   voltarem   para o Brasil! L

O segredo

Por Gilvaldo Quinzeiro A felicidade não depende da quantidade de jardins e de flores que avistamos pelo lado de fora da janela ao longo de uma vida; nem de caminhos   ainda por serem floridos pelas nossas mãos     – mas certamente ser feliz, depende do diálogo interior que travamos com os nossos espinhos para, arrancar destes,   a possibilidade de momentos felizes. Assim também se diz sobre a paixão, não é o outro o proprietário   dela, nem que este outro seja a Madona com todo o seu glamour,    isto é, a paixão é antes de tudo o segredo que, quando revelado, nos provoca   espanto do tanto que somos feios sem ela. Dito com outras palavras, todo “o lá fora” nos será absolutamente esmagador, sem ao menos a aparente   serenidade que devemos nos arquitetar por dentro de nós. E isso sim significa plantar o mundo inteiro com uma única semente: a busca interior, pois, o pior de dentro nós, ainda assim, é o melhor lugar para se habitar no mundo. Somos seres caminhantes

O caso Feliciano, e o velho complexo de sermos ou não filhos de Deus

Por Gilvaldo Quinzeiro (...) O “complexo de ser filho Deus”, (escrevi sobre isso. Ver o Divã das Palavras) nos remete a condição de, em “não se tendo nascido do útero,” e sim da Palavra,   entretanto,   como esta só tem sentido dentro de um contexto falado, então hoje ou nós estaríamos grávidos de nós mesmos, ou Deus estaria se recriando para nos proferir outras palavras, num mundo onde o significante se esvai sem significados. Ou seja, eis os filhos desesperadamente a procura de um pai? Pois bem, nos últimos dias me tem chamado atenção, “o caso Feliciano”, e a repercussão midiática do assunto. A questão a meu ver não é tão simples -   é muito mais complexa, e,   faz-me  lembrar a Idade Moderna com toda aquela transformação, mais especificamente a Reforma Religiosa. Ou seja, a luta entre “o velho e o novo”; uma ordem mundial em decadência e uma outra em ascensão. E em torno desta, uma discussão antiga, e que agora nos parece atual: afinal quem Deus acolherá como seus

De como o mundo de repente perdeu suas ribanceiras

Por Gilvaldo Quinzeiro Alquimia do sujeito: tantos espelhos, e uma só   pele para tantas transformações. O mesmo, entretanto, não se pode afirmar em relação alma? Ora, ao longo de uma vida também   não se perdem tantas? Esta reflexão nos remeterá as coisas que cotidianamente não nos damos conta, e nem poderíamos. Trata-se, pois, “do avesso, do avesso”, isto é, do outro lado quântico das coisas nas quais também existimos. Existimos? Como assim? É o modo poético de dizer que a nossa   existência é bem mais complexa. De certo modo, nos limitamos ao mundo das palavras, mas estas não se fincam para além daquilo que nem com a   imaginação se   planta. Em outras palavras, pode ser que hajam   “outros espelhos” cujos reflexos não sejam   como os da nossa imagem percebida. E,   tudo como se pensa ser, tenha   um outro lado, por nós ainda   não contemplado.   Que coisa, não? De fato, precisamos “pensar” que este contexto histórico, por exemplo, não se limite apenas