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Mostrando postagens de abril, 2023

Sobre o dia 8 de janeiro em Brasília. O ovo das nossas dúvidas?

Por Gilvaldo Quinzeiro  Procurar o  ovo, onde dormem as galinhas, é perder de vista a genealogia de todo o galinheiro.  Pois bem, o ovo , que gerou a invasão golpista do dia 8 de janeiro, não foi gestado ali naquelas imagens captadas pelas câmeras , nem nas ações daquele dia,  mas ,  nos longos e obscuros 4 anos do governo de Bolsonaro.  O ninho, no qual surgiu  aquilo pode ser também facilmente identificado, e não poderia ser outro.  Ou seja, o colo quente do   fundamentalismo religioso e  o braço seco da ideologia fascista. E como resultado desta combinação o que surgiu com a  eclosão do ovo?  A raposa!  A questão agora é como explicar para os pintinhos de verde e amarelo que os lobos também se disfarçam de ovelhas! Amém?

O real despido do seu fio dental

Por Gilvaldo Quinzeiro  Tudo é real. Do sol que nunca se apagará por mim. Da minha cabeça fria a pensar sobre o sol, que se derrete no esboço de uma pintura.  O que não é real é aquilo não serve de base para a loucura. Ninguém enlouquece do nada, logo, o nada não existe.  Tudo é matéria-prima para tudo. Eis a aqui onde reside o perigo! Onde estava o fogo antes deste se tornar fogo? Seja qual for a sua resposta, esta responde pela sua condição de homem. Onde estava o universo antes deste ter se tornado universo? Esta pergunta por si só espera a resposta dos deuses, sejam estes na forma de  um sabugo ou  de um  eterno vir a ser.

Psiu!

  Por Gilvaldo Quinzeiro  Não pergunte para uma borboleta, o que a transformou em uma borboleta. O certo é que, presumo, ganhar asas não tornou a vida da borboleta menos arriscada. Dominar o medo de voar, não significa ter conseguido vencer o desconforto das asas, e nem o impacto do vento sobre as mesmas. O calango que somos hoje,  há de se rastejar para o bem do calango,  não importa quão ásperas sejam as pedras a serem por este escaladas…  Em outras palavras,  prima,  formiga, não   importa o espelho no qual alguns ousam estranhamente se comparar, pois haverá sempre um defeito, uma espinha, uma cicatriz, um desconto bem no meio dos olhos -,  o genial é saber carrega a si  mesmo, não obstante as  queixas  sobre o desconforto daquilo que a vida nos colocou no lugar do que um belo dia  fora a   nossa outra   face, pernas ou  cérebro -  até  a fonte da próxima mudança.  Belos pares de antenas , prima!  Até a próxima!

O umbigo da realidade: cadê?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Não espere da realidade o que não é realidade seja lá o que for a realidade. Pode ser até que você não se encontre nela seja lá você quem pensa ser – perdemos todos o umbigo, e o procuramos em todas as coisas, exceto em nós. O derivado disso é: o realmicidio, isto é, a morte da realidade. E o que é realidade? O edifício da cultura; da sociedade; do sujeito. O realmicidio é consequência do desraizamento do sujeito. O sujeito desidratado de si mesmo. O que falar da realidade ou que se esperar dela se se o sujeito que a subjetivava – o parto do nosso mundo – se esterilizou? Não espere que as novas guerras sejam anunciadas pelos tiros de canhões!   Não há mais guerras assim. Não espere ver as trincheiras para, enfim, avistar uma dura batalha sendo travada para conquistar os preciosos espaços. As guerras de hoje minam todas as formas de visão, de modo que, ninguém sabe ao certo     onde estar o seu umbigo.   E o pior, pode ser que na nossa mesa de jantar, se

O filosofar pela fresta do caos. Era uma vez a bendita normalidade?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Não queira ser o sapato de Putin. Não queira ser o travesseiro de Zelensky. Não queira ser o botão da braguilha de Biden. Não queira ser o terno de um cabo eleitoral das eleições municipais, que se avizinham, e, muito menos, não queira ser a garganta de um professor em sala de aula com alunos armados de estilete ou canivete! .... Queira ser o barro daquilo que nunca mais será como antes!   Assim como na Idade Média, salva-se hoje quem possuir armaduras? O que dizer da nossa arquitetura? O que motiva a construção de tantos condomínios fechados? Como explicar a intolerância e o ódio cercado por tanto templos e catedrais?   Como explicar a escassez de elegância com a fartura dos que praticam a     eloquência?   Como explicar a falta quando todos creem ter fé? O dito acima é uma introdução ao que presumo ser um ensaio filosófico. Um ensaio filosófico, cara pálida? Sim, mas sem a pretensão de fazer uso do prumo da filosofia ou de se filiar esta ou aquela

E a inteligência artificial, hein primo?

Por Gilvaldo Quinzeiro   Pois é, primo, eu ainda nem deixei de engatinhar em relação a muitas coisas, inclusive ao uso das mãos…   A inteligência artificial, primo, a despeito de todas as suas vantagens, poderá colocar os humanos no lugar nada invejável, porém seguro ao caos que tende a se instalar (em padrões tecnológicos) em um curtíssimo prazo:   das minhocas! Como assim? Não é para os humanos estarem em lugares mais elevados? Calma!   Qual a diferença entre o processo evolutivo, como por exemplo, o domínio do fogo, que deu aos humanos um salto à frente, e este agora anunciado com tanto estardalhaço? A resposta não poderia ser de outra forma, primo, senão pelo viés metafórico: o domínio do fogo a despeito das nossas mãos inquietas nos pegou com a bunda no chão, e, passamos, por conseguinte a dominar também a cabeça. Com a inteligência artificial, entretanto, perderemos a cabeça, e, se bobearmos, também a bunda! Simples assim? Não. De jeito algum! Ainda poderemos contin

A violência nas escolas. A ponta do iceberg?

Por Gilvaldo Quinzeiro     Mais uma tragédia.   Desta feita foram 4 crianças mortas e 5 feridas. Um homem de 25 anos, armado de uma machadinha invadiu o pátio de uma creche, no horário do recreio atacando as crianças. O fato aconteceu na manhã desta quarta-feira, 5 de abril, na cidade de Blumenau, Santa Catarina. O suspeito se entregou a polícia local. O caso segue em apuração policial.   Na semana passada, a professora Elizabeth Tenreiro, 71 anos, foi morta depois de ser esfaqueada por um aluno dentro da escola Thomazia Montoro, São Paulo, onde trabalhava, e, após este fato, houve uma explosão de tentativas de invasões a escolas em vários estados do Brasil, inclusive     na zona rural de Caxias, 2º Distrito, quando um aluno, segundo mensagens veiculadas nos grupos de WhatsApp, armado de uma espingarda ameaçou matar um colega.   Até quando? O que ainda estará por vir? O que se pode falar? Primeiro:   vivemos numa sociedade mentalmente doente. Segundo:   tais fatos não s

Os humanos pelos passos das inteligências artificiais. Quem enfim estará de cócoras?

Por Gilvaldo Quinzeiro Passos dados com a ponta dos dedos. Olhos fixos em alvos voláteis. Expectativas de um caçador, que volta da caçada sempre frustrada. É assim como passamos os dias desde que o uso do celular nos passou a ser indispensável. Em outras palavras, nos tornamos frágeis insetos já abocanhados pela devoradora realidade! Desde então, as nossas horas e os nossos dias se tornaram mais enfadonhos a despeito de nossas risadas ao assistirmos vídeos artificialmente engraçados, mas que nos pegam cada vez mais sonolentos, o que compromete seriamente a nossa capacidade de cognição! Regredimos ás circunstâncias do aprendizado de quando pela primeira vez víamos o fogo – quantas mãos perdemos até se concluir que o fogo queima? Mas aqui, tem uma diferença, a saber, ao mesmo tempo em que movimentamos os dedos    repetidamente ao manusear o celular ‘fritamos o cérebro’. Imagine agora diante do ChatGPT – uma assustadora ferramenta baseada na inteligência artificial que pode tornar