O pênis inflado da Avenida Paulista e os outros símbolos revelados no 7 de setembro


Por Gilvaldo Quinzeiro

“O leão que se transformou em gato”; “o gato que se transformou em rato”. Pode até parecer títulos de episódios da série do “país dos bichos”, mas essas são apenas algumas das célebres frases que tentam definir, o indefinível – a tentativa de golpe no dia 7 de setembro à ressaca dos dias seguintes!  Sejam quais forem as conclusões, mas para o ‘ bom entendor’, poucas palavras bastam: alguma coisa murchou! Algum tiro saiu pela culatra – graças a Deus?

Falar em recuo em tempo de guerra, pode até soar como alívio, mas não é. Os velhos espíritos ainda permanecerão armados pelo pior tipo de alimento: o ódio e falta de discernimento. O mesmo ódio e a mesma falta de discernimento, que por muito pouco não levaram o Brasil a se transformar no Dia da sua Independência – numa carnificina!

 Veja só onde chegamos ou onde poderíamos ter chegados se não fosse o ‘desinflar da bolha patriótica’ pelo espinhar daquilo que podemos chamar de o mundo real. Afinal, que patriotismo é este que racha um país inteiro jogando uns contra os outros? Que patriotismo é este que tenta arruinar um país já em crise?

Por falar em desinflar da bolha patriótica, aquele gigantesco ‘pênis inflado’ nos protestos da Avenida Paulista não só foi por demais eloquente no que tange a representação do falso moralismo, que tomou conta da nossa sociedade também inflada por falsas narrativas e de inimigos imaginários criados pelas mentes mais doentias, como foi facilmente ‘engolido’ por aqueles que se dizem protetores da família?  Ora que diabo está acontecendo com este povo? Um gigantesco pênis inflado como símbolo representativo da tradicional e sagrada família brasileira? Sentir-me-ia confuso se Freud não tivesse explicado isso há muito tempo. Por isso Freud é necessário. Por isso Freud é atual!

Como explicar a defesa da “ordem e do progresso” ao mesmo tempo em que se fala abertamente em ataques as instituições e ao descumprimento das ordens?

Raimundo Teixeira Mendes e outros positivistas estremeceram em seus túmulos com tantas contradições. Aliás, meus caros, que símbolos não estão sendo profanados? O que dizer então da Bandeira Nacional? O que dizer então do sagrado nome de Deus, hoje, usado como se fosse uma toalha encardida sobre a mesa de qualquer furdunça!

Amém?

 

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