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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Um drible aos aplausos, e mais atenção ao jogo!

Por Gilvaldo Quinzeiro Assim como um bom jogador não deve abusar dos dribles, posto que seria facilitar   uma dura marcação do time  adversário, e por conseguinte, matar o avanço da sua equipe,    o verdadeiro vencedor não deve prender-se aos aplausos á sua conquista de agora,  pois, agindo assim é  perder o foco na batalha do dia seguinte. A vida é o grande jogo, no qual, as jogadas de efeitos são dispensáveis. Vale mais a concentração na partida, embora, estando no “banco de reserva”, e entrar para decidir a disputa no instante final. Entre um gol perdido, e as vaias inconformadas da torcida, manter a cabeça no lugar é mais importante do que fazer parte a vida inteira do “time campeão das lamentações”.  Deixe “o arbitro do tempo” decidir a respeito dos lances perdidos. Afinal,  jogo agora já é outro, não? Por fim, embora, a bola em jogo atraia a atenção de todos, o bom jogador também precisa se antecipar a jogada na qual o adversário poderá lhe fazer com apenas um

As poucas ‘cordas’ da nossa subjetividade?

Por Gilvaldo Quinzeiro Neste “janeiro branco”, campanha nacional voltada para a prevenção dos problemas de ordens mentais, bem como no trata da nossa subjetividade, não é que agora mesmo me deu um “branco!”... O quê? Como? Sei lá! Era isso mesmo?! Ufa! Ora, o que queria mesmo era poder trazer de volta as imagens, que me eram alimentadas no tempo em que ouvir um rádio, era também abrir caminhos, portas e janelas... Ouvir era, portanto, a forma de se apreender o mundo! A imagem de um rádio sobre a mesa se enchia com o cheiro de terra vindo lá dos quintais. Tempo onde o termo vizinhança dispensava quaisquer abstrações, e onde as conversas eram ouvidas saboreando uma xícara de café. E hoje quem ainda tem ouvidos? A propósito o que estas imagens de gente esfolada e compartilhadas como se fossem comidas, pelos celulares, de mão em mão, o que falam do brilho dos nossos olhos? A propósito, o que estas músicas de hoje com quase só um refrão, e que nos evidencia ma

O caboclo, e suas sofisticadas abstrações.

 Por Gilvaldo Há um ditado antigo de que no “final dos tempos, a roda grande passará pela pequena”, a respeito do assunto, eu já escrevi aqui no blog. Mas, hoje quero voltar a falar sobre isso, dando outra abordagem. Bem, antes de tudo, não podemos negar que tal questão, em que pese ser discutível o termo “final dos tempos ou do mundo”, nos remete a uma peça chave, que é a ideia de engrenagem. Isso nos revela que o caboclo, o nordestino, sobretudo, ao contrário do que se pensa, não é nada besta. O seu conhecimento é de uma sofisticação espantosa! O caboclo, eu prefiro usar este termo, é sábio por e com a natureza! E em que pese falar do seu acanhamento ou do seu conhecimento empírico, como se o empírico não fosse um conhecimento, possui sim, uma sofisticada abstração. “A roda grande passando pela pequena”. Ora, isso diz respeito também a uma representação geométrica, logo, a simbolização do mundo! A ideia de final dos tempos ou do mundo é também uma compreensão

Um aviso aos marinheiros!

Por Gilvaldo Quinzeiro Ficar de frente ao espelho ouvindo a si mesmo pode ser mais confortável do que, por exemplo, enfrentar o discurso alheio, que é sempre de natureza espinhosa. Sim, o espelho pode se tornar uma “confortável prisão”, e o pânico, como sintoma de uma vaga ideia de libertação! Todavia, por mais fito que seja o olhar neste espelho, este, por sua vez, não tem como evitar os espinhos que, embora sem olhos, nos acertam a pele, e, às vezes nos adentram a carne... O espinhar-se é, pois, parte do exercício dos que se arriscam a colher rosas! Uma moça, que disputa um concurso de beleza, por exemplo, tem que primeiro saber enfrentar serenamente o fato da possibilidade de não ser aprovada em tal concurso, e mais do que isso, precisa tirar de si mesmo a beleza que, aos olhos dos jurados não lhe foi suficiente! Por fim, o ultimo regado para “os marinheiros de primeira viagem”, dialogar com o rio, é, pois, mais significativo do que nele simplesmente banhar.

A “água e o vinho” da nossa juventude

Por Gilvaldo Quinzeiro A pouco, eu assisti a um vídeo, no qual, um casal de idoso dança maravilhosamente bem! Aliás, qualquer adjetivo é pouco para quantificar ou qualificar o desempenho daquele casal de dançarino!  Se eu não tinha nada para fazer hoje, ganhei meu dia ao assistir este vídeo. E mais do que isso, eu não só fiquei deveras maravilhado, como inspirado para escrever este texto. Eis um convite meu caro leitor para bailar comigo!  A vida é uma festa, mas entrar na dança depende do nosso estado de espírito. Por isso, dançar quando jovem de rosto colado é festa! Não há nenhum segredo nisso! É como água, que corre para o mar... Porém, continuar a dançar, quando as faces por si só já não mais se atraem, isso sim, é saber cultivar a beleza e o espírito da juventude para além de um mero instante, que se aprisiona ao espelho. Em outras palavras, isso é alquimia transformadora da alma! Chegar aqui é mais do que ter transformado água em vinho, é, pois, ter transfor

As velhas raposas a cuidarem do galinheiro!

Por Gilvaldo Quinzeiro A violência é o nosso “voo da galinha”, ou seja, ao mesmo que não nos leva a lugar algum, põe em risco os nossos passos no chão, por mais curtos que sejam. Ir hoje até a uma padaria nas grandes e médias cidades brasileiras, por exemplo, pode ser tão arriscado, quanto atravessar uma rua em pleno bombardeio aéreo de uma cidade síria ou iraquiana, quando em guerra. Aliás, é bom que se diga que a nossa violência mata mais pessoas do que nos países declarados em guerras ou do que em desastres naturais como terremotos. O número da nossa violência ultrapassam os 50 mil por ano. São vidas perdidas antes mesmo de nascerem. Ver o caso de mulheres gestantes aparecerem entre as vítimas. Isso sem falar nos jovens mortos como a maior estatística da nossa brutal violência. Afinal que guerra é esta? Por quem matamos ou morremos? Quem está a lucrar com as nossas vidas ceifadas? Mata-se, pois, por nada! Se formos verificarmos as causas imediatas da violência,

As lembranças, a cabana e a solidão.

 Gilvaldo Quinzeiro Que bom reencontrá-lo, amigo! Seja bem-vindo a minha cabana! Sente-se perto da lareira, pois, faz muito frio! Quanto tempo! Quantas lembranças! Sabe, amigo, as lembranças são como diários escritos sobre a neve, e que a cada nascer do sol, devemos reescrevê-los para contemplá-los na escuridão das noites. Eu tive que aprender isso, às duras penas, quando não tive lenha para acender a fogueira! Foram muitos dias e noites de solidão! Mas, de outro jeito, não teria aprendido como me tornar uma boa companhia para mim mesmo! Mas, lembre-se, amigo,  sobretudo,  de si mesmo, quando a cabana da solidão não servir mais de abrigo para o intenso  frio do Alasca! A vida nos ensina a ter que guardar todas as espécies de gravetos: um dia eles nos serão úteis! Por fim, amigo, ai daqueles que não plantarem a semente de si mesmo, quando os desertos da solidão se impuserem  sobre o tempo!

Perdemos o controle dos esfíncteres?

Por Gilvaldo Quinzeiro Para além do tecido ou do nó, que difere o da gravata, do da batina, e desta, para o do turbante, ou do nó daqueles que querem a todo custo se amarrar a qualquer coisa, estamos todos ‘em carne viva’. Para ser mais enfático, perdemos o controle dos esfíncteres! A prova disso, por exemplo, foi à suposta fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao se referir a alguns países como o Haiti, como “buraco de merda”! A tal fala se espalhou pelo mundo como “M no ventilador”. Mas não era para menos, pois, quando o assunto chega a este nível é porque todos já não estão confortavelmente sentados sobre as suas... Por falar em desconforto, três igrejas católicas, no Chile, foram atacadas às vésperas da visita do Papa Francisco, que ocorrerá na segunda-feira, dia 15.  Como se não bastasse, panfletos foram lançados com ameaça de “bombas à batina do Papa”. Tais fatos criam um clima de tensão à visita de Francisco ao território chileno. “Pelo an

Uma ranhura nos tempos e nos templos. Meu Deus?!

Por Gilvaldo Quinzeiro Aonde quer que chegamos, se é que chegamos a algum lugar, este coincide com o ponto no qual o ‘elástico esticado’ atinge seu limite, ou seja, o momento brusco de retorno ao seu ponto inicial antes de ser esticado. É o mesmo movimento feito por um pêndulo, só que agora, em seu sentido contrário. “Tudo bem! Mas, e aí? Aonde você quer chegar com este pensamento”? Calma leitor! Eu estou apenas começando. Todavia, não há nada dito aqui que eu já não tenha rabiscado em outros textos. “Nem tudo que corre no rio é aquoso”. Esta frase me veio à cabeça quando vi as grandes manifestações de rua pedindo “o fim da corrupção”. De fato, depois de baixadas as águas, concluímos que há outras bandeiras e propósitos  distintos daquelas desfraldadas, e que ameaçam até mesmo a Democracia. De fato, há  lama vinda do fundo rio, e que agora inunda a superfície! Pois bem, por um lado, os tempos atuais são muito parecidos com a Idade Média, especialmente no tocant

A prevalência do ridículo!

Por Gilvaldo Quinzeiro Estamos nos tornando piores? Sim, infelizmente! Estar na cara que nos tornamos piores! Basta ver os seguintes ‘indicadores’, tais como as melhores músicas do ano; as personalidades mais seguidas e curtidas pelas redes sociais; os programas de televisivos de maiores audiências são sempre os que expõem o lado ruim de todos nós, como fofocas, baixaria, situações vexaminosas, e, que inundam a tela das tevês de ‘sangue’! Por falar em sangue, não há como negar o ‘comportamento vampiresco’, que tomam conta das pessoas que, com celulares nas mãos correm para fotografar, e não para socorrerem, as pessoas vítimas da nossa violência, seja no trânsito, seja nas das guerras de rua! O exposto aqui releva o quanto nos tornamos ridículos!  Sim, somos uma geração ridícula! Sabe qual foi o memes do ano? Não?! Foi a do "gemidão do zap ” – que extrapolou como se diz na gíria da internet – a barreira do som! Agora imagine qual a circunstância desse tal gemidão:

Há coisas que são. Outras que vão...

Por Gilvaldo Quinzeiro A natureza de um rio, conquanto constituída da fluidez das suas águas, só é um rio naquilo que de si permanece.  Por isso, um rio não deve ‘chorar às suas águas passadas’, mas, permanece sendo um rio das suas águas presentes.  De modo que a diferença entre rios e riachos está muito além das suas aparências, é, pois, algo relativo às suas essências. O dito acima é uma pequena introdução ao que acabo de dar como resposta a uma amiga em um bate-papo, quando falávamos a respeito da vida, e de suas vicissitudes. De fato, dizia eu a esta amiga, “o melhor em você não é aquilo pelo qual hoje lamenta por ter perdido, a exemplo, da sua infância, da sua a juventude ou do seu rosto bonito; mas, o melhor em você consiste exatamente naquilo que hoje lhe restou”. E acrescentei: você está diante de si mesma, assim como o Egito, está diante das suas pirâmides! Por falar em pirâmides egípcias, eis um bom espelho a respeito do que estamos falando. Ou seja, tudo

A ‘imediatidade’ das coisas, e o tipo de rio que estamos mergulhados

Por Gilvaldo Quinzeiro O que é o “hoje” a despeito do “ontem” que também não nos demos conta que já passou? O que é o “novo” a despeito do “velho” que não dispõe de condições para o seu envelhecer? Estas são as questões que nortearão a nossa reflexão ao longo desse texto. A nossa intenção, entretanto, não é respondê-las, posto que devido também a nossa pressa não tenhamos as respostas; respostas estas que precisariam de um certo tempo para serem amadurecidas.  Assim sendo, o que objetivamos aqui é suscitar outros questionamentos acerca dos fenômenos do nosso tempo. Claro que ainda assim, não estamos fazendo nada de diferente que outros não tenham feito a respeito de suas respectivas épocas. Fazemos isso como um exercício de quem se acostumou a pensar. Nada mais, além disso. Contudo, se tal exercício reflexivo servir de base para outros pensadores, oh! que maravilha!  Daremos a tarefa como cumprida! Pois bem, tal  é a ‘imediatidade’, aproprie-me de um termo usado por Jessie