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Mostrando postagens de novembro, 2011

Que se soltem as matracas!

Gilvaldo Quinzeiro Os que fazem do Estado do Maranhão seus “cunhões”, não possuem o “falo” suficientemente grande para dá o nó no povo todo. Aliás, é bom que se diga, que “aquilo” quando grande demais, apenas substitui a gravata, e esta, conforme o nó enforca!... De fato, por aqui, as peias ainda são usadas como técnicas de adestramentos de mulas; a prova disso é que em relação a todas as marchas, nós não só estamos mancando, mas, atrasados. Exemplo: saúde, educação, estrada, segurança e outras coisas que aqui soam apenas como batuque de tamborete. Quiçá, todos os couros das grife dos granfinos não sejam tirados das costas da gente!

Novos não são os espinhos, mas os olhos...

Gilvaldo Quinzeiro Os olhos do “novo”, à medida que do “velho” se afastam - são cegos! Isso não significa dizer, porém, que a cada estrepada, os olhos de dor não cresçam... Não seria este o motivo pelo qual tantos olhos são arrancados em nome das “novas visões”, que asseguram ao mundo tudo enxergar? Quão nova é a nossa “visão” para evitar que os espinhos dos velhos olhos dos maias, não “espetem” os nossos também?

O abraço das coisas, que nos decepam

Gilvaldo Quinzeiro Não só, todas as coisas são feitas para o alcance das mãos, como, já as pegamos “esfoladas” – tudo tão “fácil” conforme as explicações das embalagens que até da “felicidade” somos poupados? Ora, estamos diante de um paradoxo inegável, a saber, perto de tudo, mas, cada vez mais distantes de nós mesmos! Eis o preço a pagar pelo “conforto” que sequestra a nossa alma: com tantas coisas nas mãos, daquelas que esquecemos são exatamente as mesmas que de nós se despencam. Será este o tempo cuja evolução exige de nós mais mãos do que cérebros? Pense para não  esquecer dos pés, já que as cabeças perdemos.  Eis quão os dedos são curtos para tantos buracos que em nossa visão se aprofundam!

O pois é das pesquisas...

Gilvaldo Quinzeiro Em época pré-eleitoral são as raposas, que armam as arapucas, e não, as galinhas - são assim as tais pesquisas de opinião, que traduzem o piado do pinto pelos ovos já fritos. Pois bem, esta discussão nos arremete a versar sobre a “verdade”, que é contextual, e como tal, pode passar por mentira, caso não se tenha a força e o interesse para que a “verdade” prospere. Em outras palavras, entre a galinha e a raposa, o contexto de uma arapuca, pode mudar conforme seja quem a manipule. Portanto, a verdade última, pode ter sido a “mentira” primeira. E, quanto ao contexto, a opinião que pesa é a mesma que diz “xô” as galinhas?

Pão pra todos, e combate aos discursos, que provocam a fome

Gilvaldo Quinzeiro Os “mercados,” que desde o século XV cegaram o mundo europeu para as suas “descobertas”, agora, por conta das suas barrigas expostas, poderão estar descobrindo quão o econômico sem o “social”, é tão estéril, quanto as distantes crateras de Marte. Ora, pobre do planeta, que tudo se esgota pelo dinheiro! Por acaso, o planeta do qual estas palavras se aproximam é Marte? Quão é sem “estômago” o mundo cujo desenvolvimento está à mercê das fomes dos mercados! Aliás, com que olhos o mercado ver as manifestações do povo nas ruas cujas mãos já não seguram as barrigas? Espraia o mundo sem praias, senão, só para os farofeiros!... Como se alimentar apenas de palavras, quando, os que silenciam, apoderam-se do pão, que dará sustentação aos discursos, que nos multiplicarão a fome?

Os humanos bonecos, pai dos nossos filhos?

Gilvaldo Quinzeiro Os(as) bonecos(as) naquilo que de “humano” nos acrescentam, isto é, naquilo em que perdem da condição de serem simples “bonecos(as)”, dado ao que as novas tecnologias lhes agregam de “humano”, ascendem ao status daquilo que, humanamente ou tal como os humanos, podem não só nos “machucar, como também provocar profundas feridas. Eis aqui o “berço” no qual da esquizofrenia quase ninguém hoje escapa? Quem é mais “boneco” do que os pais, quando as crianças já foram   pela presença dos seus   brinquedos “nutridas” ? Quem é mais humano que os bonecos, que substituem dos humanos, os seus papeis? Papais ou papeis: qual a diferença do uso de um, ou de outro, como o “cimento” que ergue o edifício humano?

Num mundo obsessivo pelo novo, com que mão se acaricia?

Gilvaldo Quinzeiro Antes se descobria o corpo “arrancando-o” no banheiro em condições que, aos olhos dos outros, lhe parecia inteiro. Era o tempo em que as mãos eram usadas não só para vergonhosamente ocultá-lo, mas, também, como espelho. Que espelho! Hoje, não se tem mais corpo, senão o que se ganha, quando, completamente mutilado? Será este o motivo pelo qual todos os finais de semanas os jovens chegam em casa “quebrados” por acidentes cinematograficamente provocados? Ora, esta questão nos arremete ao tempo em que era com “masturbação” que se ganhava o corpo. Isto é, o tempo freudianamente constituído. Hoje, não seria com as motos que não só se perde a “virgindade”, mas, também, o próprio corpo? Como Freud explicaria isso? Ou, do que valeria as explicações de Freud para um tempo que aposta “tudo” no novo? O fato é: nada é tão freudianamente atual, quanto o " prazer", que só a dor nos antecipa. Ou, seria mais adequado dizer: continuamos nos acariciando sim, só qu

Que gregos devem ao mundo?

Gilvaldo Quinzeiro O “barro,” que nos torna a coisa para a qual Pitágoras daria um número, hoje, mereceria um “sobro”? Ou, tudo que hoje existe já não é mais da ordem, que nasce de “sobro” algum? Eis, as coisas para quais ainda não há “barro” ou eis o “sobro” para o qual ainda as coisas hão de vir? Pois bem, não sei com que equação, Pitágoras explicaria as coisas, que hoje sem dúvida nenhuma estão a eclodir, mas, com certeza, estamos presenciando o “parto” de alguma coisa... Talvez, este momento fosse mais apropriado, não a Pitágoras, mas, sim a Sócrates!... Será? E quanto a nós, que não podemos contar nem com um ou com o outro, estamos ao menos sabendo sentir as dores, que já anunciam que é chegada a hora do parto? Ou, exatamente para evitar tais dores, nos tornamos hoje, mais de lata que de carne? Que falta faz ao mundo, “os gregos”, que a estes, o mundo é quem “deve”?

Tempo de mãos nas tripas?

Gilvaldo Quinzeiro No tempo em que a consciência dá lugar a língua, pensar por quê, se dá nó nas tripas? Tempos de varas: consciências caídas. Eis, quão intestinal se tornou o mundo! “Quem tem bunda vai a Roma”, bem que poderia ser assim, hoje, o ditado. Açougue de jovens estripados: programa de final de semana? Erga a cabeça, Caxias!

O discurso dos cães

Gilvaldo Quinzeiro Os dedos ou os anéis: eis o dilema do mundo diante de sua maior crise econômica. Dito de outra forma, a solução para atual crise é tão problemática, quanto à própria crise. Logo, pelo visto, a sua solução signifique literalmente “cortar os dedos com os anéis”!... O sintoma da crise, tal como o cão, que baba por ter perdido o osso, é o emprego dos próprios dentes em substituição aos discursos, que, diga-se de passagem, têm sido tão fora de contexto, quanto os latidos de cachorros, em tempo em que nem as portas blindadas evitam o roubo!... Ora, foi-se o tempo em que pelo “discurso” se identificava os homens!... No entanto, hoje, o muito que se consegue é se conformar com o “tampo” arrancado pela realidade mordida!... Pois bem, quão de cão a crise econômica vai nos transformar ou de quantas bocas a solução da crise implica em lhes tirarem o osso? Au au!..

República: qual? De quem?

Gilvaldo Quinzeiro Que coisa: a república brasileira no que tange “a coisa pública” é sempre de véspera, ou seja, nunca foi proclamada! Aliás, é nisto que reside o paradoxo republicano, a saber, o de que a “a coisa pública” é o que alavanca as coisas, que de fato pertencem a poucos. Dito de outra forma, a “república” literalmente só tem a coisa, quanto à pública, não faz diferença quanto a dos tempos da monarquia. Enganei-me? Pois bem, é nos municípios (cito Caxias, como exemplo), onde a republica é suplantada pelas práticas monarquistas. Vejamos a sucessão municipal: nunca foram tão evidentes os traços dinásticos, quanto hoje. Ou seja, o poder público é claramente um negócio de famílias, e seus herdeiros... Bem... Os seus herdeiros se acham no direito de tornar a “coisa pública”, um direito de suas famílias! O povo sabe disso? Ora, se a nossa república não fosse apenas a dos Coutinhos, Marinhos, Martins, Alencar e outras que tais, o povo sim, se daria conta!... Outro parado

A isca dos nossos olhos...

Gilvaldo Quinzeiro O mar e o deserto são pescadores de almas; não de almas quaisquer como as dos pescadores famintos, que adentram o mar com suas redes e arpões com a fome de peixe, mas, as almas, que se alimentam apenas de suas belezas!... Ora, sabemos quão o mar se transforma em desertos, e estes se transformarão em mar (eis o que Conselheiro já dizia?), se para este só há olhos para os peixes!... Que outros olhos são os nossos, senão os que fisgam o peixe? Então, que o mar não nos veja sem olhos grudados nele -, isso seria fitá-lo, tanto, quanto um deserto!

Número dos tempos

Gilvaldo Quinzeiro O tempo de uma “Chacrete” (quem se lembra?) é o de todos nós, ou seja, se apaga muito antes do de uma estrela!... A dança do cosmo se dependesse dos nossos aplausos, não romperia os eclipses – seria como o “Russo” no tempo do Chacrinha!... Mas, enfim, quem apostaria nas pernas tortas de Garrinchinha? Ou se o próprio Garrinchinha tivesse apostado “em outras jogadas”, o tempo de hoje ainda seria o do Pelé?... Bem... Hoje é 11.11.11 – três times completos, porém, falta mais um para uma rodada completa! Tem tempo?

A falta de sonhos: é a realidade em carne viva

Gilvaldo Quinzeiro Nos dias atuais estamos sonhando menos ou nada sonhando -, a prova disso é a realidade, que nos esfola! Pois bem, sem sonhos pra sonhar, a marca indelével de uma geração é a sua “carne viva”, ou seja, a realidade constituída da própria carne. Em outras palavras, com as “vísceras expostas”, sonhar é impossível, posto que, a cabeça se torna os pés... Ora, como negar que somente “as próprias vísceras” foram expostas, na pauta de reivindicação dos estudantes da USP? Portanto, latejam-se as cabeças em tempo que só a carne é que se protege!...

Gol do silêncio?

Gilvaldo Quinzeiro A mística das palavras é o arremesso do sujeito. Isto é, não há como falar sem que não sintamos que parte de nós também se perdeu...Ora, isso é tudo que se quer evitar no silêncio!... O diabo, porém, é que o próprio silêncio é constituído de palavras... Então, o sujeito que fala, se é que fala, fala também na condição de evitar que seu silêncio o denuncie! Nestas condições, porém, o sujeito que fala se assemelha a condição de um goleiro, que, mesmo sabendo, da impossível missão de evitar o gol, faz da sua última defesa o silêncio em relação ao gol não evitado! Pois bem, o sujeito enfrenta no seu dia a dia, ataques mais perigosos que os sofridos pelo goleiro -, com uma vantagem para o sujeito – a de, quando em silêncio, trocar as bolas, e ainda assim, continuar atacando o adversário!...

Os pratos das estatísticas

Gilvaldo Quinzeiro A fome que os 7 bilhões de pessoas, hoje, existentes na terra passará, também será por falta de alimentos, isso todos os órgãos governamentais da ONU, já sabem, entretanto, a mais devastadora de todas, será fome pela falta de “afetos”, que já nos torna os mais terríveis dos insetos – gafanhotos! Pois bem, o que esperar das agendas “gordas” dos G-20, que só têm olhos para suas moedas carcomidas? Ora, enquanto estes espalitam os dentes, uma África inteira se enterra de fome! Quiçá, não nos seja preciso uma agenda para evitar o faminto comércio de “fígados humanos”! Se depender das atuais lideranças mundiais, nada mais atual do que o velho ditado popular: “estamos fritos”!

Tempos de filhos chupados?

Gilvaldo Quinzeiro Como não escorregar na condição de pai, quando os filhos são educados para serem picolés? A questão é: “descobriram” os filhos, e com estes, a sua origem totêmica, e consequentemente, a condição de devorador dos pais – em resposta, uma nova ordem -, a da “morte dos pais”! Ora, isso não é outra coisa, senão “o Mal-Estar na Civilização”, ou seja, a primeira década do século XXI nos revela quão em nada mudamos, exceto no “conforto” pelo qual sentimos as mesmas dores de barrigas dos nossos avós!... Pois bem, o “assassinato” dos pais, coincide paradoxalmente com os nossos anseios mais profundo de civilização, porém, a barbárie é que prospera... Aliás, diga-se de passagem, quando a prosperidade foi a da civilização? Uma última observação: a condição de “picolé” é da ordem na qual o seu derretimento, se não contasse com uma base de sustentação (o palito), seria outra coisa, exceto, o picolé!

As vidas e as mortes, nós, seus cavalos!

Gilvaldo Quinzeiro Da morte, tanto, quanto da vida, nada sabemos. A única certeza, porém, é que com o passar dos tempos, nos tornamos urubus de nós mesmos! Há pessoas, que se fazem de “carniça”, e se velam o tempo todo, como se tudo a sua volta não merecesse outros olhares, senão o dos urubus!... Outras, no entanto, descobrirão tarde demais que a “fama”, não nos evitará a burrice de morrer por ela...Aliás, há cemitérios destinados só aos que têm fama? E se tivesse qual a importância disso? Na vida, como negar que só com o avanço do tempo “as esporas”, nos amansam? O pior, ou seja, na melhor das hipóteses, não passamos para a vida de seu cavalo. E para a morte quem nos carrega? Pois bem, a primeira impressão que fica é a da infância, onde todos “os cavalos”, montamos; e a segunda... Bem, a segunda impressão é a que vamos ter da primeira, na velhice, quando de quatro, descobriremos ou não o quanto dos “cavalos”, que fomos, restou!...