O cristianismo e o distanciamento do próximo


Por Gilvaldo Quinzeiro 


Os tempos atuais atravessados por extremismo e pandemia revelou que o cristianismo, notadamente de alguns  setores, se despiu de um dos seus principais fundamentos: o amor ao próximo!


O próximo, não é apenas aquele que comunga das nossas ideias ou fé, mas o Outro, qualquer que seja este.  E sem este fundamento, qual seja, o amor ao próximo, o cristianismo se tornou um marketing daquilo que não tem mais a oferecer.


Sem o amor, que acolhe, compreende e perdoa,  qualquer gesto não passa de mera retórica.


O fato é que no intuito de levar a religião a qualquer custo, famílias estão sendo separadas , onde irmãos não se falam mais uns com os outros, porque "o próximo" a ser amado é os irmãos da igreja…


Não bastasse isso, o púlpito se tornou trincheira , da qual, os pastores, hoje generais da fé , com pregações cada vez mais inflamadas  e contaminadas  por ódio , insuflam seus seguidores a fazerem guerras contra este ou aquele grupo , o caso mais recente, foi o pastor André Valadão.


O termo "exército de Cristo"  se espraia se concretiza com o fundamentalismo religioso.


Fala e pregações de pastores com referência a "quebrar a mandíbula" de figuras como o Presidente da República como as proferidas pelo pastor Anderson Silva se tornaram comuns.


A conclusão disso é: por um lado, a  sociedade está doente, e por outro,  cresce a fortuna dos mercadores da fé também doentes!


Se ao menos a desculpa fosse a de oferecer o conforto a Jesus, quando da sua volta, mas não é…

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