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Mostrando postagens de maio, 2018

Voar é minha ‘muleta’. Qual a sua?

Por Gilvaldo Quinzeiro Todos, certamente, cada um ao seu estilo, têm uma ‘muleta’. A minha é querer voar! Às vezes, no meio do voo, é que percebo que me faltam as asas!  Todavia, erguer-me após a cada tombo e tropeço, me dá a sensação de viver sempre nas alturas! Um pássaro ferido, ainda que no chão, é a prova de que voar é possível! Na dúvida se ainda lhe restaram as asas, mire para onde fica a cabeça: ela sempre se voltará para as alturas. Lançar-se ao voo é o caminho que nos supre a ausência das asas! Estas, as asas, são criadas pela visão dos seus sonhos!

O Corpo. Este lugar prenhe de desconforto!

Por Gilvaldo Quinzeiro Na semântica do corpo, o gozo é ato devorador de significados: nada aqui é possível do alcance da palavra! É uma espécie de ‘buraco negro’, onde a luz das estrelas espraia em escuridão.   Mas não gozar, contudo, significa ter domínio do jogo entre significantes e significados – é a prevalência do errático, tal qual, um fragmento rochoso a deslizar-se no firmamento. Ontem numa conversa entre amigos, ouvi um comentário que, no momento não me chamou atenção, mas, aquilo me fincou pensamentos.... Dizia o comentário: “Eu fico desconfortavel entre o buraco existente entre uma fala e outra”. “Como assim”? pensei cá meus botões. Quis dizer o meu amigo em seu comentário acima do seu silêncio ou do incômodo de não se apropriar da fala do outro? Ou simplesmente o seu desconforto era apenas uma fala vinda dos lugares longínquos do seu próprio corpo? Pois é, o assunto aqui nos remeteria às coisas freudianas, com uma boa dose das inspirações dionisíacas!

Cuidado em sentir-se em outra pele

Por Gilvaldo Quinzeiro Cuidado com o que você pensa e acredita, porque isso poderá realmente definir você -, com tudo aquilo que há dentro de você como pedras e montanhas! O sentido das coisas, se se as coisas têm sentidos, não são outros, são os seus. Por isso se faça melhor como a arte de quem lapida uma rocha. Mas, tenha mais cuidado ainda com aquilo em que você não pensa e nem acredita, porque isso, sim, pode ser real! Não tenha pressa em saber aquilo que, para as pedras, em seus milhões de anos de existência, são ventos e bundas, que se assentam para suas pregações sobre a vida! A vida vale não pelo que se romantiza dela, mas pelo que de fato dela se aprende -, aprender aqui pode significar juntar os ‘tampos’, mas ainda assim, é melhor seguir inteiro. Tudo na verdade é falta! Desvencilhar-se da própria pele apenas por “um ouvir dizer que é melhor viver sem”, é chegar tardiamente a conclusão de que tudo é perfeito quando estando em seu devido lugar. Cuidad

Minha Mãe!

Por Gilvaldo Quinzeiro O mundo se tornou muito estranho, em pouco tempo, minha Mãe! Tudo de repente mudou da porta para porteira, isto é, mas largo em certos aspectos, e que nos impedem os passos curtos, porém, por outros aspectos, apertado por muitos “paus metidos”! Não é cheiro do café, aquele minha Mãe, torrado na panela e socado no pilão que atrai os vizinhos para uma conversa gostosa, bem ali encostado no fogão de barro! Aliás, ninguém tem mais vizinho! Ninguém conversa com ninguém: tudo hoje é “curtida”, uma espécie de obrigação virtual!    E ai de você se se mesmo ‘cego’ de afetividade, não curtir a postagem do outro!! Nesses tempos alterados, como as meninas, quase todas já mães antes da sua segunda menstruação, eu relutei muito em não lhe escrever mensagem alguma, porque as mais bonitas são todas repetidas! Enfim... Sim, Mãe, a coisa ficou, de repente, muito estranha! As pessoas hoje se parecem mais, com “porcos em barreiros”: um esfrega danado para ficar

O grande espelho!

Por Gilvaldo Quinzeiro O homem desde a sua origem é um animal das ‘cavernas’ – espelho do nosso medo! Parece ter sido ontem, o escrito de Platão ( 428 a.C.-347 a.C ) acerca da sua famosa alegoria do “Mito da Caverna”. Mas o que seria a Caverna dos dias atuais? Esta questão, se se respondida, nos cegaria de imediato pela clareza e pelo desmanche das nossas sombras. Todavia, falta ao nosso tempo figuras como Platão. Daí a nossa demora para percebermos o óbvio! Sim, amigo, ainda estamos presos ao ‘útero da existência’! Em que pese esta afirmação significar o óbvio, porém, o fato é: nós ainda não nascemos para nós mesmo, agora imagine, para “o lado de lá fora”! Aliás, como diz a sabedoria antiga, “o lado de fora é como o lado de dentro e vice-versa”. Então, em assim sendo, o que é o mundo, se ao nosso, o interior, ainda não habitamos?   Que face contemplamos? Que face é a nossa? De que se alimenta o nosso medo? É inegável, contudo, que através das ferramentas, cada

E se?...

Por Gilvaldo Quinzeiro Como o “último palito de fósforo” é assim que a vida se apresenta! Parece nada isso, mas, se você não perder a cabeça, a sua, você poderá fazer gigantescas fogueiras com um único palito de fósforo. Em outras palavras, ao mesmo tempo que o dito aqui é uma espécie de “apagar das luzes” ... Mas pense bem, o apagar é posterior ao aceso, uma vez que não se apaga aquilo que não se encontra aceso. O que isso significa dizer então? Enquanto tiver uma chama, a escuridão completa ainda está por vir! Imagine-se, pois, numa noite escura e de muita chuva, e você sozinho no mato. O que você faria:   proteger-se a si mesmo da chuva ou o palito de fósforo? Seja qual for a sua resposta, ela custará a sua vida! Engatinhe-se, caso as circunstâncias não lhes sejam favoráveis para estar de pé. O importante é o jeito de continuar seguindo em frente. Não se preocupe com as horas, nem se sinta obrigado a chegar cedo ou tarde demais: o tempo é o tamanho das suas condiçõ

Talvez devêssemos aprender com os insetos!

Por Gilvaldo Quinzeiro A despeito dos que se acotovelam na ‘fila dos que vão para o céu’, talvez devêssemos aprender mais com os insetos. Sabe por que? Porque, eles, os insetos, ainda que com um curto ciclo de vida, amadurecem, mas, quanto a nós com a nossa pressa? Ou com a nossa prece? Neste texto, ainda que curto como um ferrão de uma vespa, eu quero picar lá onde não passamos de meras pretensões...E chamar atenção para “mosca do sono” – aquela para a qual perdemos a lucidez. Há coisas que não passam do seu estado larvário. Uma delas é a nossa incipiente noção e relação a respeito do tempo. Como assim? Ora, se olharmos bem, não passamos de seres depositantes de ‘ovos’, tal é a nossa pressa, e o nosso não amadurecimento: tudo é verde.  Nada amadurece! O dito aqui parece sugerir que vivemos apenas no ‘presente’ -, quisera que fosse, mas, é o contrário – vivemos mergulhados no futuro, ‘precocemente’. O menino, já ‘homem’, não consegue ser mais menino. O jovem ant

A mão e o moinho. Uma leitura!

Por Gilvaldo Quinzeiro O mundo é um livro às vezes fechados, mas não necessariamente sem escritas ou narrativas. Os antigos não amanheciam sem antes decodifica-lo ainda que nas manhãs chuvosas. À tarde, outra releitura era necessária, pois, assim, a noite seria menos escura! Bem, o homem contemporâneo se encheu de coisas. E orgulha-se de disso como o máximo de suas conquistas! Suas mãos ficaram ‘cegas’, e seus olhos se deslocaram para o umbigo. A leitura ficou restrita aos livros, especialmente, os recém lançados, os best-sellers  , lidos como se fossem café! Mas, e o mundo? O mundo, se ainda existe esse mundo, não está mais acolá, porque acolá não é mais ali. Alguma coisa ferve por nós; por nós que já não somos mais um de nós. A mão e o moinho tornaram-se parte da mesma coisa: sinal de que a dor de quem perde os dedos não diz mais “ai”. Em outras palavras, o mundo é essa noite escura, quase sem céu, e com muitas ‘estranhas batidas’ na porta. O dito aqui s