E se a guerra que já começou terminasse hoje?


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

Qualquer guerra hoje, seja a de narrativa, que faz do mundo real  uma sofisticada e perigosa  caverna aos modos de Platão, onde todos a despeito do conforto dos seus quartos, não passam de corpos feridos ou apodrecidos em virtuais trincheiras ;  seja a econômica, que expõe o cenário em que  as vísceras lutam uma contra as outras para sobreviverem com as promessas de migalhas; seja a guerra propriamente dita, com o emprego das armas; de armas cujas tecnologias e precisão tornam soldados reais obsoletos ou dependendo da visão de quem quer que seja em “anjos”.

Sim, somos tão perdedores quanto o soldado grego Fidípides  que, ao correr de Maratona a Atenas, cerca de 40km, para, ao chegar exausto pronunciar “vencemos!”, caiu  em seguida morto!  Sim, somos tão perdedores quanto Pirro!

Independe de que lado da guerra em que estamos, somos todos Fidípides, especialmente  nas nossas guerras travadas pelas violentas redes sociais, pois, ao sermos convocados, não sabemos por quem,  propagamos noticiais, que, conquanto ainda por serem apuradas, matam ao longo do seu curto percurso!

Não há cenário de guerra possível nos quais os vencedores não sejam tão perdedores, quantos os derrotados! O mundo, por mais virtual que seja, se tornou um lucrativo negócio para muitos, não sem suas vítimas!

O assassinato de Charles Kirk, 31 anos, ativista conservador, ocorrido na quarta-feira, 10, numa universidade, pode ser o barril de pólvora que faltava para incendiar e levar os Estados Unidos a uma guerra civil. Mas a questão é mais complexa: este barril de pólvora também poderá se espalhar pelo mundo...

 Outro detalhe.  Este fato, conquanto festejado por uns e lamentado por outros, poderá iniciar as noites das grandes fogueiras nas quais serão queimados  corpos empilhados de jovens, tanto de direita, quanto de esquerda! Quem vence? Ninguém!

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

A FILOSOFIA CABOCLA, RISCAR O CHÃO.

O Kama Sutra e o futebol: qual a melhor posição?