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Mostrando postagens de junho, 2017

O afrouxamento dos nós, e a outra face do espelho!

Por Gilvaldo Quinzeiro Muito se tem escrito, falado, ‘gritado’ a respeito dos acontecimentos políticos, econômicos no panorama atual, seja local, seja de ordem mundial. Nunca os filósofos, historiadores e analistas das diferentes áreas foram tão ouvidos como agora! Cada um olha o mundo, como não poderia ser diferente, a partir do seu ‘bote salva-vidas’ – estamos todos à deriva! –salve-se quem puder! Quisera que a crise fosse apenas de natureza política ou econômica. A questão é muito mais complexa, e não se resolve com medidas ou pacotes fabricados em gabinetes de caros assessores. Ou seja, não é com uma brilhante campanha de marketing – prática recorrente – que se resolverão os problemas atuais. A crise é ‘civilizatória’, portanto, coloca em xeque toda a nossa existência. Somos as dores e o parto desse mundo já esgotado físico e mentalmente, porém, faltam-nos ‘parteiros’, homens como Sócrates para dá luz ao ‘novo’ cuja face nem todos terão coragem ou discernimento p

O 'parto' da lagarta: eu?

Por Gilvaldo Quinzeiro A palavra é aquilo que para as borboletas corresponderia às asas. Mas sair do casulo é a parte mais difícil daquilo que poderia corresponder ao homem. Ou seja, em certo sentido, ainda somos a ‘lagarta’, que acredita possuir asas! Nestes dias de tantos ‘falatórios’ – parto do nosso quase nada ‘ser’ - quão nos seria melhor manter o silêncio de ter os pés fincados no chão! Bom feriado a todos!

Aos amantes! – Ah esses moços!

Por Gilvaldo Quinzeiro Há coisas que só com o tempo aprendemos. E como tal os arrependimentos tardios ou as certezas cedo demais! Os amores e os amantes são as provas  de que tudo é  passageiro ,   e o que ‘não vivido’, vive em nós para sempre! O que é melhor, afinal, não viver um grande amor, e ter uma vida inteira para dele se refazer ou viver intensamente um amor realmente possível, e continuar inteiro em sã consciência de que  se fez o melhor? Ah!  Os amores  não vividos! O ‘não vivido’, vive em nós para sempre; não  como o ‘não vivido’,  mas como  o que vive em nós a espera de ser vivido! O amor é, pois,  desses ‘engenhos’, nos quais, alguns escravos se acorrentam pelo  resto de suas vidas a uma mera metáfora!! Quisera que não fosse assim! Quisera que os novos amantes soubessem a importância das frases ditas com paixão, olho no olho! Mas ... Ah esses moços que nunca desgrudam seus olhos de outras coisas, tão alheias, quanto feias às questões do a

Uma reflexão!

Por Gilvaldo Quinzeiro Apontar o Mal é fácil, pois este está sempre bem ali do lado do Outro, o difícil mesmo, porém, é admitir que o Bem não pertença a nenhum dos lados, incluindo aquele pelo qual  tanto nos sacrificamos! Ora, o dito acima é assombroso! Mas, de fato, tudo pode ser tão diferente, igual a que nunca imaginamos! A vida segue um padrão, que não é o nosso - ainda bem! O tempo não é o que passa todos os dias ou todas as horas, mas o que nos ensina por uma vida toda! Ser paciente, e não ser por demais pretensioso, poderá nos facilitar na nossa aprendizagem, sempre! Boa tarde, a todos!

A crise é das coisas ou dos homens?

Por Gilvaldo Quinzeiro O que são as coisas pelas quais morremos, e não nos encontramos em nada que diz respeito às mesmas?  O que são as coisas, que geram as crises cujas soluções dependem da atitude dos homens? A crise é dos homens, certamente!  Por isso a sua solução, qualquer que seja, é dolorida – quase uma morte em substituição a vida! O terrorismo, na visão de muitos grupos, tem sido a ‘solução’ para a causa em que a Religião se coloca do tamanho dos homens.  Não será esta a causa em que ‘Deus’ definitivamente tenha se transformado numa coisa qualquer? A Religião, qualquer que seja, encontra nas crises e nas catástrofes o seu mais fértil solo. E quanto a Ciência podemos afirmar a mesma coisa? Qual o papel da Ciência neste exato momento em que nos falta o ‘folego’ para continuarmos sendo apenas homens? Eis um paradoxo. Se por um lado, a Ciência se torna uma ‘voz’, algo que antes se atribuía aos profetas; por outro lado, esta mesma Ciência é silenciosa qu

O lixo e as outras condições também humanas

Por Gilvaldo Quinzeiro Nos últimos dias, as noticias têm sido as mesmas: a nossa classe política sem mensurar a sua falta de vergonha! Mas as outras noticias (que outras noticias?), também têm nos expostos ao pior de nós mesmos – a Cracolândia - esta que não para de crescer, tanto ali, quanto acolá. Estamos, enfim, sentados na própria merda!   O homem é também o lixo de si mesmo, quando esgotadas todas as outras condições da não reciclagem.  O inferno é, em certo sentido, conforme reza as tradições antigas, o esgotamento destas condições, ou seja, é a não possibilidade da reciclagem. Nestas condições, o que é então, a Cracolândia? Que condição é aquela em que um ser humano chega a se agarrar a uma Cracolândia? Tais condições são ou não o esgotamento das condições de quaisquer reciclagens? Podemos falar ali, na Cracolândia, como o homem sendo atirado à condição do ‘lixo de si mesmo’? Não é a Cracolândia o inferno em sua mais ‘perfeita’ condição? Não dá para ser