E se a guerra que já começou terminasse hoje?
Por Gilvaldo Quinzeiro Qualquer guerra hoje, seja a de narrativa, que faz do mundo real uma sofisticada e perigosa caverna aos modos de Platão, onde todos a despeito do conforto dos seus quartos, não passam de corpos feridos ou apodrecidos em virtuais trincheiras ; seja a econômica, que expõe o cenário em que as vísceras lutam uma contra as outras para sobreviverem com as promessas de migalhas; seja a guerra propriamente dita, com o emprego das armas; de armas cujas tecnologias e precisão tornam soldados reais obsoletos ou dependendo da visão de quem quer que seja em “anjos”. Sim, somos tão perdedores quanto o soldado grego Fidípides que, ao correr de Maratona a Atenas, cerca de 40km, para, ao chegar exausto pronunciar “vencemos!”, caiu em seguida morto! Sim, somos tão perdedores quanto Pirro! Independe de que lado da guerra em que estamos, somos todos Fidípides, especialmente nas nossas guerras travadas pela...