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Mostrando postagens de agosto, 2018

Um punhado de realidade por uma cuia de farinha!

Por Gilvaldo Quinzeiro Entre a realidade e a ficção não há um ‘punhado’ de separação! A cerca, que antes separava um do outro, caiu na primeira ventania de ontem trazendo consigo os ares dos novos tempos. Um novo tempo prenhe de si mesmo no curto espaço entre o fio dental e a boca de quem mais nada abocanha. Tudo se tornou o mesmo fio elétrico ‘descascado’ nas mãos de quem se acha conectado! Mas quá! Quer saber mesmo o que é a vida, meu filho? - então se disfarce de ‘carne viva’! Cuidado com os urubus! Mas não prenda seus olhos no alto! O serpentear entre o bem e o mal é cobra grande, e de duas cabeças! Uma pena para quem não sabe o porquê de as mãos permanecerem ocupadas, e do perigo da existência de tantas ‘varas curtas’! Enfim, meu filho, não espere que os sapos engulam suas palavras. Entretanto, quanto aos homens não há duvidas de que estes engolem os sapos. Em terra de sapo ver um homem em pé é porque não restou mais nada! Tome cuidado! Uma leitura precipit

Viver: imperativo categórico!

Por Gilvaldo Quinzeiro Quem quer que deseje pensar a morte em quaisquer que sejam os seus sentidos “a morte pensada”, “a morte matada” ou “a morte morrida”, este tem necessariamente que estar vivo, porque de outra forma tornar-se-ia impossível tal esforço.   Portanto, a vida é antes de tudo, a única condição sob a qual podemos nos esforçar para dela sairmos ou permanecemos, melhor exemplificando, a vida é, sob certos aspectos uma “bolha” onde residimos, de modo que um simples gesto de respirar ou não respirar faz toda a diferença, incluindo o do estouro desta.   Iniciamos o nosso   exercício do pensar, que resultará em mais um texto, este, com as premissas acima iniciadas, sabendo que, tal exercício   mesmo sem querer citar Immanuel Kant(1724-1804), mas consciente que tal esforço nos seria impossível sem   “bebermos em suas fontes”, especialmente no que tange aos seus Imperativos Categóricos,    iremos costurar este difícil tecido reflexivo também     mergulhados nas água

O quanto possível, melhor!

Por Gilvaldo Quinzeiro Quando não há outras fontes, as águas barrentas, não são problemas para quem está com sede:   a mão trêmula lhe servirá de filtro separando o barro da água.   O dito acima nos faz concluir que:     enquanto tiver uma mão se mexendo, a outra não se enterrará jamais! Não se deve, pois, nunca morrer por inteiro; viver sim! Viver é aprender todos os dias a desfazer ‘o barro’ que nos soterra, logo, esculpir-se do vívido e do possível é ter tornado a vida em uma obra de arte.

O “barro antropomórfico”. O que nos falta, fere!

Por Gilvaldo Quinzeiro            “Devagar com o andor que o santo é de barro”.   Eis uma construção que nos remete para a edificação de todos os demais engenhos, incluindo as nossas dores para as quais erigimos apressados a nossa prece: o próprio homem. Contudo, se o homem já não é a mais “medida de todas as coisas”, eu acredito que ainda seja, conforme nos dissera Protágoras de Abdera (486 a.C.- 411 a.C.), é porque nos falta “o barro antropomórfico”, sem o qual, toda a construção se esvazia de significado. Em outras palavras, o homem se tornou refém das coisas. Das coisas nas quais não percebe mais a sua face! A frase acima, poderia ser reescrita hoje assim: “apresse com o andor que “o barro” do qual o santo é feito conosco não mais se parece”. O “barro” aqui, não é outro, é o antropomórfico. Este é sem dúvida alguma, um dos sintomas da nossa época, isto é, a falta da falta que nos faz falta. Dito com outras palavras, o que nos falta, fere! Quisera que “o bicho qu