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Mostrando postagens de novembro, 2025

Uma pedagogia para os novos eventos: o novo messianismo e suas raízes urbanas

Por Gilvaldo Quinzeiro  Durante a primeira fase da República (1889-1930), tivemos aquilo que a historiografia chama de movimentos messiânicos, Canudos, Contestados e outros. Todos,  de alguma forma , atravessado pelo sebastianismo. Era o ruir de uma estrutura social, econômica e espiritual. O velho e novo se degladiando! Hoje, há um discurso escatológico adaptado aos novos tempos. E aquilo que antes se restringia ao rural, a ignorância sertaneja, nos dias atuais faz parte das metrópoles mediada por por uma racionalidade sim; acadêmica sim, porém, negacionista! Aquilo que antes era aferrado a D. Sebastião, hoje, Jair Messias Bolsonaro. A prisão de Jair Bolsonaro ocorrida no dia 22 de novembro, é um duro golpe para uma parcela da população, que reza para que “ o sertão vire mar", mesmo negando a esfericidade da Terra ou que na “nova arca de Noé”, vamos precisar de todos, incluindo dos primos insetos! Onde erramos? Onde chegamos? O que estamos a repetir? O que o dito acima quer d...

Como peixes fora d’água: a crise da segurança pública e os novos rios da geopolítica

Por Gilvaldo Quinzeiro Desde que o mundo é mundo, mesmo no chamado período clássico dos gregos, período este que correspondente ao surgimento da democracia e do pleno vigor intelectual de homens como Sócrates, Platão e Aristóteles, que constituíam uma espécie de Santíssima Trindade do pensamento, foi atravessado por crises. Mesmo, Sócrates, quem esperaria isso, foi condenado pelas suas ideias a tomar veneno com as próprias mãos! Toda crise tem o poder de expor, para além daquilo que toda crise revela, o esgotamento dos conceitos e das ferramentas no emprego das suas resoluções! O mesmo ocorre com a atual crise de segurança, aliás, a nossa velha crise! Em outras palavras, as crises, sejam quais forem elas, colocam os peixes para fora d’água. É isso que está acontecendo neste momento. Mas que momento é este? Pois bem, em tempo movido e arquitetado pela Inteligência Artificial, como não esgotar a própria atitude de pensar? Ou como evitar que o que se combate não se faça alvo das nossas ar...