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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

No lugar da boca, os olhos!

Por Gilvaldo Quinzeiro A indústria do ilusório. Quanto mais se ganha “visibilidade”, mais se ganha olhos.   Os olhos que não são os nossos; e com estes, os “defeitos” que se acrescentam! Trata-se, pois, da repentina e ilusória alegria de um “jabuti trepado”, ou seja, escalar nunca foi seu forte, e descer sem asas, é espatifar-se onde antes era o território do seu eterno engatinhar! Os olhos, estes nunca tiveram tão famintos!   Estes são o avesso da boca. A boca que só enxerga comida! Mas os olhos no lugar da boca, comem o quê? Vivemos a era dos Big Brothers – aqui o que se faz nos banheiros – engordam os olhos! E a boca? Ah! Esta então escorre com a descarga! Psiu! Silêncio total!

Cara amiga, “cara” é aquela realidade que nos escapa!

Por Gilvaldo Quinzeiro A realidade nos escapa! Em todas as épocas, o homem não foi capaz de abarca a realidade, tal como a agua na palma da sua mão. Isto é, aquilo que nos escapa forma o mar que nos afoga. A questão a ser colocada é: que realidade nos escapa nos dias de hoje? Somos capazes de nos dar conta de quê? O que sabemos da realidade que nos afoga? E aquele “pingo” desta mesma realidade que acreditamos conhecer, é o suficiente para ainda assim, respirarmos? Este texto foi em parte inspirado por uma mensagem enviada por uma amiga. Não é uma resposta, digo, mas uma fala Outra! Uma fala afogada ou abafada por si mesma! Pois bem, as revoluções hoje em curso não se impõem por suas bandeiras, mas por aquelas bandeiras em que se ocultam. O dito aqui por si, não só torna a realidade complexa como perigosa! O PT de agora, cara amiga, não é o PT das “bandeiras desfraldadas”, mas daquelas que nos são ocultadas. A propósito, não é desta realidade que eu quero fa

Como as de Ícaro, as nossas asas. O sol, como a mais bruta realidade!

Por Gilvaldo Quinzeiro As asas.   Passado o tempo, e somente as afiadas   garras do tempo nos ensinam qual o significado de se ter a barriga colada ao chão, é que vem uma das mais brutais lições da vida: “não temos asas, e voar pode passar longe de nós! E agora seus camundongos?   A águia fez voo rasante sobre nós”! A inspiração para este texto surgiu hoje pela manhã, depois de um encontro rápido na rua com um velho amigo. Trocamos poucas palavras, mas o suficiente para me tocar profundamente. Falamos de músicas. Das músicas que não conseguimos mais ouvir. Falamos dos amigos. Dos amigos que nos trocaram por outros. Falamos dos nossos pais, e da certeza de que os estamos perdendo.   Falamos de sonhos. Dos sonhos que mesmos rascados, ainda teimam em nos manter inteiros. “Não temos asas”! Despedir-me do meu amigo com este pensamento. E sai remoendo todos os “remendos” da minha vida até chegar aqui, onde estou costurando este texto. É claro ao som das músicas que me

Dos intestinos da violência: uma velha lição sobre como se sentar no penico

Por Gilvaldo Quinzeiro A violência é uma das coisas que nitidamente mais cresceu no Brasil. Antes restrita as grandes cidades, hoje presente em qualquer lugar por mais bucólico que seja.   Em seu combate, muito discurso; alguns tão bonitos de se ouvir; outros nada convincentes, mas da prática, uma distância enorme. Neste ínterim, o cidadão se tornou “otário”, como diz os bandidos, e refém dentro da sua própria casa, tal como é ditada pela ordem imposta pela criminalidade.   Ir a uma padaria, a mais próxima que seja, é correr risco de morte, e o café da manhã, não vale tanto assim, pois, a vida pode custar menos que uma dúzia de pães! A violência e merda têm pontos comuns, ou seja, ambas são oriundas do “intestino humano”. Talvez por isso, tendemos sempre a escondê-las, sobretudo, quando é a nossa que atinge o outro. As autoridades brincaram com a violência, assim como uma criança com a sua própria merda. Ou seja, fizeram de conta que não era algo com a sua cara! Cl

Os leões em seus palácios, e todos os bichos da nossa política

Por Gilvaldo Quinzeiro Dizer que em época de chuvas tudo aqui vira atoleiro é repetir a rima de violeiro. Agora defender a tese de que, o arroto da política brasileira é sustentado pelo peido da maranhense, isso sim é se aprofundar no pântano de toda a nossa política. O Maranhão não é só uma “pororoca política”, aqui os dinossauros nunca foram extintos. Mas eu não estou falando apenas da família Sarney – eu estou também a dizer dos “jacarés” – aqueles que mesmo se pintando de novo, não esconde a sua velhice! Não é só nos palácios que moram os leões. Os municípios abrigam monstrengos que se disfarçam de defensores da municipalidade. É aqui a ponte que sustenta a ninhada dos velhos e dos novos dinossauros! Ora, “Sou Caxias, e Meu Partido é o Maranhão” é de fato um slogan lindo de se estampar. O feio, porém, é termos que ocultar as brigas entre “tios e sobrinhos” pela divisão dos ovos da galinha. Ou seja, a família de jacarés sendo alimentada dia e noite com o sangu

Uma oração para espantar os urubus!

Por Gilvaldo Quinzeiro Nunca os homens rogaram tanto a Deus. Nunca os homens tiveram tão próximos da condição de urubus. Nunca a democracia foi tão usada em defesa de interesses tão mesquinhos. Nunca se falou tanto em direitos. Mas em deveres, todos permanecem mudos! E assim rosnam os cães. Uivam os lobos. Todos com a mesma fome. A fome de celebrar os ossos dos outros. Vivemos num mundo de cobras grandes e de varas curtas. Veneno é o que não falta até nas pontas dos dedos. Moisés, se fosse arriscar a travessia do Mar Vermelho, hoje, possivelmente não seria exitoso, não por não contar com ajuda de Deus – mas porque o mar talvez fosse lhe responder de uma outra forma! Mas esta é a Grande Travessia Humana. A saga de todos os tempos. A questão é que quem estão em marcha não são homens, mas espantalhos. São estes enfim que haverão de contemplar a divina face? Terminado a guerra fria, com a “vitória do bem” sobre o mal, contra quem então marcham hoje os soldados, qua