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Mostrando postagens de outubro, 2012

Assim “Jaz” a nossa juventude?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Com que sonham os jovens que já se sentem “enterrados”? Como negar que “ser jovem” não seja   apenas   um estado de espírito? Ora, os nossos jovens   há muito tempo já estão     tão “velhos”   que lhes perguntar   pela sua   tenra “juventude” é lhes dá canseira? Eis um “mal-estar” que só quem lida diariamente com a sala de aula, onde a falta de entusiasmo dos alunos é uma “velha conhecida”, entenderá o que digo.   É, pois, na sala de aula, onde os jovens antecipam sua “aposentaria”(?).   “Novos” só os tempos e suas bugigangas! Pois bem, se o “cansaço e a quebradeira” que acometem os jovens de   hoje são notórios, “o obscuro”, porem,   é no que estes desperdiçam toda a sua vitalidade. Este segredo é tão bem guardado quanto as fórmulas químicas dos refringentes que, mesmo não matando a nossa sede,   “substituem” a água(?).   Claro que há “vampiros obesos” com isso! A questão é outra, ou seja, como evitar que, quem “janta” os nossos cérebros

É mole?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Na peleja da vida, entre o cair e o rastejar-se, demoramos tempo demais para admitirmos que no final das contas, nos tornaremos nada mais e nada menos do que     “os espelhos que nos assustam”. Ora, “o sério e o duro da vida” nos elevam a mera condição de seus “espantalhos”. Engraçado? Não, é sério mesmo!! Quisera termos aprendidos a não desperdiçarmos o tempo todo remontando   a maquilagem, pois, esta não nos poupará do assombro quando a nossa face,   no “espelho” não caberá!..   Melhor teríamos feito, se tivéssemos engenhado   outras formas de ser, assim como as das cobras que, de vez em quando, têm que   se desvencilhar da própria pele, para,   ainda assim, continuarem   rastejando-se... Sabe o que mais me dói agora? Não ter mais pele alguma – rastejar assim é mole, mole, duro são as pedras com a minha cara no chão!          

A vida e as suas jogadas, quando um gol é apenas um lance de sorte!

Por Gilvaldo Quinzeiro   “Viver bem”, se é que isso nos seja possível, é driblar dois zagueiros ao mesmo tempo, e, acertar o canto oposto do goleiro com um chute certeiro – é gol!   Hora de comemorar, sem esquecer, contudo, que a bola agora está com o time adversário! Ou seja, o lance do gol foi apenas um, dentre muitos que, teve ate “escandalosas furadas”, e chute de canela -, se cochilar a festa agora é da torcida que instante depois viu seu time empatar a partida, e que   perigosamente arremessou uma bola na trave já quase “virando o jogo”!... Em outras palavras, “viver bem” significa   usar   a tática de sempre ter “o controle da boa”, mas, quando   já nos faltar o fôlego, e a bola agora é apenas um “vulto” que anda de pé em pé   aos gritos de olé da torcida adversaria, eis que nos é chegado o momento para, de um simples jogador, agirmos como bravos guerreiros; igual aqueles que nunca desistem, não obstante a luta lhes serem absolutamente desfavorável! Mas, vale us

Tempo de varas curtas, e desperdícios compridos

Por Gilvaldo Quinzeiro O sujeito e suas “varas”, todas encurvadas ante um tempo que só lhe devora. Pobre sujeito, hoje, reduzido a condição espalhafatosa de mero “consumidor”! Nestas condições, entretanto, só resta ao sujeito uma única saída honrosa - se contentar em ser como uma “sardinha”, e assim, contemplar admirado a lata que esteticamente lhe cai bem!... Ora, que “modernidade” é esta que tanto ojeriza o passado, e, paradoxalmente não evita “o envelhecer”, que, hoje, mais do que nunca é cedo demais? Tarde, é a descoberta dos tempos perdidos. Cedo são “os achados” que já não se enquadram mais no momento de agora. Isso sim é envelhecer sem ter conseguido brincar de bolha de sabão. Ora, quanto dura a beleza de uma bolha de sabão? Quanto vale uma vida toda sem tempo algum? Saberá sobre o quê quem nem viveu para admirar a curta existência de uma bolha de sabão? .

“O machado” e “o professor”: quem ainda é da ordem que serve ao desenvolvimento?

Por Gilvaldo Quinzeiro   “O machado e “o professor”, qual destas ferramentas ainda é indispensável ao desenvolvimento? Ou,   uma, tanto quanta a outra, aos poucos já não é atirado ao canto? Do machado já se   sabe que, se antes foi sinônimo de progresso, hoje, quem por ele clama, senão quem dele também reclama? E quanto ao professor, quem já não desejou vê-lo obsoleto? O certo, porém, é que não há duvida nenhuma a respeito de o   quanto o professor é tratado como se fosse   mero “machado”, isto é,   se quando conveniente,   bem, vamos fazer   dele nosso instrumento, no desbravamento daquilo que ninguém mais ousaria;   se quando não, para que valorizá-lo se se quando mais tarde     este estará     em desuso(?). Pois bem, o fato é que a dura rotina de um professor, na sua solitária luta para   “edificar homens” para uma sociedade cada vez mais “governada por bichos”, eis que este não tem passado     de uma mera ferramenta cega. Contudo,   o que seria da sociedade inte

A infância e seus engenhos: tempo de crianças trituradas?

Por Gilvaldo Quinzeiro   A infância acabou (?). Enquanto isso, a realidade chegou cedo demais com suas laminas afiadas presentes nos brinquedos quase vivos com os quais as nossas crianças aprendem a se defender da rotina que enaltece a morte. Aliás, quão caros presentes para tantas “baratas” no canto: quem brinca do quê? Os engenhos da infância: a família e a escola. Como evitar que nossos filhos não sejam triturados, quando tais engenhos há muito tempo se “enferrujaram”? Tempos aqueles onde a fantasia despertava o medo -, um preparativo para batalhas reais!  Hoje, “despedaçada”, a criança se afunda na realidade/fantasia para, na vida adulta viver de esperneio!... É neste contexto, entretanto,   que urge reinventar a Pedagogia – aquela que eu a denomino de “Pedagogia de Fundo de Quintal”. Aliás, qual criança sabe o que é um quintal? Isso nos remete uma reflexão acerca da “territorialidade da infância”: qual o espaço da criança, senão o de frente a televisão e  seus

... E lá se vai a humanidade?

Por Gilvaldo Quinzeiro (...) Estranho, mas, ainda estamos no escuro da nossa “caverna interior” cujos rabiscos, conquanto, não decifrados, ainda assim se expressam por nós como se fossem o próprio conhecimento por nós esquecido. O dito acima, atualiza Platão e o “Mito da Caverna”, porém, com uma diferença -, somos a “razão” sim, mas, dos nossos fantasmas. Isso implica dizer, em outras palavras, que nunca os fantasmas foram tão racionais na construção do mundo e da sua “luz” que nos obscurece. Vivemos sob a égide de Medusa. Ou seja, o que tanto se ver é o mesmo que tanto nos cega. Ora, do que afinal nos servirão as imagens que se espraiam lá fora, se para as de dentro ainda não criamos “olhos”? Mas, voltando a nossa “caverna interior”, quanto de nossa fala são hieróglifos num contexto em que todas as vozes são fantasmagóricas!... Pois bem, o homem na sua pós-modernidade jaz o outro que relutava andar de quatro. Hoje, como e quem por nós caminha, se é que pelos “novos caminh

As eleições e o “X” da questão

Por Gilvaldo Quinzeiro “Democracia” para uns e “Ditadura” para outros. É assim as eleições municipais, onde o poder econômico prevalece, enquanto, fora isso, nem a utopia. Eis o paradoxo dos nossos chafurdados tempos! Em outras palavras,   em tempo em que a liberdade de expressão nos é tão vital, a falta de recursos faz com que o pensamento de alguns candidatos,   notadamente, os sem estrutura alguma, não alcance a esquina mais próxima, enquanto,   outros, os que esbanjam dinheiro e prepotências, estes sim, têm como expressar o que pensam para a cidade inteira, e,   fazer desta seu “palanque”! Quanto ao eleitor, poucos sabem do que realmente estar em jogo nestas eleições. Então é muita hipocrisia para pouco discernimento. Uma corrida absolutamente   desigual entre os que vão de Ferrari e os que vão de jegue! Os candidatos, por sua vez,   na ânsia de participar do processo eleitoral, se fazem de “espantalhos” para assim, afugentar o que será inevitável para a grande mai