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Mostrando postagens de junho, 2021

A nova ‘Casa-Grande’ e o rugir das suas verdades?

Por Gilvaldo Quinzeiro Não é só porque a ‘Casa-Grande’ ficou saudosa dos sanguinários tempos, mas Brasil de hoje se tornou um engenho de duvidosos remendos e soltos parafusos. Mas uma coisa também é perigosamente certa: os lobos já não conseguem esconder sua pele ou o seu rugir! Ora, em tempos assim as ‘ovelhas’ não podem se passar por outra coisa:     essas estão também mais expostas do que nunca! E quanto a verdade? Ah a verdade! Não há verdade no ódio! Pois a verdade é de tal condição que que essa não nos aparece em uma face única. É preciso, pois, discernimento; um ferrenho exercício de consciência -   eis a nossa maior seca! Em tempos de abundante cegueira como os atuais: qualquer garrancho serve de bastão!   no Brasil a verdade   se eclipsou há muito tempo. Há falastrões se passando como portadores do bem ou da verdade. Contudo, o que vemos abundantemente são as arrogantes e enrugadas estampas das suas faces! Dizer que a ‘verdade liberta’ é a chave para muitos vex

O caso Lázaro. O anúncio de outras 'pandemias'?

Por Gilvaldo Quinzeiro O que o caso Lázaro Barbosa tem a nos ensinar? Essa é uma questão incômoda porque também nos remete a uma outra questão tão grave quanto e do mesmo momento: o que a pandemia da covid-19 tem a nos ensinar? As respostas essas questões mesmo as erráticas, nos apontariam para nós mesmos. Ou seja, falhamos!     Como assim? A resposta aqui poderia vir com outra questão provocativa: E se outros ‘Lázaro Barbosa’ estiverem brotando por aí     que forças policiais e que armas seriam suficientes para detê-los? Somos hoje mais do que nunca sedentos por armas! “ Armas em casa”! “Armas nas mãos”!   - Canta o coro dos enfurecidos – mas que armas? Não abandonamos os púlpitos? Enfim... É possível haver uma ‘pandemia de outros Lázaro Barbosa’?   Essas questões, para o bem de todos nós, merecem ser levantadas, não obstante já não termos fôlego suficiente para responder nem sobre a tragédia nacional, que é     pandemia da covid-19, e que ficamos velhos de saber: falhamos!

As máscaras das narrativas. O nosso inferno de Dante

Por Gilvaldo Quinzeiro   Usar máscaras ou não usar máscaras? Tomar vacina ou não tomar vacina?   Não aglomerar ou aglomerar?   Plantar dúvidas como essas na mente das massas em tempos de pandemia; pandemia essa que por aqui já ceifou a vida de quase meio milhão de pessoas, especialmente vindo de quem se espera uma conduta minimamente de ponderação ou de liderança é se tornar aliado do próprio vírus para não dizer outra coisa! As narrativas construídas em tempos de pandemia revelam o perigo de ainda permanecermos fixados nas sombras das nossas cavernas! Um vírus foi suficiente para expor a fragilidade não só da nossa constituição física, hoje sacolejada e devastada; como também da nossa visão do mundo! Afinal o que é o mundo numa visão ‘fritada ‘ por uma simples pandemia?   O que esperar dos céus do chão que não mais se sustenta? Os arautos do bem, hoje encurralados em suas apressadas preces, não sabem quão podemos nos transformar no mal a qualquer momento, sobretudo quando

Contra as opiniões, que nos afogam: a vara da ciência!

Por Gilvaldo Quinzeiro As opiniões por mais densas que sejam, não fazem chover – ainda bem!   Entretanto, elas podem facilmente nos afogar – é disso que o Brasil está se asfixiando! De uma noite para o dia, o que era redondo passou a ser quadrado; o que era tido como disciplinado, transformou-se em anarquia (no mau  sentido); o que era o centro, se tornou periférico; o que era ‘gripezinha’, quase meio milhão de mortos; O que era verde e amarelo, tornou-se o asco. E o resultado disso é o esvaziamento dos discursos; a institucionalização da idiotice; o murro ao invés do discernimento e da temperança! As águas turvas, nas quais mergulhamos hoje, já acendeu as fogueiras da intolerância em  outras épocas. Lá, como cá, a velha humanidade enfrentava o mesmo dilema: estar diante daquilo, que nos é puído ou poroso! O remédio para puído, o poroso ou duvidoso, não poderia ser outro, e nem menos doloroso, radical e decisivo:     a vara da ciência!   O Brasil de hoje se veste do pior teci