Os homens, a feiura do nosso tempo

 


Por Gilvaldo Quinzeiro

Estudar o  homem sem levar em conta os tecidos do tempo que o veste é o mesmo que desconsiderar relação  do  saco escrotal na feitura de todos. 

Tal comparação pode ser feia, levando em conta a tudo que se acha bonito sobre os homens, mas o belo também não deixa de ser uma  costura  de cada época.

O dito acima é uma introdução para uma reflexão acerca da  razão  de termos nos tornados “os  sapos”  do nosso  tempo – é claro que tal comparação não significa nenhum desapreço pelos sapos,  pelo contrário, devemos  com isso lhes pedir  sinceras desculpas!

Sim. Os “homens” se tornaram as criaturas mais raras do nosso tempo! Vivemos imersos numa época em que só  as coisas abundam , e afugentam os mais caros sentimentos humanos.

Vivemos um tempo onde habitamos as fendas escuras , lugar do qual   cada um ver o   mundo se achatar conforme a sua visão! É aqui que envergonhamos os sapos  ao nos postarmos de cócoras diante da imensidão do mundo, que  espera por  uma  urgente “reformatação “ .

 Há nevoeiros a constituírem as nervuras do nosso  tempo. E olhos esbugalhados brotam de todas as rachaduras – mas de curta visão!

Deveríamos, nestas condições,  invejar ao menos os cães, pois,  sem eles ainda  ao nosso lado ,  dos homens nada mais lembraríamos!

 

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